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Cidades

Vigilância faz alerta sobre viagens para regiões infestadas pelo zika vírus

Quinta-feira, 17 Dezembro de 2015 - 10:15 | Secom


A Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa) divulgou esta semana, após a primeira reunião do Comitê Estadual de Combate ao Aedes Aegypti, mais orientações para que as gestantes se protejam contra o Zika Virus, que provoca infecção transmitida pelo mosquito aedes aegypit, e pode causar a microcefalia em bebês.



Em Rondônia há registro de três casos. Um em Vilhena, outro em Ji-Paraná e o terceiro em Porto Velho, detectado em outubro, e ainda sob investigação, pois a mãe pode ter adquirido a doença fora do estado.

Segundo a diretora-geral da Agevisa, Arlete Baldez, a proteção às mulheres grávidas é atualmente o maior desafio, principalmente quando a gestante está nos primeiros de gestação. O estado e os municípios atuarão em conjunto para conscientizar a população e eliminar os criadouros para não deixar que o mosquito nasça, fique adulto, infeste o ambiente e contamine as pessoas.

A infecção tem repercussões graves para o sistema nervoso, principalmente nas gestantes durante o primeiro trimestre de gravidez. Uma das mutações das formas de infecção pelo vírus, confirmada inclusive pelo Ministério da Saúde, é a microcefalia. Outras formas de mutação do vírus estão sendo estudadas, mas já foram detectados sintomas de alterações visuais, catarata e outras infecções no período fetal.

GUILLAIN-BARRÉ

Relacionada com o zika vírus, está sendo investigada a chamada síndrome de Guillain-Barré, responsável pelo aparecimento de complicações neurológicas. A síndrome é uma doença que atinge as terminações nervosas, principalmente periféricas com perda da coordenação motora e do ponto de vista clínico resulta na perda da função muscular de graus variados.

De modo geral, segundo Arlete Baldez, as pessoas se recuperam, mas tem um número de pessoas que fica com sequelas. “Essa doença é tão grave, pois atinge crianças que já nascem com a sua qualidade de vida afetada”, apontou.

De acordo com os pesquisadores, cerca de 90% das crianças afetadas pela síndrome vão ter um grau de retardamento mental, algum grau de incapacidade de aprendizagem, ou seja, crianças que nascem com problemas muito sérios.

O primeiro cuidado que a gestante deve ter é evitar contato com pessoas em estado febril e com sinais de erupção de mancha vermelha na pele. Não ir a hospitais, clínicas e laboratórios onde tem pessoas em busca de tratamento de doenças, a não ser para fazer o pré-natal.

Deve evitar ainda acompanhar outras pessoas às unidades de saúde e visitar conhecidos que tenham em casa pessoas com notificação de doenças atemáticas.

Procurar orientação médica para saber qual o tipo de repelente deve usar, somente passar os liberados pela Anvisa e observar todos os cuidados constantes na bula do produto.

A gestante deve também se alimentar e dormir bem. Isso melhora a resistência da gestante e mesmo que ela se exponha, as imunidades continuam mais altas do que as de outras pessoas.

NÃO VIAJAR

O Ministério da Saúde está recomendando as mulheres que engravidaram ou estão planejando engravidar que não viajem, principalmente para os estados da região Nordeste, onde se concentram os maiores índices de infestação pelo mosquito.

Arlete Baldez disse que, em caso de dúvida, é melhor adiar, inclusive férias, às regiões com altos índices de circulação do zika vírus. “São as recomendações básicas para gestantes, principalmente no primeiro trimestre de gravidez”, afirmou. Rondoniagora.com

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