Geral
Bancários denunciam caos nas agências de Rondônia
Quarta-feira, 24 Outubro de 2012 - 10:55 | Assessoria
Apesar de todas as promessas feitas pelos bancos, ano após anos, especialmente no encerramento dos movimentos grevistas e o fechamento dos Acordos Coletivos de Trabalho, as agências bancárias continuam exibindo um quadro caótico a nível nacional, com as famigeradas carências no quadro funcional e, consequentemente, o péssimo atendimento prestado à população em geral.
Em Rondônia a situação não é diferente e, de acordo com representantes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), em algumas agências o cenário é ainda mais deprimente, não apenas pela falta de funcionários e a existência de filas gigantescas de pessoas revoltadas com a demora no atendimento, mas também com um ambiente de trabalho totalmente inadequado para os funcionários e que põe em risco sua integridade física e sua saúde.
O presidente do Sindicato, José Pinheiro, menciona as agências do Itaú que, recentemente, foram fechadas em dois pontos da Capital, em protesto contra a falta de funcionários, o atendimento desumano ofertado a clientes e usuários e o completo desrespeito com a dignidade dos funcionários, que pela demanda sobrecarregada, sequer tem a chance de almoçar e, muitas vezes, nem mesmo de ir ao banheiro.
Mas não é só no Itaú que esta situação existe. Em praticamente todas as agências, de todos os bancos, em todo o Estado, este quadro sombrio se repete. Temos, como exemplo, o Banco do Brasil de Machadinho do Oeste (falta de funcionários, filas imensas, demora no atendimento), o Banco do Brasil de Nova Brasilândia (falta de funcionários, estrutura física do prédio debilitada, sistema de segurança e operacional precários), Banco do Brasil de Nova Mamoré (falta de funcionários, estrutura física da agência é pequena e não comporta alta demanda de clientes e usuários), Banco do Brasil da avenida Amazonas, em Porto Velho (filas quilométricas, espaço físico inadequado pra alta demanda da zona Leste), todas as agências do Bradesco (filas gigantescas, banco negando recebimento de títulos abaixo de R$ 900, demora no atendimento), confirmando assim um caos em todo o sistema bancário rondoniense.
Ou seja, mesmo com tantas garantias e promessas dadas pelos banqueiros, a situação trágica continua. Os bancos precisam contratar o dobro de funcionários para, pelo menos chegar próximo de um atendimento mais digno para a sociedade em geral. Além disso, a abertura de mais agências em todos os municípios é imperativa, e estas agências tem que ter os itens das leis de segurança bancária (a exemplo de portas giratórias com detector de metais) e mais uma infinidade de obrigações. Somente assim o atendimento ao público e a dignidade ao ser humano, ao ambiente de trabalho, poderão ser melhorados e este caos, minimizado, avaliou o dirigente.
EMPREGO
Quase metade do total de postos formais gerados no país entre janeiro e setembro deste ano saiu do setor de serviços, onde atuam as instituições financeiras. Apesar dos altos lucros, são, de longe, as empresas que menos contribuíram com a abertura de vagas com carteira assinada.
Segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego), dos 1.574.216 empregos formais criados no país nos primeiros nove meses deste ano, 667.166 (42%) estão no setor de serviços. Mas as instituições financeiras são responsáveis por apenas 8 mil, o que representa 1,19% do setor e 0,5% do total do país.
A questão do emprego foi uma das principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2012. Os bancos, no entanto, disseram na mesa de negociação que os bancários não estão preocupados com isso e que o baixo nível de contratações no setor deve-se a ajuste, uma prática normal de mercado.
Nós queremos que os bancos, que são concessões públicas, respeitem a sociedade brasileira e cumpram com sua responsabilidade social. Não é possível que o setor que mais lucra no país não possa contribuir com a geração de novos postos de trabalho, afirmou José Pinheiro, ao destacar que no primeiro semestre deste ano o setor contribuiu com apenas 0,2% das 1 milhão de novas vagas no Brasil.
Só o Itaú extinguiu 9 mil empregos em um ano (entre os meses de junho de 2011 e 2012). A exceção é a Caixa Federal, que está contratando graças ao compromisso conquistado pelos trabalhadores nas campanhas unificadas.
A contratação de mais bancários é importante para acabar com a sobrecarga de trabalho que adoece a categoria, mas é fundamental também para toda a sociedade, em nome da universalização do atendimento, com serviços de qualidade para todos, conclui o dirigente.

Em Rondônia a situação não é diferente e, de acordo com representantes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), em algumas agências o cenário é ainda mais deprimente, não apenas pela falta de funcionários e a existência de filas gigantescas de pessoas revoltadas com a demora no atendimento, mas também com um ambiente de trabalho totalmente inadequado para os funcionários e que põe em risco sua integridade física e sua saúde.
O presidente do Sindicato, José Pinheiro, menciona as agências do Itaú que, recentemente, foram fechadas em dois pontos da Capital, em protesto contra a falta de funcionários, o atendimento desumano ofertado a clientes e usuários e o completo desrespeito com a dignidade dos funcionários, que pela demanda sobrecarregada, sequer tem a chance de almoçar e, muitas vezes, nem mesmo de ir ao banheiro.
Mas não é só no Itaú que esta situação existe. Em praticamente todas as agências, de todos os bancos, em todo o Estado, este quadro sombrio se repete. Temos, como exemplo, o Banco do Brasil de Machadinho do Oeste (falta de funcionários, filas imensas, demora no atendimento), o Banco do Brasil de Nova Brasilândia (falta de funcionários, estrutura física do prédio debilitada, sistema de segurança e operacional precários), Banco do Brasil de Nova Mamoré (falta de funcionários, estrutura física da agência é pequena e não comporta alta demanda de clientes e usuários), Banco do Brasil da avenida Amazonas, em Porto Velho (filas quilométricas, espaço físico inadequado pra alta demanda da zona Leste), todas as agências do Bradesco (filas gigantescas, banco negando recebimento de títulos abaixo de R$ 900, demora no atendimento), confirmando assim um caos em todo o sistema bancário rondoniense.
Ou seja, mesmo com tantas garantias e promessas dadas pelos banqueiros, a situação trágica continua. Os bancos precisam contratar o dobro de funcionários para, pelo menos chegar próximo de um atendimento mais digno para a sociedade em geral. Além disso, a abertura de mais agências em todos os municípios é imperativa, e estas agências tem que ter os itens das leis de segurança bancária (a exemplo de portas giratórias com detector de metais) e mais uma infinidade de obrigações. Somente assim o atendimento ao público e a dignidade ao ser humano, ao ambiente de trabalho, poderão ser melhorados e este caos, minimizado, avaliou o dirigente.
EMPREGO
Quase metade do total de postos formais gerados no país entre janeiro e setembro deste ano saiu do setor de serviços, onde atuam as instituições financeiras. Apesar dos altos lucros, são, de longe, as empresas que menos contribuíram com a abertura de vagas com carteira assinada.
Segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego), dos 1.574.216 empregos formais criados no país nos primeiros nove meses deste ano, 667.166 (42%) estão no setor de serviços. Mas as instituições financeiras são responsáveis por apenas 8 mil, o que representa 1,19% do setor e 0,5% do total do país.
A questão do emprego foi uma das principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2012. Os bancos, no entanto, disseram na mesa de negociação que os bancários não estão preocupados com isso e que o baixo nível de contratações no setor deve-se a ajuste, uma prática normal de mercado.
Nós queremos que os bancos, que são concessões públicas, respeitem a sociedade brasileira e cumpram com sua responsabilidade social. Não é possível que o setor que mais lucra no país não possa contribuir com a geração de novos postos de trabalho, afirmou José Pinheiro, ao destacar que no primeiro semestre deste ano o setor contribuiu com apenas 0,2% das 1 milhão de novas vagas no Brasil.
Só o Itaú extinguiu 9 mil empregos em um ano (entre os meses de junho de 2011 e 2012). A exceção é a Caixa Federal, que está contratando graças ao compromisso conquistado pelos trabalhadores nas campanhas unificadas.
A contratação de mais bancários é importante para acabar com a sobrecarga de trabalho que adoece a categoria, mas é fundamental também para toda a sociedade, em nome da universalização do atendimento, com serviços de qualidade para todos, conclui o dirigente.