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Câncer de Lula: vilhenenses destilam veneno contra ex-presidente
Segunda-feira, 14 Novembro de 2011 - 10:13 | Dimas Ferreira
Viver para odiar uma pessoa é o mesmo que passar uma vida inteira dedicado a ela
A FRASE
Viver para odiar uma pessoa é o mesmo que passar uma vida inteira dedicado a ela
(Guimarães Rosa)
QUEM TE VIU...
Afundada em problemas até pouco tempo atrás, a Unimed de Vilhena deu a volta por cima e, recentemente, foi premiada pelo esforço de seus cooperados. Em avaliação feita pela Agência Nacional de Saúde (ANS), a entidade foi classificada como a melhor entre todas as que atuam na região Norte. Prestes a comemorar 15 anos na cidade, a instituição está a um degrau de atingir o nível máximo de excelência, o que a colocaria em pé de igualdade com similares de grandes capitais.
JESUS NA CAUSA
Líder da Igreja El Shadai em Vilhena, o apóstolo Edecláudio Albuquerque arrendou o posto Ipanema, no centro da cidade e, desde então, é obrigado a ouvir a mesma piadinha infame: Aí, pastor, vendendo gasolina batizada, hein?. Sempre bem humorado, o religioso faz questão de esclarecer que o combustível oferecido em seu estabelecimento é abençoado. Aleluia!
GUENTA NÃO
Disposto a atender uma antiga reinvindicação de estudantes da rede pública, o secretário de Estado da Educação, Júlio Olivar, já determinou a compra de aparelhos de ar condicionado para instalar em todos os colégios rondonienses. Em Vilhena, no entanto, em alguns estabelecimentos de ensino, a novidade vai empacar: a fiação é tão antiga que não suportará a potência do maquinário. A molecada, portanto, deve continuar suando em bicas até que um eletricista dê jeito na coisa.
VEREADOR-GATO?
Alguém aí já ouviu falar em gato, aquele profissional que, anos atrás, era encarregado de contratar braçais para as fazendas da região? Pois bem, o vereador Carmozinho Taxista (PSDC) se transformou num congênere desta espécie em extinção: ele foi incumbido pelo ex-senador Expedito Júnior (PSDB) de agenciar os vigilantes que, através da empresa de sua família, prestarão serviços nas escolas estaduais da cidade. A intermediação, que não chega a ser ilegal, deve render muitos votos ao parlamentar no ano que vem.
HUMILDE
Muita gente gosta de acusar o senador Ivo Cassol (PP) de ser casca grossa, mas durante a eleição-tampão que escolheu o novo prefeito de Cabixi, no final de outubro, o parlamentar mostrou que tem, sim, a virtude da humildade: durante um comício, pediu desculpas ao povo por ter ajudado a eleger José Bau Barroso (PR), o prefeito anterior, cassado por abuso de poder no pleito de 2008. Colou: o nome que apoiava (Isael Dias, do PTB) também venceu o tira-teima contra o postulante indicado pelo próprio Bau (Jorge Batista, do PR).
NÃO TEM MOLEZA
Transformada numa verdadeira barafunda, tanto no atendimento quanto na liberação de documentos, a Ciretran de Vilhena registrou, recentemente, um caso que não deixa dúvidas de que, para alguns servidores, o cultivo da ética ainda é regra: uma fiscal de trânsito reprovou a própria mãe no teste de formação de condutores. E nem adiantou a velha chiar: a servidora apontou erros no exame e não aliviou. A candidata-navalha vai ter que repetir a prova de rua se quiser tirar sua CNH.
JOGO DO MILHÃO
Sem um único vereador na Câmara e levando mais fé na grife de dos nomes que ostenta do que na capacidade de seus candidatos para encher a urna, o PSDB de Vilhena apela para uma bravata a fim de cavar a vaga de vice na chapa do deputado Luizinho Goebel (PV), que disputará a Prefeitura no ano que vem: promete arrecadar R$ 1 milhão em doações para reforçar o caixa de campanha do parlamentar branquelo.
PELA BOLA SETE
Gente muita próxima à cúpula do Governo Confúcio Moura (PMDB) garante que, no início de janeiro, o velhinho dá uma chacoalhada em sua administração, trocando uns e defenestrando outros. Na lista da degola estaria o vereador licenciado Ronaldo Alevato (PMDB), que responde pela Secretaria Executiva Regional em Vilhena. Para o lugar dele já estaria sendo convencido o prefeito de Cerejeiras, Cléber Calisto, que se licenciaria para assumir a Pasta, totalmente remodelada e cheia de recursos.
MUDOU DE LADO?
Revirando os arquivos do jornal FOLHA DO SUL, que já deu início às comemorações de seus 18 anos em circulação, encontrei uma entrevista feita com o então deputado Nilton Schramm, em 1993, tempo era uns 20 quilos mais magro. Filiado ao PFL, o parlamentar dizia sentir orgulho em ser de direita. O tempo passou e hoje Schramm milita no PSB do deputado Mauro Nazif, na outra ponta do espectro ideológico.
PURO MAU GOSTO
Chega a ser desumano o tratamento que certos vilhenenses dispensam ao ex-presidente Lula, convalescendo de um câncer de laringe. Destilando preconceito, alguns antipetistas confundem o ser humano com o político e, ao combater-lhe as idéias, descambam para a selvageria. Eis apenas uma das piadas ouvidas por este escriba, entre risos e festejos, como se o mal que atinge o líder brasileiro não pudesse atacar algum dos próprios maledicentes: Se o Lula perder a voz e tiver que se comunicar pela linguagem de sinais, mesmo assim falará errado, pois lhe falta um dedo. Sem comentários...
ACONTECEU
JORNALISTAS LEVAM BAILE DE SELEÇÃO INDÍGENA
Em 1995, o prefeito de Vilhena na época, Ademar Suckel, resolveu comemorar o Dia do Índio patrocinando uma partida entre o Time da Imprensa e o selecionado da aldeia Aroeira, que fica entre a divisa de Rondônia e a cidade de Comodoro (MT). Claro que era uma vingança do mandatário contra os comunicadores (com os quais vivia se estranhando), um bando de perebas que jamais haviam vencido uma partida sequer.
Mas, por alguma razão, os índios não renderam o esperado em campo e o primeiro tempo acabou em 3 a 0 a favor dos jornalistas, comandados pelo roliço Gervásio Santana Leal, na época diretor de informática da FOLHA DO SUL.
Na segunda etapa, no entanto, o time da floresta voltou endiabrado: aos 30 minutos, o placar já era 9 a 3 para os silvícolas. Gervásio não se conformou, parou o jogo e cobrou do juiz:
- Esses índios andaram bebendo alguma coisa no vestiário... O senhor tem que investigar tanta correria de uma hora para outra... Ninguém pega os jogadores deles, que estavam mortinhos no início do jogo!!!
O árbitro, então, se viu obrigado a confessar:
- Não tem mistério: eles só me pediram para tirar as chuteiras, que estavam atrapalhando...
- Arrá! Eu sabia: pode anular os gols que eles fizeram. Estavam em situação irregular.
O juiz aloprou:
- Irregular o cacete! Descalços, eles é que ficam em desvantagem. Trate de correr pra evitar mais gols, Gervásio...
Antes que o confronto terminasse, os nativos enfiaram mais três tentos no combalido escrete midiático. É, até hoje, o mais elástico placar já registrado na história dos pernas de pau da comunicação local.