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Após caso de raiva em morcego, Prefeitura intensifica vacinação em cães e gatos em bairro no centro de Porto Velho
Terça-feira, 20 Fevereiro de 2024 - 15:08 | Jainni Victória (sob supervisão de Luciane Gonçalves)
Após a confirmação do caso de raiva em um morcego, encontrado na Estrada de Santo Antônio, em Porto Velho, a Divisão de Controle de Zoonoses em Animais Domésticos e Sinantrópicos (DCZADS), da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), promoveu um mutirão de vacinação antirrábica para cães e gatos na região do bairro Triângulo. A estratégia foi executada com a finalidade de formar barreiras de proteção contra o vírus da raiva no ciclo urbano.
A ação contou com vacina casa a casa e pontos fixos, medida necessária para garantir a proteção tanto dos animais como dos seres humanos.
O último registro de caso semelhante ocorreu em 2021, segundo dados da DCZADS. Entre 2021 a 2023, foram coletadas 21 amostras para investigar a doença e um caso positivo de raiva em morcego foi identificado.
Edson Neves da Cruz, gerente da Divisão de Controle de Zoonoses, explica que a iniciativa atende uma diretriz para vigilância e controle de morcegos na área urbana e rural, diante de casos positivos de raiva.
“Esse tipo de atividade já faz parte do nosso calendário de atuação. Nessa ação específica, o trabalho é realizado em raio de 400 metros para um lado e para o outro, a partir da região onde o animal foi localizado. A vacinação naquele perímetro acontece como forma de prevenção. Lembrando que os morcegos têm seu papel na natureza e não há necessidade de capturar ou matar esses animais, somente se encontrado dentro da residência ou próximo a ela no chão, não conseguindo voar ou com hábito anormal, entrar em contato com a DCZADS ”, relata o gerente.
Durante o evento, foram imunizados 193 animais domésticos. Além das vacinas, orientações de educação em saúde, com foco em medidas preventivas, também foram trabalhadas com a população.
Na casa da dona Palmira Lemos da Silva, moradora do bairro triângulo há mais de 20 anos, foram imunizados seis animais, entre cães e gatos. Para ela, a estratégia foi a oportunidade de proteger os seus bichinhos de estimação e garantir a saúde de todos.
“A gente que tem mais de um animal em casa fica muito feliz com esse tipo de atitude. Pois é muito difícil levar todos eles de uma vez para se vacinar. E quando a vacina chega até nós é muito bom, principalmente em casos como este, onde precisamos proteger nós e nossos animais”, destaca.
Doença
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a raiva humana é uma doença fatal transmitida pela mordedura, lambedura ou arranhões do animal mamífero infectado e não se trata apenas de cão e gato, o principal transmissor da doença infecciosa é o morcego. A doença é causada por um vírus que tende a migrar para o sistema nervoso central, resultando em taxa mortal de aproximadamente 100% dos casos.
O morcego é um reservatório natural da raiva. Por isso, o contato da espécie com animais de estimação ou humanos sempre é considerado um motivo de alerta. Por isso, o tutor do pet deve vacinar seus animais de estimação contra a raiva anualmente.
Vacinação
Serviços de imunização em cães e gatos acontecem de segunda a sexta-feira, gratuitamente, das 8h às 17h, na sede da Divisão de Controle de Zoonoses, localizada na av. Mamoré, n° 1120, bairro Cascalheira. Além disso, as campanhas de vacinação antirrábica são ofertadas anualmente em mais de 100 pontos da capital.
A Semusa também disponibiliza um trailer de vacinação no Parque Circuito, na avenida Lauro Sodré, n° 2983 e a vacinação em domicílio para quem tem mais de dez animais no mesmo ambiente. O serviço é disponibilizado mediante agendamento através do número: (69) 98473-6712.
Durante o evento, foram imunizados 193 animais domésticos
Durante o evento, foram imunizados 193 animais domésticos
Para receber a vacina, os animais devem estar sadios e precisam ter mais de três meses de vida. A imunização deve ser feita anualmente para assegurar a proteção tanto dos animais quanto dos seres humanos.
Orientações
O gerente da DCZADS, orienta a população que evite contato direto com os animais silvestres, pois as chances de contaminação são grandes. “Evitar fazer carinhos, brincar, alimentar e quando localizar um animal silvestre na área urbana não tentar proximidade e acionar um órgão competente. São cuidados fundamentais para não colocar sua saúde em risco”, frisa Edson.
O médico veterinário da Semusa, Alexandre Farahildes Ribeiro, fala sobre outras medidas preventivas que precisam ser seguidas e ressalta a importância da vacinação.
“Caso uma pessoa sofra alguma agressão por um mamífero, como por exemplo, gato, cachorro, morcego, macaco ou raposa deve imediatamente lavar o local da ferida com água e sabão e buscar a unidade básica de saúde mais próxima de sua localidade. Manter os animais vacinados contra a raiva e ter cautela diante do contato com mamíferos desconhecidos são algumas das principais medidas preventivas que garantem a sua proteção”, afirma o médico veterinário.