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BR-319 coloca RO no centro Geopolítico do continente, diz Miguel de Souza

Sexta-feira, 17 Abril de 2009 - 16:37 | Assessoria


A importância obras de pavimentação e recuperação da rodovia BR-319 – Manaus-Porto Velho vai muito além da simples reabertura de um modal rodoviário para escoamento da produção e abastecimento do município de Manaus, ou a efetiva abertura de mais um mercado para a produção rondoniense. Ela deve ser encarada, sobretudo, dentro de um contexto geopolítico, por significar, de fato, a consolidação da integração continental, complementada com outras duas obras de igual importância: as pontes sobre o rio madeira, no bairro da Balsa, em Porto Velho, e a ponte sobre o rio Mamoré, em Guajará-Mirim, que vai consolidar uma nova saída brasileira para o Pacífico.

O pensamento é do diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Miguel de Souza, que ontem reiterou o convite à população para participação das Audiências Públicas programada para os dias 22, quarta-feira, em Humaitá, e 23, quinta-feira, em Porto Velho, para apresentação e discussão do EIA/RIMA da BR-319 – etapa final para a obtenção do licenciamento ambiental da obra. Miguel de Souza destaca que Porto Velho ficará em situação privilegiada como centro de irradiação dessa integração, já que todos os destinos dos estados do norte brasileiro, como Amazonas, Pará, Roraima, Acre e Amapá, em direção ao Sul do País, ou de obras regiões em direção ao norte, por via terrestre, passarão obrigatoriamente por aqui.

O mesmo irá acontecer com os países do norte do continente em direção aos países do Pacífico, como Peru e Chile. Todos terão passagem obrigatória pela capital rondoniense. Pode-se imaginar, segundo ele, apenas por esse rápido raciocínio, o real significado para a economia de Rondônia dessa realidade que se avizinha e que vem passo a passo se consolidando. Com a recuperação da BR-319 ampliam-se exponencialmente as potencialidades da indústria turística, pois será possível para os brasileiros dos estados do sul passear de carro na Venezuela e países do Caribe, ou nos países da costa do Pacífico passando por Porto Velho.

O diretor do DNIT disse ainda que os benefícios da estrada vão atingir também, fundamentalmente, os moradores instalados ao longo de seu leito desde a década de 70, quando o governo federal incentivou a ocupação dessa fronteira amazônica, e que ficaram praticamente isolado durante décadas, sem possibilidade de escoar sua produção. Com relação ao meio ambiente, ele disse que a demarcação de um verdadeiro cinturão de reservas vai reduzir os riscos ambientais em toda aquela área e a própria estrada irá facilitar a fiscalização. Todas as possibilidades de danos ambientais estão assinaladas no trabalho que será apresentado nas audiências públicas, assim como a indicação das providências necessárias para que os impactos sejam mitigados.
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