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Cheia do Madeira já atingiu mais de 700 famílias em Porto Velho

Segunda-feira, 04 Março de 2019 - 11:09 | da Redação


Cheia do Madeira já atingiu mais de 700 famílias em Porto Velho
Porto Cai N'Água, em Porto Velho (Foto: Francisco Abreu/Rondoniagora)

O Rio Madeira chegou a 17,23 metros, ultrapassando a cota de transbordamento (inundação) em Porto Velho, nesta segunda-feira (4), segundo a Defesa Civil Municipal, que poderá solicitar a declaração da situação de emergência. Já são 1.242 famílias atingidas direta e indiretamente, o que totaliza 3.889 pessoas tanto na área urbana, quanto nos distritos do Médio e Baixo Madeira.

Apesar do rio já ter transbordado, Marcelo Santos, diretor da Defesa Civil, explica que o novo prognóstico do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) mostra que o nível poderá atingir 18 metros. “São 712 famílias atingidas direta e 530 indiretamente. Mas mesmo assim, o rio ainda está 1,5 metros abaixo da cheia histórica de 2014. A previsão é que continue subindo nos próximos dias e nós estamos auxiliando as famílias que tiveram as casas alagadas”, esclarece Marcelo.

Em Porto Velho, os bairros mais atingidos são Nacional, Vila da Candelária, Triângulo, São Sebastião II - onde está localizado o Beco Gravatal, Panair - onde ficam os becos do Birro e da Rede, e também a Estrada do Belmont.

Na região do Cai N’Água, o Canal Santa Barbara também transbordou e já alagou várias ruas, como a parte da João Alfredo e Jaci-Paraná. Todos os camelôs e outros comerciantes foram retirados do local. “Essa região foi afetada por causa do canal que transbordou e invadiu ruas. A própria feira do Cai N’Água já saiu de lá e foi levada para outro lugar, por não haver condições de permanecer no local com as ruas alagadas”, afirma Marcelo Santos.

Cheia do Madeira já atingiu mais de 700 famílias em Porto Velho
Rua João Alfredo, no Cai N'Água em Porto Velho (Foto: Elianio Nascimento/Rondoniagora)

Distritos
Entre os distritos e localidades às margens do Madeira com mais dificuldades está o Ramal Maravilha, completamente isolado. A estrada de acesso, inclusive a alternativa, está alagada e os moradores só conseguem sair da comunidade de barco.

Os distritos do Baixo Madeira estão sendo monitorados e, as pessoas que solicitam ajuda ou tem a casa invadida pela água, são retiradas e levadas para abrigos na parte mais alta ou casa de parentes.

Abrigos
Conforme a Defesa Civil Municipal, há abrigos nas comunidades São Sebastião e Boa Fé, localizadas na margem esquerda do rio. No Baixo Madeira, também há abrigos, como por exemplo, em Mutuns.

Em Porto Velho, o abrigo está preparado no ginásio Fidoca para receber quem não tenha para onde ir.

Situação de emergência
Marcelo Santos esclarece que Porto Velho continua em estado de alerta, mas a situação de emergência só pode ser decretada após preenchidos vários requisitos importantes, para que o governo federal faça o reconhecimento da situação. Entre os requisitos estão famílias isoladas; prédios públicos atingidos, como escolas, hospitais e também igrejas; moradores do Baixo Madeira terem as plantações, suas fontes de subsistências destruídas pela enchente; pontes danificadas, energia interrompida, entre outros.

“Já temos famílias isoladas, há lugares em que os produtores estão tendo as plantações atingidas. No Baixo Madeira, a Ceron já fez o desligamento técnico da energia em vários pontos, devido ao risco que corria com a proximidade da água, mas não podemos solicitar a situação de emergência somente aqui, é preciso preencher esses fatores para que o governo federal reconheça. Se a situação se agravar, aí sim, nós vamos solicitar”, finaliza o diretor da Defesa Civil de Porto Velho.

Cheia do Madeira já atingiu mais de 700 famílias em Porto Velho
Antigo terminal de integração de ônibus (Foto: Francisco Abreu/Rondoniagora)
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