Eleições
Aliados de Nazif buscam vaga na Assembleia
Domingo, 27 Julho de 2014 - 09:03 | RONDONIAGORA
CÂMARA DE PORTO VELHO PASSOU 1 ANO E 6 MESES SUSTENTANDO A FALIDA GESTÃO DO PREFEITO MAURO NAZIF
Um ano e sete meses depois e sem conseguir ajudar o prefeito Mauro Nazif (PSB) a cumprir uma única promessa firmada com o eleitor na campanha de 2012, 12 dos 21 vereadores de Porto Velho querem se tornar deputados estaduais. A maioria dos vereadores-candidatos contribuiu para arquivar o pedido de impeachment de Nazif e poucos pediram ou encaminharam as denúncias apresentadas na Câmara ao Ministério Público ou Tribunal de Contas. Outros parlamentares envolvidos na Operação Apocalipse, a exemplo de Marcelo Reis (PV) e Eduardo Rodrigues (PV), não tiveram coragem de colocar o nome a disposição do eleitor, mas estão apoiando outros colegas reunindo simpatizantes e aliados do gabinete.
Nesse período de 19 meses, a produção legislativa ficou restrita a discussão de matérias encaminhadas pelo Poder Executivo e a queda de braço entre situação e a minúscula oposição para exonerar o irmão do prefeito, Gilson Nazif, da Secretaria Municipal de Obras (Semob). O restante do papel da Casa ficou limitado a pedido de providências para encascalhamento de ruas nos bairros mais afastados da região central de Porto Velho. O mais grave é que a grande maioria dos vereadores mantém assessores nas secretarias da administração do prefeito Mauro Nazif que sempre ajudou sua base aliada.
Cobranças são raras
Os vereadores de Porto Velho, eleitos junto com Nazif em 2012, pouco tem feito para cobrar as promessas de campanha do prefeito. A principal delas é o fim das alagações nos bairros com a construção de drenagem de águas pluviais e asfaltamento das ruas. O irmão do prefeito, Gilson Nazif, tem priorizado o encascalhamento e revoltado a comunidade que cobra obra de qualidade. Nesta semana, a população do Bairro Lagoinha se irritou e fechou a Avenida Rio de Janeiro tocando fogo em pneus e pedaços de pau para protestar contra o serviço de má qualidade da prefeitura. Nenhum vereador apareceu no local ou mesmo fez discurso condenando o trabalho do secretário de Obras.
Duas promessas do prefeito e que também caíram no esquecimento dos vereadores é a entrada de uma nova empresa de ônibus na cidade e a quebra do monopólio da coleta de lixo. Dois serviços essenciais que sempre geraram desconforto para a população continuam nas mãos das mesmas empresas 1 ano e 7 meses depois.