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Homenagens inúteis para a primeira-dama
Sábado, 19 Março de 2011 - 12:11 | Dimas Ferreira
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ELE MANDA E NÃO PEDE
(Platão)
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ELE MANDA E NÃO PEDE
Versão com cabelo do ex-governador Jerônimo Santana (usa até bengala, como seu “clone”), o advogado Carlos Pietrobon já começou a operar para garantir a reeleição do prefeito Zé Rover (PP) no ano que vem. Embora não ocupe qualquer cargo oficial na administração municipal, o causídico tem influência sobre todo o staff do pupilo. Bom de lábia (e de caneta, já que Rover não tem uma única condenação na justiça), é acusado de estar usando expedientes nada republicanos para eleger o diretório local do PSDB, partido com o qual não tem ligação alguma. A interferência em terreiro alheio se justiça: o prefeito quer os tucanos em seu palanque, mas isso depende da docilidade dos novos dirigentes da agremiação. Os emplumados vão às urnas (rachados e trocando insultos) em Vilhena neste domingo, dia 20.
OLHA O RESPEITO!
Titular da cadeira de Artes na Unir de Porto Velho, o professor Tito Tesari passou o maior carão, dias atrás, ao visitar o Cai N´Água, bairro da periferia de Porto Velho. Acompanhado de parentes amazonenses, que iriam vistoriar um imóvel no local, o velho educador foi cercado por uma cafetina do pedaço, que anunciava a plenos pulmões: “Hoje tem promoção: programa com mulher é 10 ´real'; com homem é 15´”. Reservado, Tesari fechou a cara e nem teve curiosidade de saber porque o michê masculino é mais caro que o feminino. Francamente...
PARANÓIA
Semana passada, para registrar o Dia Internacional da Mulher, o jornal FOLHA DO SUL publicou uma reportagem especial com a primeira-dama de Vilhena e secretária de Assistência Social, Lizangela Rover. Pra quê: lideranças políticas de várias tendências enxergaram na aparição da bela consorte do prefeito Zé Rover uma tentativa de se cacifar para sucedê-lo no cargo. Santa ignorância: a lei não permite a candidatura da moça em virtude dos óbvios laços familiares dela. Isso é o que se chama enxergar chifre em cabeça de cavalo...
SEM MISTURAR
Jovens, lindos e bem-nascidos, os namorados Valdir Raupp Júnior e Karina Cassol conseguem a proeza de manter o relacionamento (de mais de dois anos, ou seja, uma eternidade para os padrões atuais) longe das desavenças políticas entre seus poderosos pais, os senadores Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP). A propósito, esta nota só confirma o que disse uma leitora na seção de comentários do site Rondoniagora, onde a coluna é veiculada semanalmente: este escriba está mais para colunista social do que para analista político, né não?
ENCRENCA À VISTA
Tão logo acabe o entrevero entre policiais e operários na Hidrelétrica de Jirau, a 90 quilômetros de Porto Velho, um novo confronto vai rolar por lá. As cinco empresas que locam ônibus para transportar os trabalhadores já estão fazendo a conta dos prejuízos. Mais de 50 coletivos foram incendiados no canteiro do megaempreendimento e, como o churrasco de viaturas foi feito dentro dos domínios da empresa responsável pela construção, ela deve reparar os danos. A conta, segundo um dos locatários, pode passar de R$ 30 milhões, se aos ônibus forem acrescidos os carros de passeio e as instalações de lojas que funcionavam no complexo.
TOMARAM, PAPUDOS?
Vejam que ironia! As mesmas lideranças políticas que há pouco tempo esculhambavam a então ministra do Meio Ambiente, Maria Silva (PV), agora estão dando a palmatória e reconhecendo que a ambientalista acreana tinha razão quanto aos impactos negativos das usinas do rio Madeira. Na época dos protestos contra a ministra, a deselegância era a marca dos discursos de muitos que hoje são deputados. Um conselho a quem está tendo que perceber na marra o tamanho da injustiça cometida: quem ofende em público, em público deve se desculpar...
SETE VIDAS
Presença constante ao lado do então governador Ivo Cassol (PP), durante os sete anos de seu mandato, o ex-empresário do setor de alimentos, Derli Dutra, virou a casaca. Agora, quando Confúcio Moura (PMDB), que herdou o Palácio Getúlio Vargas, desembarca no Cone Sul, cabe ao antigo cassolista a missão de lhe ciceronear pela região. São os contrastes da nova administração: Confúcio, que já teve Ângelo Angelin, o Breve (30 dias como secretário regional), agora conta com Derli, o Eterno.
ERA A HORA
Figura das mais queridas em Rondônia, o ex-deputado Eduardo Valverde (PT), vítima fatal num violento acidente de carro na semana passada, já havia escapado de outros desastres na estrada. O mais grave deles aconteceu em 2006, quando o parlamentar disputava a reeleição: em campanha na zona rural de Espigão do Oeste, Valverde saiu ileso da caminhonete em que viajava e que deu perda total após uma capotagem.
ASSIM NÃO DÁ
Recentemente, o deputado Padre Ton (PT) se reuniu com católicos de Vilhena e deu a medida da desproporção entre duas correntes religiosas na Câmara: segundo ele, são quatro padres contra mais de 80 pastores na Casa. Uai, e que diferença faz um time ser maior que o outro? Não são todos sacerdotes do mesmo Deus? Ou não?
GRATIDÃO
O presidente da Assembléia Legislativa, Valter Araújo (PTB), está retribuindo com juros o apoio que teve quando passou seus perrengues em Vilhena, 15 anos atrás. O jornalista Vitor Paniágua, que lhe conseguiu o primeiro emprego na cidade, foi transformado em seu homem de confiança na área de comunicação. Já o professor Gilson Carlos Ferreira, que era vereador e lhe dava apoio na época, ocupa agora, na ALE, o mesmo cargo que Valter ocupava na administração do prefeito Ademar Suckel: chefe de gabinete.
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O ESTILO ESTILOSO DE EDUARDO VALVERDE
O ex-deputado Eduardo Valverde (PT), falecido na última semana num acidente de carro quando saía da cidade de Ji-Paraná, era um cabra sem nenhuma vaidade pessoal. O despojo material, aliás, contrastava com a rigidez de seu comportamento ético. Um episódio revela a despreocupação do finado parlamentar com a própria aparência.
Na campanha de 2006, quando o petista disputava a reeleição, os coordenadores de sua campanha, velhos companheiros do sindicalismo, estavam preocupados com o figurino do candidato. Ele tinha apenas três camisas para fazer corpo-a-corpo, participar de comícios e se dedicar a outras atividades da corrida eleitoral.
Para mostrar a Valverde a importância da “estampa”, seus aliados resolveram fazer uma brincadeira: juntaram um monte de moedas num cofrinho e lhe entregaram, dizendo que era uma “vaquinha” feita pelo grupo para que ele pudesse comprar uma camisa nova.
O deputado levou a coisa a sério, quebrou o cofre e rapou a mão na grana, rumando para uma loja do comércio popular de Porto Velho. Voltou de lá já envergando uma horrorosa peça de 12 reais (o valor exato da “vaquinha) e arrancou o seguinte comentário da petezada:
- Deus do céu! Não é que ele conseguiu piorar a coisa?!
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