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Em Ji-Paraná também há suspeita de morte e internações por H1N1

Sexta-feira, 08 Abril de 2016 - 21:56 | Da Redacao


A direção médica do Hospital Municipal de Ji-Paraná convocou, hoje pela manhã, uma entrevista coletiva com a imprensa para esclarecer os intensos rumores que se espalharam pelas redes sociais de que a gripe H1N1 teria feito vítimas na cidade. E pior: já teria, inclusive, causado uma morte.

Acompanhado de outros três dirigentes, o diretor-geral Antelmo Ferreira, declarou que não há casos confirmados, mas sim suspeitas em três pacientes. Dois homens apresentaram sintomas parecidos, mas foram medicados e passam bem. Uma mulher, de 38 anos, que começou a passar mal em casa na 4ª. feira e procurou o HM na 5ª. feira, no início da tarde, veio a óbito, fato que despertou o alvoroço na internet, gerou controvérsia, chegando a espalhar algum pânico entre os cidadãos.

“Esta senhora que morreu deu entrada ontem aqui em estado grave, foi monitorada durante todo o dia e, neste período, mantivemos contato com a Cemetron, de Porto Velho, para tentar um leito de UTI. Quando estava em andamento esta solicitação, a paciente não resistiu e veio a óbito. No momento agudo da sua crise respiratória ela foi entubada para receber o ventilador mecânico, mas infelizmente ela não resistiu”, disse o Antelmo. Ele informou também que foi coletado material para exame que, agora será encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e somente daqui a cerca de 40 dias será possível confirmar se ela estava contaminada pelo vírus da gripe H1N1. O mesmo procedimento foi adotado para os outros dois pacientes. “Tomamos todas as medidas cabíveis para preservar nossos funcionários e até outros pacientes. Impedimos visitas na clínica médica onde estava internado o primeiro paciente e também no Pronto Socorro, na Ala de Emergência, onde estava já isolada a senhora”, complementou o diretor.

Outros comentários nas redes sociais fizeram crer que o terceiro paciente seria filho da paciente que faleceu. Antelmo negou e acrescentou que ele está isolado e fora de qualquer perigo. O primeiro paciente foi internado no último dia 31 é de Ji-Paraná, exerce o ofício de frentista e este contato com caminhoneiros de todo o país deve ter sido a causa da sua contaminação. Ele também está isolado, se alimenta muito bem e está em boa recuperação. “Estive pessoalmente com ele, os sintomas de falta de ar, cansaço e dores pelo corpo acabaram. O tratamento surtiu efeito”, afirmou.

Ele acrescentou que já determinou que duas enfermarias com dez leitos ficassem de plantão para receber todos os casos suspeitos de gripe H1N1 e outros casos da família Influenza. “Qualquer caso de síndrome respiratória aguda receberá isolamento nestas enfermarias”, informou na entrevista coletiva, Eliane Pereira, diretoria da Divisão de Epidemiologia. Para ela todos os casos de insuficiência respiratória devem ser considerados como de emergência e precisam ser tratados de modo a não contaminar outros pacientes do hospital e a própria equipe médica.

Eliane admitiu que Ji-Paraná vive um surto de virose, com muitos casos, mas que não se trata de um surto de gripe. “Este aumento da virose ocorre sempre nesta época aqui. É uma epidemia que acontece todo ano. É sazonal. Alguns sintomas são muito parecidos com a gripe e por isso a população fica assustada, ainda mais porque a gripe H1N1 fez muitas vítimas lá em São Paulo”, reiterou Eliane.

Ela aproveitou para explicar que o vírus da gripe H1N1, também conhecida como gripe A ou suína, não fica muito tempo na atmosfera. “Em superfícies lisas, como uma maçaneta, ele pode durar até umas dez horas, no máximo. A pessoa que põe a mão aí e depois leva à boca, ao nariz ou aos olhos pode se contaminar. É importante que se lave as mãos constantemente e se use aquele álcool gel. As pessoas precisam fazer isso em casa e no trabalho”, elucidou. Por fim, Antelmo alertou que não há razão para pânico da população. “Estamos tomando todas as medidas necessárias e, inclusive, antecipamos a vacinação do dia 30 de abril para esta segunda-feira”, alinhavou. Ele pediu que as pessoas evitem, se possível, vir direto para o hospital, para evitar qualquer tipo de vacinação e prefiram ir sempre primeiro a uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.

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