Eleições
A Responsabilidade na Escolha dos Melhores - Por Reginaldo Trindade
Segunda-feira, 01 Outubro de 2012 - 17:56 | Reginaldo Trindade
Estamos a poucos dias do momento mais sublime da República: a escolha livre das pessoas melhores e mais capazes para nos representar nas Prefeituras e Câmaras de Vereadores de todos os municípios do país.
O voto é o momento mágico da democracia. É a consagração da escolha popular. Por isso mesmo, há de se medir o peso, a estatura e o valor de um regime democrático pela forma livre e consciente do ato de votar.
Necessário que escolhamos bem a fim de que não amarguemos o resultado de uma má escolha nos próximos quatro anos.
Palavras como serenidade, seriedade, responsabilidade devem ecoar com força imensurável na cabeça do eleitor-cidadão que esteja consciente e comprometido com os rumos de nosso país e de nossa sociedade.
Uma escolha mal pensada pode fazer a diferença entre uma educação de qualidade ou não; entre avanços na saúde ou falta de remédios; entre novos investimentos em segurança pública ou uma população cada vez acuada pela violência e covardia que nos aflige a todos.
Candidato bom não é aquele que compra voto. Ao revés, o candidato que compra voto hoje certamente será o político a sangrar os cofres públicos amanhã. A roubar o dinheiro de todos nós – o precioso e escasso recurso público da saúde, da educação, da segurança pública.
Alguém já disse que cada povo tem o Governo que merece.
Se nosso país não está melhor. Se nosso sofrido Estado de Rondônia, com todos os seus problemas, com suas ruas por asfaltar, com essa violência que aumenta a olhos vistos; com nossa educação, que teima em não nos preparar para a vida cidadã; com nossa saúde, “que é um caso de saúde”; se tudo não está melhor a culpa primeira é de nós mesmos.
Nós, que escolhemos mal em 2010 ou 2008 ou bem antes disso, desde que readquirimos a possibilidade de escolher nossos representantes. Nós somos os maiores culpados, quiçá os únicos. Lutamos tanto para isso e agora não valorizamos essa maravilhosa conquista, própria apenas de povos maiores: o direito de o povo escolher seus governantes.
Mas, afinal, quais são mesmo os melhores candidatos?
São aqueles cujo passado não ostente qualquer nódoa que os tornem indignos de nos representar a todos e, sobretudo, aqueles cujas propostas sejam as melhores para a sociedade.
Passado imaculado e futuro promissor, eis o binômio em que se assenta o raciocínio que todo eleitor verdadeiramente comprometido com nossas cidades há de fazer no próximo domingo.
Mas, como podemos conhecer o passado dos candidatos e suas propostas? Muito simples, está tudo na rede mundial de computadores. Isso mesmo, caríssimo eleitor.
O próprio sítio do Tribunal Regional Eleitoral, por exemplo, já possui importantes informações a respeito de candidatos “fichas sujas”; da mesma forma que fornece também as propostas dos candidatos a prefeito em todos os municípios do Estado de Rondônia. Está tudo ali, a um clique do cidadão de bem, cônscio de seu dever para com a coletividade.
Existe um mau vezo de acreditar que a coisa pública não é de ninguém, quando, na verdade, ela pertence a todos nós. Logo, todas as pessoas, da mais humilde à mais elevada, precisam fazer sua parte.
Enganam-se, redondamente, os que acreditam que o Estado vencerá a batalha para melhorar a educação, a saúde, a segurança pública, para realizar o bem comum, enfim, sozinho. Urge que a sociedade saia de seu cômodo conforto e assuma seu papel nessa engrenagem.
Precisamos urgentemente acreditar que estamos no caminho certo. Não é tarefa singela essa de construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde os valores da democracia, da liberdade e da República não passem de palavras vazias nos livros de história.
Ao votar bem, escolhendo, realmente, os melhores e mais aptos, cada eleitor estará colocando seu pequeno, porém mais importante tijolo nesse imenso edifício da cidadania.
Está em nossas mãos.
Serão poucos segundos que valerão por quatro anos.
O autor é Procurador da República. Procurador Regional Eleitoral.