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Bancários iniciam greve a partir de terça em Rondônia

Sexta-feira, 02 Outubro de 2015 - 08:58 | Assessoria


Os bancários de Rondônia acabam de decidir por unanimidade, em assembleia geral realizada na sede do sindicato da categoria, em Porto Velho, aderir à greve nacional por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira, dia 6.



A decisão confirma a insatisfação e a revolta dos trabalhadores com a proposta considerada indecente e provocativa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que no dia 25 de setembro, em São Paulo, na quarta rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários (formado pela Contraf-CUT, Federações e Sindicatos), ofereceu 5,5% de reajuste salarial (e demais verbas), bem abaixo dos 16% reivindicações pela categoria e que sequer se aproxima da inflação do período (9,88% INPC), além de PLR no mesmo formato do ano passado e um abono no valor de R$ 2.500,00, não incorporado aos salários.

As negociações entre os representantes dos empregados e os representantes dos bancos tiveram início na primeira quinzena de agosto, quando a pauta foi entregue, mas de lá para cá os bancários ouviram uma sucessão de ‘nãos’ dos patrões. Nada de concreto foi apresentado em relação às reivindicações sobre garantia de emprego, contratação de mais empregados, fim do assédio moral e das metas abusivas, mais saúde e melhores condições de trabalho e mais segurança. Pelo contrário: mais de um mês depois de iniciada a Campanha Nacional, o que os representantes dos bancos ofereceram representa uma perda de 4% não somente nos salários.

Somente os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) tiveram mais de R$ 36 bilhões de lucro nos seis primeiros meses de 2015, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores aos seus empregados.

“Essa é a resposta que vamos dar aos bancos, que novamente visam apenas os lucros em detrimento às pessoas. Os bancos, mesmo conseguindo lucros gigantescos e sucessivos, não valorizam seus empregados e, com essa postura de intransigência de negar tudo que reivindicamos, acabam empurrando a categoria para mais uma greve e, consequentemente, geram transtornos para toda a população, que sofre com os bancos fechados e sem atendimento. Ou seja, a culpa dos trabalhadores irem à greve é toda dos bancos”, disse José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO). Rondoniagora.com

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