Eleições
Decisão do PT de Rondônia foi amplamente discutida e teve apoio da base, diz Padre Tom
Terça-feira, 07 Agosto de 2018 - 12:19 | da Redação
A adesão do PT à coligação encabeçada pelo PDT foi tomada após uma série de reuniões internas sempre pensando no futuro da legenda, segundo explicou o presidente em exercício, o ex-deputado federal Mariton Benedito de Holanda (Padre Tom), ao RONDONIAGORA nesta terça-feira. “Não foi uma decisão oportunista e teve amplo apoio de nossa base”, disse.
Segundo o Padre Tom, na última quinta-feira os petistas se reuniram em encontro estadual, com a presença de cerca de 75 a 80% de seu diretório e definiu que a prioridade seria fazer coligação com legendas que tivessem possibilidade de ajudar o partido a eleger deputados federais e estaduais. O encontro delegou poderes para a Executiva realizar as tratativas para a convenção que ocorreria no domingo.
O ex-deputado afirmou que no sábado à noite, a direção regional foi surpreendida com a decisão da nacional obrigando uma aliança com partidos de esquerda (PSOL e PC do B) e resguardando a vaga ao Senado. No domingo essa decisão foi repassada aos convencionais que decidiram cumprir a resolução, mas definiram que não sendo possível, poderíamos então coligar com o bloco do PDT. “ E isso foi decidido democraticamente por 8 votos e 2 abstenções. Decidimos ficar com o PDT para priorizar a eleição de deputados estaduais e federais, como a legenda já havia resolvido anteriormente”.
Padre Tom esclarece que as tratativas para tentar coligação com o PC do B e PSOL foram realizadas por uma comissão nomeada para buscar acordo, mas logo houve o primeiro impasse, havendo a rejeição por parte do PC do B, que já havia realizado convenção e queria privilegiar seu único deputado estadual. “Eles não quiseram. Já o PSOL aceitava, mas nesse caso o PT seria prejudicado, uma vez que essa legenda quase não tem candidatos a deputado estadual e federal e prejudicaria nossa nominata”.
Sobre a possibilidade de lançar candidatura ao Senado, o dirigente petista afirma que foram realizadas muitas tentativas, por exemplo com o bloco do PDT, com o MDB, e até mesmo uma “chapinha”, mas a estratégia não avançou. “Não podíamos priorizar coligação ao Senado e perder espaços para a Assembleia e a oportunidade para a câmara. Essas decisões tiveram o apoio da base, temos atas das reuniões. Se fosse diferente o PT ia sumir em nosso Estado”.
Ainda durante a convenção, Padre Tom explica que o PR rondoniense recorreu da decisão da nacional, aguardou o julgamento até 18 horas, prazo que tinha para encerrar a reunião, mas até o momento não foram informados oficialmente sobre a decisão.