NO PENÚLTIMO DEBATE, TV EM HD DA CANDELÁRIA FOI O GRANDE SUCESSO

Inaugurando o sistema de transmissão em HD (transmissão em alta definição) em Rondônia, o debate da TV Candelária entre os candidatos ao Governo do Estado repetiu a estratégia dos principais dos candidatos de ataques ao atual governante, João Cahulla, que teve que ouvir críticas ao setor de saúde e educação. A polarização do encontro ficou entre Expedito Júnior, Eduardo Valverde e João Cahulla. Já Confúcio Moura praticamente foi esquecido do debate após ser questionado por Marcos Sussuarana do pouco que fez quando era deputado federal. Cahulla foi atacado várias vezes, tanto por Expedito como por Valverde, que fazia tiradas ora valorizando o Governo, ou mesmo por ações que considerou ineficazes. Confúcio foi traído por suas colocações quando falou novamente sobre o setor de agricultura. Sussuarana o questionou sobre suas idéias atuais, sendo que como deputado federal nada fez pelo setor.

Os candidatos entraram em atrito inicialmente com um questionamento de um jornalista da TV Candelária, que perguntou sobre o que fazer com recursos que sobrariam com a propalada Transposição. Confúcio se perdeu ao falar que usaria recursos com a saúde e educação. Foi corrigido por Cahulla ao falar que o dinheiro já estava carimbado para esses setores. Confúcio não conseguiu se explicar.

Nos blocos seguintes, Expedito, Valverde e Sussuarana partiram para o ataque ao atual Governo, com polarização maior entre Expedito e Cahulla. Valverde sentia-se a vontade ao defender abertamente que com a eleição de mais um petista (na verdade uma) a presidência, o Estado se sairia melhor se tivesse um governador da mesma legenda.

Viu-se nesse segundo debate um avanço considerável de Expedito e Valverde, mas foi Sussuarana que mais uma vez chamou a atenção, o que se transformar em voto útil em 3 de outubro. Já Cahulla estava mais na defensiva, mas em algumas situações também questionou Expedito quando este fez cobranças com relação a saúde e foi lembrado pelo governador que antes o concorrente era senador e nada ajudou no Estado para mudar o setor. Confúcio quis aparentar um ar de seriedade, mas os demais debatedores evitaram questionamentos ao peemedebista, polarizando os questionamentos em Cahulla. Confúcio não soube responder questionamentos sobre questões que antes parecia que dominava como segurança. Usou seus famosos números de que entre 10 a 15 ocorrências são resolvidas a cada 100.

Outro ponto negativo para Confúcio foi quando mandou Sussuarana estudar. O ex-prefeito pediu que ele falasse sobre desenvolvimento meduante o desenvolvimento sustentável. Sussuarana respondeu ser possível, mas tanto o atual como os ex-governantes não fizeram. Confúcio disse que Sussuarana deveria estudar mais.

Bastidores

A produção do debate teve que chamar atenção dos convidados de debate, que, no calor da respostas começaram a questionar a banca de advogados que definia direitos de resposta. Houve certa confusão em vários momentos. Na frente da emissora cabos eleitorais de Confúcio, Expedito e Cahulla por pouco não em atrito.

HD é sucesso

Bem diferente do que ocorreu no debate da Rede TV na última semana, o Sistema Imagem de Comunicação não privilegiou candidatos. As regras do evento foram bem melhores e privilegiou o interior rondoniense ao levar o jornalista Valdemar Camata, de Ji-Paraná. Um dos grandes diferenciais foi o questionamento que profissionais de imprensa faziam a determinado candidato, sendo que um outro era convidado a emitir opinião. Esse sistema e também toda a estrutura do debate deu certo e mesmo o horário já avançado para começar o encontro não gerou maiores problemas.

Mas o melhor do debate sem dúvida foi o lançamento do sistema de transmissão em alta definição, que a Candelária inaugurou com sucesso. O sistema permitiu a transmissão, por exemplo, a aparelhos celulares e outras fontes de acesso. E não registrou qualquer problema em sua geração. E foi o mais fiel exemplo de como o trabalho profissional e de equipe ajuda a democracia em Rondônia.