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Eleições

Desemprego e corrupção são temas de destaque em debate entre candidatos à Presidência na RedeTV!

Sábado, 18 Agosto de 2018 - 11:38 | da Redação


Assista ao debate presidencial na RedeTV!

Assista ao debate presidencial na RedeTV!

Publicado por RedeTV! em Sexta, 17 de agosto de 2018

O combate ao desemprego e à corrupção foram temas de destaque no debate eleitoral com candidatos à Presidência da República realizado pela RedeTV!, em parceria com a revista IstoÉ, ao vivo, diretamente dos estúdios do canal, em Osasco (SP), na noite desta sexta-feira (17).

Participaram do encontro, Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (Psol), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota).

Este foi o maior debate multiplataforma já realizado pela TV brasileira, com iniciativas nas redes sociais que mostraram, em tempo real, a reação do público às ações dos candidatos. O encontro com candidatos foi iniciado às 22h, com mediação de Amanda Klein, Boris Casoy e Mariana Godoy.

Primeiro bloco:

Na primeira etapa do debate, os candidatos tiveram 45 segundos, cada, para responderem à pergunta: “Por que o senhor (a) quer ser presidente do Brasil?”.

Henrique Meirelles abriu a rodada falando sobre sua experiência em empresas privadas, citou que não é um “político de carreira” e afirmou que seu objetivo é colocar seus conhecimentos à disposição do Brasil. Na sequência, Geraldo Alckmin disse que quer ser presiente para efetuar reformas e retomar a atividade econômica. “É possível recuperar a economia rapidamente”, garantiu. Sobre o combate à corrupção, destacou a necessidade da realização de reforma política.

A terceira a responder foi Marina Silva, que falou sobre sua busca por um “país que seja justo e que todos possam viver com dignidade”. A candidata da Rede citou sua experiência como senadora, vereadora e ministra do meio ambiente. “Sou candidata porque quero que a qualidade do ensino nesse país seja regra”. Marina ainda citou necessidade de combater corrupção sem “sabotar a Operação Lava Jato”.

Ciro Gomes disse que quer ser candidato porque acha “que o Brasil deve mudar”. Ciro citou o desemprego e propôs um projeto nacional de desenvolvimento, além de uma mudança na legislação para que o “Brasil seja mais rápido”.

Jair Bolsonaro destacou que o “Brasil precisa de um presidente honesto, patriota e que afaste de vez o fantasma do comunismo”. Ainda segundo o candidato do PSL, indicações políticas têm que deixar de existir no Brasil.

Guilherme Boulos quer mudar o sistema político para tirar o país da crise. “Sou candidato a presidente do Brasil porque estou indignado como você. Quero ser presidente para acabar com a esculhambação que virou o sistema político”, disparou.

Alvaro Dias falou sobre “refundar a República e substituir esse sistema incompetente”. O candidato do Podemos destacou a importância de reformas fundamentais para criar empregos e fazer o país crescer 5% ao ano.

Cabo Daciolo disse que será o presidente que vai trabalhar pela reforma política e pelo combate à corrupção.

Ainda no primeiro bloco do debate, os candidatos foram questionados pela população. Cada um teve 30 segundos para a resposta.

Henrique Meirelles respondeu sobre a retomada do crescimento no segmento da construção civil. O candidato do MDB disse que é preciso o Brasil crescer para que a construção civil também cresça. Marina Silva falou sobre a falta de vagas formais de trabalho. “Desemprego está assolando a vida dos brasileiros e os jovens são os mais prejudicados. Vamos recuperar os investimentos. Vamos apostar numa economia que valoriza seus ativos culturais”.

Alvaro Dias defendeu uma grande reforma, com o ajuste fiscal e que facilite o crédito para a micro, pequena e média empresa. “A reforma tributária é a forma motora do desenvolvimento”, disse. Ainda segundo o candidato do Podemos, o Brasil tem três pontos importantes para gerar emprego: ajuste fiscal, investimentos e produtividade, além do combate à corrupção.

Guilherme Boulos criticou o que chamou de “entrega da Petrobras para as empresas estrangeiras”. “Isso está afetando todos os brasileiros. Olha o preço do botijão de gás. Vamos reforçar as refinarias, o pré-sal será nosso e a Petrobras será estatal”, afirmou.

Geraldo Alckmin comentou sobre o fundo partidário. “Não é possível o Brasil continuar tendo 35 partidos políticos. Não temos 35 ideologias. O que nós temos são pequenas e médias empresas. Temos que diminuir o número de partidos, estabelecendo o voto distrital. Com isso, acaba o fundo partidário”, destacou.

Ciro Gomes respondeu pergunta sobre “mordomias” de políticos. “Não podemos pedir nenhum sacrifício, se não dermos o exemplo. Nossa população está envelhecendo e é preciso repensar a Previdência Social. Dando o exemplo de cima”, defendeu.

Jair Bolsonaro falou sobre a educação infantil que, segundo ele, é a base da educação. O candidato do PSL criticou a “ideologia de gênero” e a “partidarização” das escolas. O candidato do PSL exaltou a “militarização das escolas com diretores do meio militar”.

Cabo Daciolo foi questionado sobre segurança pública. “Vamos valorizar o profissional de segurança pública, vamos cuidar de fronteira. As armas já chegaram, agora temos que parar as munições. Pelas fronteiras entram as drogas e o armamento. Mas quem lucra com isso? Os políticos. Sempre tem um engravatado por trás disso”.

Em seguida, houve o primeiro confronto direto entre os candidatos. Cada presidenciável teve 30 segundos para fazer a pergunta, um minuto para a resposta, e 45 segundos para réplica e tréplica.

Ciro Gomes questionou Geraldo Alckmin sobre o teto dos gastos. “As contas públicas estouraram no tempo do PT. Foram 13 milhões de desempregados e um total descontrole das contas públicas. O problema não é a PEC do Teto, o que precisa é reduzir o tamanho do estado”, disse o tucano.

Alvaro Dias fez sua pergunta para Marina Silva sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril após ter sido condenado em segunda instância. Marina lembrou que “aqueles que se envolvem em uso ilegítimo do dinheiro público devem ser punidos.

Marina Silva também questionou o candidato Alvaro Dias. Sua pergunta foi sobre a retomada do emprego. Para Alvaro Dias, a corrupção também é culpada pela falta de empregos, além da falta da reforma tributária, que poderia facilitar a abertura de novas empresas.

Henrique Meirelles quis saber de Jair Bolsonaro sobre sua proposta para acabar com o desemprego no Brasil. “Tudo o que o PT e o PSDB fizeram ao longo de 20 anos levou a esse caos”, disparou Bolsonaro. O candidato do PSL defendeu a desburocratização no Brasil. “Abrir uma empresa no Brasil exibe um ‘cipoal’ de documentos que desistimula o empreendedor”.

Guilherme Boulos indicou Henrique Meirelles para responder pergunta sobre “troca de ministério por voto” no Congresso. “Eu tenho orgulho de não ter processo e nas instituições que eu dirijo, a escolha foi sempre técnica. Seja no Banco Central, seja no Ministério da Fazenda”. Meirelles ainda destacou que sua proposta é trabalhar duro para gerar postos de trabalho. “Vamos criar mais 10 milhões de empregos em quatro anos”, prometeu.

Geraldo Alckmin escolheu Ciro Gomes para fazer sua pergunta. Mais uma vez, o tema escolhido foi o desemprego e como o agronegócio pode ajudar nesse processo de retomada de oportunidades. Ciro Gomes acredita que agregar valor à agropecuária brasileira pode ajudar muito a criar empregos.

Jair Bolsonaro questionou o Cabo Daciolo sobre aborto, que disse ser contra a descriminalização da prática. “Antes de você ser gerado no ventre da sua mãe, você já era um escolhido”, disse o candidato. Ele também disse ser contra a liberação da venda de drogas no país. “Eu sou defensou da família tradicional brasileira”, destacou.

Cabo Daciolo defendeu o uso de cédulas nas eleições deste ano e fez sua pergunta a Guilherme Boulos sobre a credibilidade das urnas eletrônicas no Brasil. “Não há qualquer tipo de questionamento às urnas eletrônicas, mas ao sitema eleitoral brasileiro”, disse.

Segundo Bloco:

Jair Bolsonaro propôs a facilitação para abertura de empresas (Foto: RedeTV!)

A segunda etapa do debate contou com perguntas dos jornalistas da RedeTV! (Mauro Tagliaferri e Reinaldo Azevedo) e da revista IstoÉ. Cada profissional fez duas perguntas aos políticos, cada. Os candidatos tiveram um minuto para resposta e mais 45 segundos foram reservados para comentários.

Questionado por Reinaldo Azevedo, Jair Bolsonaro propôs a redução do estado e a facilitação para abertura de empresas no Brasil. Convidado a comentar, Ciro Gomes disse que o corte de despesas é imprescindível para equilibrar as contas públicas.

Jornalista da IstoÉ, Celso Masson perguntou a Cabo Daciolo sobre o direito de greve aos funcionários públicos, mesmo os que trabalham em áreas consideradas essenciais. O candidato lembrou a greve dos caminhoneiros que, segundo ele, não foram ouvidos. Quanto aos Bombeiros e Policiais Militares, Daciolo disse que nunca houve greve. Em seu comentário, Marina disse que o governo tinha meios de manejar a situação antes da greve de caminhoneiros.

O jornalista Mauro Tagliaferri, da RedeTV!, questionou Marina Silva sobre a longevidade da população brasileira e seu impacto na Previdência Social. “A reforma da Previdência é necessária, mas é preciso fazer uma transição (…) É fundamental que se tenha um sistema de saúde que funcione”. Em seu comentário, Henrique Meirelles destacou a importância da geração de empregos para quem queira trabalhar e um governo competente para investir em saúde e saneamento.

Jornalista da IstoÉ, Sérgio Pardellas perguntou Geraldo Alckmin sobre a rejeição ao PSDB pelo partido ser conhecido como bastião da “velha política”. Em sua resposta, o candidato tucano voltou a defender a reforma política para a redução no número de partidos. Em seu comentário, Alvaro Dias afirmou que a redução no número de partidos não é solução para os problemas do país.

Em sua segunda pergunta no debate, Reinaldo Azevedo questionou Ciro Gomes e indicou Geraldo Alckmin para comentar. O candidato do PDT aproveitou para alfinetar o tucano que citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como “pai” do Plano Real. Segundo Ciro, é preciso dar crédito a Itamar Franco, que era presidente na época do lançamento da nova moeda. Em sua resposta, Alckmin concordou com o adversário, mas destacou que FHC era ministro da Fazenda de Itamar e, portanto, trabalhou no desenvolvimento do plano econômico.

Jornalista da IstoÉ, Celso Masson perguntou Boulos sobre a violência. Para o candidato do Psol, o erro foi efetuar uma política de segurança pública direcionada para a repressão sem o investimento em inteligência e investigação. Cabo Daciolo comentou e defendeu a valorização do policiais.

Mauro Tagliaferri questionou a Alvaro Dias sobre como vai conciliar seu projeto para ampliar o investimento na educação com seu plano de redução de gastos. O candidato disse que os orçamentos serão revistos, com um limitador emergencial de gastos, mas não em educação, principalmente a infantil e no ensino técnico. Guilherme Boulos diz que o dinheiro está mal distribuído e que há como criar novas vagas em ensino superior, creches e ensino básico. O candidato do Psol ainda propõe suspender dívidas do Fies (financiamento estudantil para o ensino superior) por um ano.

Henrique Meirelles respondeu questão do jornalista da IstoÉ Sérgio Pardellas e teve seu partido, o MDB, criticado por Jair Bolsonaro, que comentou. “Acho muito difícil o senhor, com o seu partido, honrar esse compromisso”, afirmou o candidato do PSL.

Terceiro Bloco:

Um novo confronto direto entre os presidenciáveis abriu o terceiro bloco. Foram 30 segundos para perguntas, um minuto para resposta, e 45 segundos para réplicas e tréplicas.

Questionado por Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro negou ter defendido um salário menor para mulheres em relação aos homens. “A mulher terá um papel de destaque no meu governo”, afirmou.

Geraldo Alckmin perguntou a Alvaro Dias sobre saúde e saneamento básico. “Saneamento é saúde e nós verificamos que os últimos governos usaram dinheiro do BNDES para construir portos ao invés de contribuir para a despoluição do Rio Tietê, por exemplo. É preciso investir em obras de infraestrutura para o saneamento básico e buscar parcerias para garantir qualidade de vida à população”, destacou o candidato do Podemos.

Ciro Gomes convocou Geraldo Alckmin mais uma vez para o confronto direto e o questionou sobre a política econômica com juros altíssimos que, segundo ele, o PT herdou do PSDB. “Política fiscal frouxa, o governo gasta mal e é óbvio que haverá juros mais altos. Vamos cortar gastos, rever os incentivos, zerar o déficit e trazer muito investimento para o Brasil”, respondeu o tucano.

Alvaro Dias perguntou a Henrique Meirelles sobre sua proposta para o combate à corrupção no país. “Deve começar com a conduta de cada um. Na minha gestão no Banco Central ou como ministro da Fazenda, nunca houve um caso de corrupção com a minha equipe”, garantiu o candidato do MDB ao destacar que apoia a Operação Lava Jato.

Marina Silva questionou Ciro Gomes sobre os conflitos de terra e a demarcação de terras indígenas. “O Brasil precisa transformar em ferramente prática o que já temos na lei. Como o zoneamento ecológico, por exemplo. E aquilo que chamamos de ‘a lei que pega’. A impunidade é que é a grande mestra disso”, opinou.

Jair Bolsonaro disse ser favorável à liberação do posse de armas no Brasil e Marina Silva negou compactuar com a opinião do convidado do PSL. A candidata da Rede direcionou sua resposta para a discriminação das mulheres no mercado de trabalho que, segundo Bolsonaro, não existe. “Você acha que pode defender tudo no grito, na violência. Você é um deputado, um pai de família. Um dia desses você pegou a mãozinha de uma criança e o mostrou como atirar. É esse ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro?”, disparou a candidata da Rede.

"Tem muita gente sem-vergonha na política brasileira", disse Boulos (Foto: RedeTV!)

Guilherme Boulos questionou a Cabo Daciolo sobre sua proposta para a criação do emprego. “Nós vamos reduzir impostos e juros. Não acreditem quando dizem que existe crise financeira na nação brasileira. Vamos preparar nossos jovens, vamos caminhar e levar todos ao mercado de trabalho”, afirmou o candidato do Patriota.

Cabo Daciolo criticou a falta de renovação política e perguntou a Boulos se ele acha que os políticos que já estão há vários anos na políticas e não fazem nada não têm vergonha. “Tem muita gente sem-vergonha na política brasileira. Gente que só cuida de seus interesses. É por isso que temos que enfrentar privilégios”, disse Boulos.

Quarto Bloco:

No quarto e último bloco do debate, os candidatos tiveram 45 segundo para fazerem suas considerações finais com tema livre.

Geraldo Alckmin criticou as gestões do PT na Presidência da República e disse que “o Brasil tem pressa para fazer reformas”. Henrique Meirelles voltou a dizer que seu objetivo se for eleito é “ver o Brasil crescer”.

Ciro Gomes encerrou sua participação falando sobre a retomada de obras paradas para gerar empregos e investir em creches em tempo integral para revogar a “vergonha” que é o teto de gastos. Guilherme Boulos alfinetou Alckmin e afirmou que não tem apoio de “banqueiros” para fazer sua campanha “sem medo de mudar o Brasil”.

Jair Bolsonaro destacou que o “Brasil precisa de um presidente honesto, patriota, que honra a família e que afaste de uma vez o fantasma do comunismo”. Alvaro Dias criticou a tentativa de "generalizar” a política. “Eu não aceito ser colocado no mesmo balaio desse sistema corrupto que empurrou o país para esse caos”.

Em suas considerações finais, Marina Silva afirmou que os candidatos devem se conectar com propósitos, além de fazer propostas. Por fim, Cabo Daciolo convidou aos que votaram nulo, branco ou não votaram na última eleição a dar um voto de confiança a ele.

Ferramentas inovadoras em debates presidenciais

Quem acompanhou pela TV, pode ver, em tempo real, o número de citações da hashtag #DebateRedeTV no Twitter. Além disso, acompanhou quais temas estão mais sendo discutidos. Já pelas outras plataformas, foi possível ver também participações de telespectadores na tela e rankings, que mostraram desde temas até candidatos mais citados.

Nos intervalos, o jornalista Rodrigo Cabral mostrou, com dados do Facebook, informações semelhantes, com gráficos em tempo real. 

O Facebook transmitiu o debate da RedeTV! ao vivo em sua página oficial na plataforma no país. Além disso, o Facebook ofereceu à RedeTV! uma tela com informações agregadas e anonimizadas sobre o debate eleitoral e as conversas na plataforma a respeito de temas como economia, educação e segurança. Tudo isso em tempo real e medido pelas interações - reações, comentários e compartilhamentos de conteúdos.

No Twitter, a transmissão dos debates teve um espaço premium, que destacou o conteúdo ao vivo para todos os seus usuários. Nele, as pessoas encontram uma timeline com Tweets curados automaticamente e relacionados ao tema da transmissão – neste caso, os debates presidencial e de governadores. Isso permite que as pessoas acompanhem as conversas sobre o assunto e, caso tenham interesse, também participem dessa discussão.

O YouTube destacou a transmissão dos debates na plataforma e nas buscas do Google. Enio Lucciola assina a direção da cobertura eleitoral na RedeTV!, sob o comando do chefe de redação transmídia Felipe Vergili e do superintendente de Jornalismo, Esportes e Digital, Franz Vacek.

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