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Polícia

EX-ASSESSOR DE PIANA E BIANCO TEM PRISÃO DECRETADA; MP JÁ FALA EM INVESTIGAR MANDANTES

Quinta-feira, 25 Junho de 2009 - 11:23 | RONDONIAGORA


A promotora de Justiça Rosângela Marsaro do Tribunal do Júri de Porto Velho ofereceu denuncia contra os executores do assassinato do senador Olavo Pires, acatada pelo juiz da 1ª Vara Edvino Preczevski, decretando a prisão preventiva de Roberval Luis Magalhães, Carlos Leonor de Macedo, João Ferreira Lima, Lázaro Peris Botero, Euro Bezerra do Carmo, Braz Rocha Gonçalves, Godofredo Passos Ferreira, Ademir Santos e José Carlos Cavalcante de Brito, ex-assessor dos ex-governadores Oswaldo Piana e José Bianco. Com 15 volumes e 15 mil páginas, os 9 envolvidos estão incursos no artigo 312 do Código do Processo Penal. Os prazos prescricionais foram interrompidos e a promotora vai aguardar a instrução preparatória para sentença de pronúncia, quando a Justiça decide se os acusados serão levados ou não ao Júri Popular.



Olavo Pires foi executado com rajadas de metralhadora na noite do dia 16 de outubro de 1990 em frente a empresa Vepesa, uma revendedora de máquinas pesadas, na Avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho. O político disputava o segundo turno das eleições para o governo de Rondônia e liderava as pesquisas de intenção de voto.

A prisão temporária de dois dos denunciados – Carlos Leonor de Macedo e João Ferreira Lima – foi considerada essencial para a conclusão do inquérito de apuração  da morte de Olavo Pires, bem como possibilitou o levantamento dos demais envolvidos, principalmente após a confissão de João Ferreira, preso em Minas Gerais em fevereiro deste ano, veiculada em programa de abrangência nacional.

O MP concluiu que os denunciados praticaram o crime por motivo torpe, já que foram contratados por terceiros, ainda não identificados nos autos para assassinar Olavo Pires, mediante promessa de receberem, como pagamento, a quantia de três quilos de ouro.

O crime

De acordo com as investigações, Olavo Gomes Filho chegava a sede da empresa Vepesa – Motorauto, de sua propriedade, por volta das 21 horas do dia 16 de outubro de 1990, para participar de uma reunião com um grupo de professores que já o esperavam em frente ao local. 

Ao descer do veículo que o trazia, o então Olavo Pires foi supreendido por Roberval, Carlos Leonor e João Ferreira, que infiltrados entre os participantes da reunião e sem possibilitar qualquer chance de defesa, desferiram vários disparos, atingido-lhe a parte posterior do tórax e a cabeça, causando morte instantânea.

Euro Bezerra do Carmo, Braz Rocha Gonçalves, Godofredo Passos Ferreira e João Delai teriam monitorado a vítima, momentos antes de sua execução, repassando as informações de sua localização aos seus executores. Para tanto, fizeram uso de um segundo veículo VW Gol, cor branca, placa BM 0386, pertencente a frota da Assembléia Legislativa de Rondonia. 

Já José Carlos Cavalvante de Brito auxiliou materialmente os denunciados Godofredo Passos Ferreira, Euro Bezerra do Carmo, Braz Rocha Gonçalves e João Delai, fornecendo-lhes o veiculo Gol, que se encontrava sob sua responsabilidade para ser utilizado no monitoramento de Olavo Pires Filho, bem como para desvirtuar o foco das investigações policiais, com o nítido objetivo de dificultar a identificação dos envolvidos.

O denunciado Ademir Santos, ciente do plano homicida perpetrado para assassinar o então senador, auxiliou materialmente os denunciados Roberval, Carlos Leonor e João Ferreira, fornecendo-lhes as armas usadas para matar a vítima.

No que tange ao suposto mandante do crime, o MP requisitou ao delegado Márcio Mendes a continuidade das investigações, medida esta que já está sendo implementada na Delegacia Especializada em Crimes contra à Vida de Porto Velho.

CLIQUE AQUI E CONFIRA A ÍNTEGRA DA DENÚNCIA DO CASO OLAVO PIRES

CLIQUE AQUI E CONFIRA A DECISÃO JUDICIAL QUE MANDOU PRENDER OS ENVOLVIDOS

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