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COMITÊS ACIONAM INSTITUTO DE PESQUISA QUE TENTA INDUZIR ELEITOR E DEIXA CANDIDATOS DE FORA

Terça-feira, 25 Setembro de 2012 - 12:56 | RONDONIAGORA


COMITÊS ACIONAM INSTITUTO DE PESQUISA QUE TENTA INDUZIR ELEITOR E DEIXA CANDIDATOS DE FORA
Comitês políticos de vários candidatos estão ingressando com ações no Poder Judiciário e denunciando manobras de adversários junto ao Ministério Público de um instituto de pesquisa que tenta induzir o eleitor a votar em determinado candidato, deixando outros 6 majoritários de fora da sondagem. Por telefone uma voz diz: “olá, somos do instituto “x” e estamos fazendo uma pesquisa para saber sua opinião sobre a atual administração e intenção de voto nesta eleição. Temos aqui três opções de candidatos. Qual o senhor ou senhora votaria?”.



É com esta mensagem de voz que vários moradores da Capital vêm sendo abordados, via telefone, desde a última semana. A voz, ora feminina ora masculina, é incisiva ao citar apenas três dos nove candidatos a Prefeito.

A reportagem ouviu alguns eleitores sobre a insinuação proposta pela empresa, mas que está sendo denunciado por comitês eleitorais dos candidatos não citados.

Um dos comitês que está promovendo ação judicial é o da coligação a Mudança é Agora do candidato Mario Português (PPS). Segundo a assessoria jurídica da coligação a proposta das ligações tem conotações de confundir o eleitor nesta reta final.

Dona Joana, uma das testemunhas cujo nome é fictício para não atrapalhar as investigações, disse que no último domingo (23), por volta das 11 horas, recebeu a ligação, em sua residência, do suposto instituto de pesquisa. Segundo relatos as perguntas começaram sobre a satisfação quanto a administração do atual prefeito, governador e presidente. Logo depois foi apresentado a Joana o nome de uma candidata seguido da pergunta: “você votaria nesta candidata”?
Ao responder negativamente Joana ouviu outras duas opções de candidatos. A dona de casa conta ainda que o tal instituto fez simulações de segundo turno. “Achei estranha a ligação. A moça fazia pressão comigo. Senti que ela queria que eu respondesse coisas que não penso. Eu disse a ela o meu candidato e mesmo assim ela insistia em me apresentar outros nomes excluindo meu candidato da pesquisa”.
Outro caso aconteceu com a esposa de um famoso advogado da cidade. O caso ocorreu nesta segunda-feira (24), também perto do horário do almoço. A entrevistadora pediu os dados da eleitora como: nome completo, endereço, profissão, grau de instrução, e informações do número de pessoas na casa entre outros dados. Ela relutou em responder, mas foi convencida por uma mulher do outro lado da linha que dizia ser uma pesquisa sobre o “desenvolvimento sócio-econômico do município”.

A senhora aceitou, entretanto ouviu exatamente os mesmo questionamentos citados acima. A pesquisa era política e tinha uma clara intenção, promover sobre uma determinada candidata. “Quanto mais eu dizia que não voto nesta pessoa, mais ela insistia. Queria saber o motivo, fez simulações com ela no segundo turno e tentou me fazer trocar de candidato, uma vez que eu já tinha dito a ela em quem eu votaria”.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às Eleições 2012 devem registrar cada pesquisa na Justiça Eleitoral. A exigência foi estabelecida pelo art. 33 da Lei nº 9.504/1997 e pormenorizada na Resolução – TSE nº 23.364/2011.

Nestes casos, quando o eleitor receber ligações semelhantes, a orientação é entrar em contato com o Tribunal Regional Eleitoral, imediatamente, a través do telefone 148, disque-eleição. O número funciona 24 horas e a ligação é gratuita.

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