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Após ocupar sede o Incra, famílias serão ouvidas pelo órgão
Quarta-feira, 19 Outubro de 2016 - 12:46 | Da redação

De acordo com coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), João Dutra, o Incra já teria feito duas vistorias no local e constatou que a terra é improdutiva. O Incra já foi lá, fez a primeira vistoria no ano de 2000 e contatou que a área é improdutiva, e destinou para o setor de obtenção de terras do Incra. Esse processo não avançou e em 2010 foi feita outra vistoria, e confirmou que a área não é utilizada pra nada, disse o coordenador.
Ainda de acordo com o Dutra, a proprietária das terras teria apresentado para o juiz um plano de manejo de madeira na área ocupada por eles, e teria feito à derrubada de árvores que estaria em fase de crescimento, de forma irregular.
Rosemar da Silva, de 38 anos, era moradora do distrito de Machadinho do Oeste, e teve sua propriedade invadida pela as águas da barragem. A gente invadiu lá porque não tem onde morar. Depois que minha casa foi invadida pelas águas da barragem ninguém deu outra terra pra gente, eu só quero um lugar pra morar, disse Rosemar.
Estou lá há três meses, eu moro com toda minha família, e só vamos sair daqui quando a gente tiver alguma resposta. Eu não tenho outro lugar pra ir, é de lá que tiro meu sustento, eles não podem fazer isso com a gente, disse a agricultora Aldira Ferreira da Silva.
Morando há 15 dias na propriedade Três Casas, a dona de casa Regiane Nascimento, de 20 anos, tenta conseguir uma nova terra para seu pai, que perdeu na enchente. Meu pai perdeu a terra dela quando veio a enchente, por isso invadi essa terra, para tentar substituir a que ele perdeu, mas eles estão tentando tomar da gente, contou a manifestante.
Segundo Incra está marcado para quinta-feira (20) uma rodada negociação junto com o estado, mas a reintegração de posse irá acontecer conforme o programado no mesmo dia. Essa rodada de negociação vai acontecer nos próximos dias. Os representantes do governo do estado vão estar presente para tentar chegar a um acordo, mas infelizmente vai acontecer a reintegração de posse expedida pelo juiz, caso as famílias ainda estejam nas terras, disse ouvidor agrário regional do Incra, Erasmo Silva.
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