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Defeito no sonar prejudica segundo dia de buscas às vítimas do acidente com monomotor em Florianópolis

Terça-feira, 02 Fevereiro de 2016 - 17:01 | Diário Catarinense



Defeito no sonar prejudica segundo dia de buscas às vítimas do acidente com monomotor em Florianópolis Guto Kuerten/Agencia RBS

O segundo dia de resgate na operação que mobiliza 11 homens doCorpo de Bombeiros e representantes da Marinha não teve sucesso na localização dos corpos das vítimas ou dos destroços do avião monomotor TBM 900 que caiu segunda-feira após decolar do aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis. As buscas devem ser retomadas nesta quarta-feira pela manhã.

O aparelho Sonar, que consegue detectar a presença de objetos metálicos em profundidade, sendo o único capaz de localizar corpos, veículos ou embarcações submersas, apresentou problemas. A equipe continuou as buscas com uma corda presa a dois botes e arrastada pela área onde se acredita estar os destroços do avião, ao sul daIlha do Campeche.

– Pelo peso da aeronave, acreditamos que ela deve estar ainda no mesmo local da queda. O local tem uma profundidade de aproximadamente 25 metros e não temos visibilidade. O objetivo do Sonar é nos dar visão no fundo do mar, com o equipamento podemos ganhar tempo. Continuaremos a varredura com o cabo, até que o equipamento possa ser utilizado – disse  observa o comandante das operações no local, Hilton de Souza Zeferino.

Aparelho é o único do Sul do Brasil

O major Helton de Souza Zeferino, comandante do 1º batalhão do Corpo de Bombeiros, explica que o Sonar, licitado em 2014 e adquirido em 2015, é o único disponível no Sul do Brasil. Esta foi a primeira vez que ele foi utilizado em um resgate em Santa Catarina.

– Tivemos um problema de conexão com o cabo que liga o monitor e possibilita a visualização. A empresa responsável pela venda do equipamento providenciou os ajustes necessários – afirmou.

Alencar Silvestre, diretor da empresa Ultramar, responsável pela venda do aparelho, informou que no fim da tarde o equipamento voltou a operar. Silvestre acompanha a operação in loco e, segundo ele, desde a aquisição em 2015, bombeiros recebem treinamento para utilização do aparelho.

– Esta não é uma busca de horas e sim de dias ou mesmo de semanas de varredura do oceano. Temos ainda que lidar com condições adversas como tempo, vento e correnteza – avalia Silvestre.

O major Zeferino reitera que o Sonar já havia sido testado outras vezes e não apresentou problemas. No Diário Oficial do Estado, consta a aquisição do aparelho de varredura lateral e imageador térmico para uso do Corpo de Bombeiros Militar de SC no valor de R$ 278 mil.  O valor atualizado do equipamento está em torno de R$ 300 mil.

Família aguarda notícias 

Os dois ocupantes da aeronave ainda permanecem desaparecidos. O empresário pecuarista Robson Guimarães e o piloto Marlon Neves estavam a caminho de Ji-Paraná, em Rondônia.

Guimarães é proprietário e diretor-geral da empresa Bigsal, com sede em Ji-Paraná, Rondônia. Ela foi fundada por Robson e mais um sócio em 2003 com foco na pecuária. Desde 2015 Robson reside em Florianópolis com a esposa e três filhos. O empresário viajava a cada 15 dias para Ji-Paraná, onde visitava sua fazenda de criação de gado e aBigsal.

O irmão do empresário, Vanderson Guimarães, também mora em Florianópolis há três anos. Em casa, acompanhado dos pais e amigos mais próximos, aguarda por informações das vítimas.

– Estamos aguardando, acredito que vão achar – disse.

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