Eleições
Líderes do PSL anunciam coordenação de Bolsonaro no Estado e negam apoio do MDB a Marcos Rocha
Sexta-feira, 12 Outubro de 2018 - 21:34 | da Redação
O Partido Social Liberal (PSL) convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (12) para falar sobre a coordenação de campanha do candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, em Rondônia. Os representantes também garantiram que, apesar de receber apoio, não fecharam acordo com outras legendas para a corrida eleitoral do 2º turno no Estado.
“Eu, candidato a senador da República não eleito, Jaime Bagatolli, o deputado federal (eleito) coronel Chrisóstomo, o deputado estadual (eleito) Eydhi Brasil, nós vamos ser os coordenadores da campanha do presidente da República Jair Messias Bolsonaro e também do nosso governador, coronel Marcos Rocha”, disse ex-candidato ao Senado.
Recentemente, o senador eleito Marcos Rogério (DEM) disse que seria um dos coordenadores da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro em Rondônia, o que foi negado durante a coletiva. “Marcos Rogério não é do PSL. Quem fala pelo nosso candidato é o PSL. Portanto, nenhuma outra autoridade, pode até falar, mas não tem validade para os nossos candidatos e nem para o PSL. Nós estamos assumindo a coordenação e se ele fala que é coordenador é mentira”, disse o secretário-geral do PSL, João Cipriano.
“Ele está querendo fazer um aproveitamento para tentar criar dividendos políticos para o candidato dele. Toda e qualquer manifestação é bem-vinda, não vamos criar guerra por isso. Jamais o nosso candidato ia falar que isso, que a coordenação seria feita pelo adversário”, completou coronel Chrisóstomo.
O secretário geral do partido em Rondônia explicou que a coordenação geral é “patenteada aos nossos líderes maiores que foram eleitos. Respeitando as lideranças de outros partidos, são bem-vindos, mas eles não estão autorizados a falar que são coordenadores, eles podem ser apoiadores, porque a coordenação é por conta dos nossos líderes”.
Os políticos ainda confirmaram terem acionado a Justiça para impedir que o candidato tucano, Expedito Júnior, que declarou apoio a Bolsonaro, use o imagem do PSL em sua campanha. “A ação é para que o uso da imagem do PSL não seja vinculado a campanha do Expedito Júnior. Ele pode pedir voto para o nosso presidenciável, mas tentar induzir o eleitor rondoniense de que ele é candidato do PSL isso configura no mínimo um desrespeito eleitoral, porque nós temos um candidato do nosso. E eles não estão preocupados em eleger o Bolsonaro, eles estão preocupados em transferir a imagem limpa do PSL para a candidatura deles. Se eles quisessem não precisariam fazer esse fake News dizendo que são coordenadores de campanha. Sequer ligaram para o PSL dizendo que queriam ajudar, colaborar, eles só querem fazer esse roubo da imagem, da marca do 17 para a campanha eleitoral do candidato deles”, disse o coordenador de campanha, Elias Rezende.
No mesmo sentido, os políticos negaram ainda que haja interferência de outros partidos na campanha em Rondônia, para o governável Marcos Rocha. Questionados por jornalistas sobre a influência do ex-governador Confúcio Moura, os políticos negaram qualquer interferência. “O PSL não fechou acordos e alianças políticas com ninguém. Não temos nenhuma tratativa com partidos políticos ou candidatos eleitos. Nossa força é Deus e depois o povo que nos colocou no segundo turno. O Marcos Rocha é homem ficha limpa e nós estamos sendo atacados com uma mentira. Estão colocando secretários para o Governo do Marcos Rocha, pessoas que sequer conversaram conosco, estão fazendo montagens com fotos”, disse o coordenador de campanha.
“O fato dele ter sido secretário do governo Confúcio não tem nada a ver. Eu também fui secretário de obras do atual prefeito de Porto Velho e não tenho vínculo nenhum com o PSDB”, garantiu o coronel Chrisóstomo.
Deputado eleito pelo PSL, Eyder Brail disse que se outro partido estiver mandando no PSL, ele será oposição da Assembleia Legislativa. “Tragam essa comprovação, essa prova de que o governador Marcos Rocha está recebendo apoio externo que não sejam no PSL que eu saio do partido e vou ser oposição a ele na ALE. Contudo, aqui está o coordenador de campanha do nosso governador e ele me deu autonomia para fazer articulação política aqui no Estado. Tenho falado todos os dias com prefeitos, vereadores, com deputados estaduais eleitos e não eleitos que querem vir apoiar o nosso governador e a palavra é uma só: não vamos fatiar o governo, não vamos fazer conchavos políticos. Assim como o PSL não coligou no primeiro turno, não vai coligar com nenhuma outra sigla agora”.
“Não existe nenhum nome na lista do coronel Marcos Rocha. Estamos trabalhando com humildade, com pé no chão. Não estamos criando fake news para jogar o povo contra o outro candidato. Não tem nenhum acerto com ninguém. O coronel não está preocupado com nomes ainda. Nosso objetivo é que o eleitor conheça as propostas do plano de governo”, esclareceu o Elias Rezende.