Após onda de assaltos, pais e professores pedem mais segurança em escolas de Porto Velho

Pais e funcionários da Escola Municipal Jornalista Fernando Escariz e Eduardo Valverde, localizadas na Zona Leste de Porto Velho, se reuniram na manhã desta sexta-feira (5) para pedir mais segurança e a retirada das armas dos vigilantes que cuidam das escolas após uma onda de assaltos ocorridos neste ano nas unidades de ensino. Segundo professores, o que chama a atenção dos criminosos são as armas dos vigilantes.

Uma servidora relatou que na tarde de quinta-feira (4), três criminosos armados invadiram a escola Jornalista Fernando Escariz, um deles apontou a arma para a cabeça de uma funcionária que estava cuidando das crianças na hora da saída e anunciou o assalto. Um policial a paisana estava passando no local, trocou tiros com os criminosos e eles fugiram sem levar nada.

A professora da Escola Eduardo Valverde Lene Souza, disse que a escola já foi alvo dos criminosos três vezes e eles não se importam com a presença de crianças de 2 a 5 anos, e já invadirem para roubar as armas dos vigilantes. “Nós estamos à mercê dos criminosos e não podemos fazer nada. A última vez que os criminosos invadiram, eles colocaram a arma na cabeça do vigilante na frente das crianças e levaram a arma dele. A gente pede que as armas desses vigilantes sejam retidas porque não aguentamos mais tanta violência”, pediu.

“Está muito difícil trabalhar na escola porque os criminosos são audaciosos. Eles não querem saber quem está na escola. A patrulha escolar da polícia e a retirada das armas dos vigilantes vai resolver o problema porque os criminosos vão deixar de invadir as escolas para roubar. Tem pais que deixaram de levar seus filhos para a escola com medo”, disse a professora Lisa Tavares que leciona na escola Eduardo Valverde há 4 anos.

Ana Celia é uma das professoras antigas da escola Jornalista Fernando Escariz e diz que já foi vítima dos criminosos. “Essa é a terceira vez que acontece assalto na escola, duas foi com refém eu fui uma das vítimas dos criminosos da primeira vez que eles tentaram roubar a escola. Uma vigilante já teve sua arma roubada por eles e nós queremos segurança porque nossa vida está em risco e a das crianças também porque estão sob nossa responsabilidade”, desabafou a professora.

O agente de portaria Elói Ferreira Teles diz ter medo de levar o filho de 5 anos para a escola e pede solução para o problema. “Eu trago meu filho com medo porque eu sei que a escola já foi alvo de criminosos várias vezes com ele aqui dentro. Não tem como ele para de estuar porque está terminando o ano e eu não vou deixar meu filho sem estudar. Queremos segurança porque a escola não pode ficar a mercê das autoridades”, disse.

Por telefone, o secretário municipal de educação César Licório informou que vai solicitar a retirada das armas dos vigilantes das escolas citadas na matéria e já solicitou a patrulha escolar nas proximidades das escolas para garantir a segurança dos alunos e funcionários.