VÍDEO MOSTRA NOVA VERSÃO E ENVOLVE PM NO CASO DO HOMEM QUE SE INCENDIOU NA RODOVIÁRIA

Um novo vídeo, disponibilizado nas redes sociais na noite desta quarta-feira mostra uma versão totalmente diferente da apresentada pela PM no caso do homem de 43 anos que teria se incendiado na rodoviária da Capital. Pela versão oficial, Jaime Batista de Souza, que tem problemas psiquiátricos teria jogado gasolina em policiais e em seguida jogado combustível no próprio corpo e ateado fogo. O novo vídeo mostra o homem na entrada da rodoviária com a gasolina. Uma pessoa derruba o galão que Jaime levava. Ele pega novamente e segue para um corredor à direita. Lá um policial intervém e conversa com ele. Outras pessoas gritam que o homem estava com gasolina e um isqueiro. No vídeo, a partir dos 39 segundos, aparece um outro policial que chega por trás e dá um forte chute. Em seguida acontece o incêndio. Há um corre-corre para apagar o fogo. Uma pessoa alerta o PM que ele deixou a arma cair. Um mototaxista segue Jaime e o salva. Confira o vídeo:

Militares reafirmam versão

Policiais militares plantonistas - que prefeririam não se identificar- mantém a versão  e afirmam que os colegas estavam coibindo a ação do homem que ameaçava jogar gasolina e acender um isqueiro contra eles - os PMs- que fazem a segurança do local. Os policiais contam que o homem, que tem problemas psiquiátricos, tirava vantagem da carteirinha especial para aquisição de passagens de viagem e vendia os bilhetes. “Ele se sentiu acuado porque não permitimos mais que eles fiquem perambulando pela rodoviária e isso atrapalha a venda dele. Ficou com raiva por ter sido expulso do local, e voltou com o galão de gasolina e um isqueiro na mão ameaçando atear fogo nos policiais que estavam no plantão, e ainda chegou a jogar o combustível no PM que estava na frente da rodoviária. Depois foi até o box ameaçar o outro policial, mas no caminho ele jogou combustível no próprio corpo”, conta um policial do plantão.

Na versão dos PMs, ao ser avisado pelas pessoas que acompanhavam a ação de Jaime, que o homem estava com um isqueiro na mão, o policial que estava no box tentou se afastar. “Foi aí que o primeiro PM, que já havia sido atingido pelo líquido inflamável chegou e chutou o braço do Jaime para que ele soltasse o galão, mas ele acendeu o isqueiro e fogo tomou o corpo dele”. A versão dos policiais, em defesa dos colegas no plantão desta quarta-feira, tenta justificar a atitude dos PMs que não conseguiram evitar o incêndio.