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Acusada de matar o próprio filho em Cerejeiras pega mais de 16 anos de prisão
Sexta-feira, 21 Junho de 2013 - 10:58 | FOLHA DO SUL ON LINE
A acusada de um crime que chocou a cidade de Cerejeiras foi condenada a pena de 16 anos, 9 meses e 27 dias de prisão pelo crime de matar o próprio filho recém-nascido e enterrar o corpo nos fundos da casa em que os dois moravam. Gerliane Bezerra Almeida, de 21 anos, recebeu a sentença da juíza Roberta Cristina às 8h30 desta quinta-feira, 20, depois do parecer do jurado popular.
Gerliane é acusada de matar e enterrar um bebê, filho dela, de dois dias de nascido, no dia 3 de setembro do ano passado. Depois do suposto crime, a acusada foi para o Festival de Praia em Pimenteiras, onde acabou presa pela polícia.
O julgamento de Gerliane começou por volta das 8h30 da manhã desta quinta-feira. Durante todo o período de julgamento, a acusada, vestida de chinelo de borracha e com um uniforme verde da prisão, manteve-se de cabeça baixa e não chorou uma única vez sequer. Estava abatida e bem mais magra do que quando entrou na cadeia.
No momento da fala da acusada, Gerliane surpreendeu ao fazer uma revelação: admitiu que a criança foi morta quando rolou por cima dela durante o sono. Depois, alegou que estava com medo e, por isso, sepultou o cadáver do recém-nascido.
A defesa, feita pela defensora pública de Vilhena, Marilza Serra, apresentou o fato de que Gerliane teria dormindo e rolado em cima da criança recém-nascida. Depois, ao vê-la morta, a ré teria entrado em pânico e enterrado o bebê por volta das 4 horas da manhã do dia seguinte.
A acusação, feita pelo promotor de justiça de Cerejeiras, Jônatas Albuquerque, contra-argumentou lembrando que uma pessoa deprimida não iria para um festival de praia. O promotor também observou que a criança, segundo conclusões da perícia, não apresentava nenhuma marca de asfixia. Por essas e outras evidências, a acusação pediu a condenação de Gerliane por ter deixado o bebê morrer por desassistência.
Além disso, a acusação afirma que o motivo de Gerliane ter se livrado da criança é para livrar a sua imagem. Ou seja, a acusada escondia a gravidez da família e não queria que ninguém soubesse que ela teria um filho (a jovem não é casada).
Alguns detalhes chocantes foram relatados durante o processo e também no momento da leitura da sentença pela magistrada. Um deles é que Gerliane nunca tinha feito pré-natal enquanto estava grávida. Depois do parto, ela não o amamentou e nem sequer providenciou roupas para o bebê, que nasceu no hospital. O cadáver da criança foi encontrado pela perícia com a etiqueta de identificação da unidade de saúde no pulso.
Ainda de acordo com a perícia, a criança morta sequer tinha sido banhada. O bebê ainda continuava com os mesmos trajes do hospital e o laudo demonstrou que a vítima não tinha sido submetida a um banho.
O bebê foi registrado depois de nascido e morto. Cerca de 20 dias depois, a criança recebeu o nome de Márcio Bezerra que foi constantemente citado no processo. Ao concluir a fala, a acusação fez uma observação: Este bebê morreu em dois dias. Estamos demorando um dia inteiro para fazer justiça por ele. E isso quer dizer, senhores, que o julgamento da acusada dura metade do tempo que a vítima teve de vida, afirmou Jônatas Albuquerque, dirigindo-se aos jurados, num dos pontos altos do julgamento.
Durante o julgamento, a acusada não demonstrou contrição não chorou, nem demonstrou arrependimento. A médica psiquiátrica que atendeu a ré, e cujo laudo foi lido em plenário, afirmou que Gerliane sempre demonstrou alto nível de frieza.
No momento da leitura da sentença, a já condenada a mais de 16 anos de prisão chorou, mas levemente. Neste momento, a juíza comentou. Em todo o andamento do processo, esta é a primeira vez que você chora.
Além da condenação por homicídio (cerca 15 anos), Gerliane também foi sentenciada por ocultação de cadáver (cerca um ano). Ao todo, a pena é de 16 anos, 9 meses e 27 dias. Segundo afirmou a juíza no encerramento do julgamento, a ré não pode recorrer em liberdade.
A agora condenada, que estava presa na cadeia pública de Cerejeiras por cerca de um ano e meio, voltou para a cela onde passará mais uma etapa da pena que a justiça lhe conferiu.
O FOLHA DO SUL ON LINE acompanhou o julgamento. Não foi dada autorização para a reportagem fotografar o plenário no momento do julgamento nem da sentença. A imagem que ilustra esta reportagem foi produzida quando não havia mais ninguém no ambiente. A magistrada considerou que o crime é de enorme repercussão na sociedade cerejeirense.
Gerliane é acusada de matar e enterrar um bebê, filho dela, de dois dias de nascido, no dia 3 de setembro do ano passado. Depois do suposto crime, a acusada foi para o Festival de Praia em Pimenteiras, onde acabou presa pela polícia.
O julgamento de Gerliane começou por volta das 8h30 da manhã desta quinta-feira. Durante todo o período de julgamento, a acusada, vestida de chinelo de borracha e com um uniforme verde da prisão, manteve-se de cabeça baixa e não chorou uma única vez sequer. Estava abatida e bem mais magra do que quando entrou na cadeia.
No momento da fala da acusada, Gerliane surpreendeu ao fazer uma revelação: admitiu que a criança foi morta quando rolou por cima dela durante o sono. Depois, alegou que estava com medo e, por isso, sepultou o cadáver do recém-nascido.
A defesa, feita pela defensora pública de Vilhena, Marilza Serra, apresentou o fato de que Gerliane teria dormindo e rolado em cima da criança recém-nascida. Depois, ao vê-la morta, a ré teria entrado em pânico e enterrado o bebê por volta das 4 horas da manhã do dia seguinte.
A acusação, feita pelo promotor de justiça de Cerejeiras, Jônatas Albuquerque, contra-argumentou lembrando que uma pessoa deprimida não iria para um festival de praia. O promotor também observou que a criança, segundo conclusões da perícia, não apresentava nenhuma marca de asfixia. Por essas e outras evidências, a acusação pediu a condenação de Gerliane por ter deixado o bebê morrer por desassistência.
Além disso, a acusação afirma que o motivo de Gerliane ter se livrado da criança é para livrar a sua imagem. Ou seja, a acusada escondia a gravidez da família e não queria que ninguém soubesse que ela teria um filho (a jovem não é casada).
Alguns detalhes chocantes foram relatados durante o processo e também no momento da leitura da sentença pela magistrada. Um deles é que Gerliane nunca tinha feito pré-natal enquanto estava grávida. Depois do parto, ela não o amamentou e nem sequer providenciou roupas para o bebê, que nasceu no hospital. O cadáver da criança foi encontrado pela perícia com a etiqueta de identificação da unidade de saúde no pulso.
Ainda de acordo com a perícia, a criança morta sequer tinha sido banhada. O bebê ainda continuava com os mesmos trajes do hospital e o laudo demonstrou que a vítima não tinha sido submetida a um banho.
O bebê foi registrado depois de nascido e morto. Cerca de 20 dias depois, a criança recebeu o nome de Márcio Bezerra que foi constantemente citado no processo. Ao concluir a fala, a acusação fez uma observação: Este bebê morreu em dois dias. Estamos demorando um dia inteiro para fazer justiça por ele. E isso quer dizer, senhores, que o julgamento da acusada dura metade do tempo que a vítima teve de vida, afirmou Jônatas Albuquerque, dirigindo-se aos jurados, num dos pontos altos do julgamento.
Durante o julgamento, a acusada não demonstrou contrição não chorou, nem demonstrou arrependimento. A médica psiquiátrica que atendeu a ré, e cujo laudo foi lido em plenário, afirmou que Gerliane sempre demonstrou alto nível de frieza.
No momento da leitura da sentença, a já condenada a mais de 16 anos de prisão chorou, mas levemente. Neste momento, a juíza comentou. Em todo o andamento do processo, esta é a primeira vez que você chora.
Além da condenação por homicídio (cerca 15 anos), Gerliane também foi sentenciada por ocultação de cadáver (cerca um ano). Ao todo, a pena é de 16 anos, 9 meses e 27 dias. Segundo afirmou a juíza no encerramento do julgamento, a ré não pode recorrer em liberdade.
A agora condenada, que estava presa na cadeia pública de Cerejeiras por cerca de um ano e meio, voltou para a cela onde passará mais uma etapa da pena que a justiça lhe conferiu.
O FOLHA DO SUL ON LINE acompanhou o julgamento. Não foi dada autorização para a reportagem fotografar o plenário no momento do julgamento nem da sentença. A imagem que ilustra esta reportagem foi produzida quando não havia mais ninguém no ambiente. A magistrada considerou que o crime é de enorme repercussão na sociedade cerejeirense.