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Com Câmara esticada, Vilhena vai registrar recorde de candidatos a vereador
Sábado, 10 Setembro de 2011 - 11:29 | RONDONIAGORA
Era visível o desconforto do prefeito Zé Rover (PP) no desfile de 7 de Setembro, realizado na tarde da última quarta-feira. Agitado no palanque, de onde acompanhava a interminável passagem de escolas e entidades, o mandatário não parava de perguntar as horas. Acabou saindo apressado antes que o evento cívico fosse concluído. Entre o patriotismo e o vôo para Brasília, que sairia naquela noite, o alcaide preferiu embarcar.
Deixa o homem voar
Era visível o desconforto do prefeito Zé Rover (PP) no desfile de 7 de Setembro, realizado na tarde da última quarta-feira. Agitado no palanque, de onde acompanhava a interminável passagem de escolas e entidades, o mandatário não parava de perguntar as horas. Acabou saindo apressado antes que o evento cívico fosse concluído. Entre o patriotismo e o vôo para Brasília, que sairia naquela noite, o alcaide preferiu embarcar.
Tem doido pra tudo
Este colunista, para os que não sabem, traz a política no DNA. Filho de um vereador com três mandatos em Itambacuri (leste de Minas), orgulha-se, porém, de ter permanecido na parte teórica da vida pública. Mas, não é que tem gaiato na cidade querendo levá-lo à força para os palanques? Esta semana, por exemplo, corria o boato de que um dos favoritos para ganhar a Prefeitura de Vilhena no ano que vem (evitemos o nome para não constranger o coitado) convidaria este que vos escreve para ser vice em sua chapa. Aos que pensam numa loucura dessas, vai o aviso: nunca fui filiado a partido algum e, portanto, estou impossibilitado de concorrer a qualquer cargo público.
Silêncio na caserna
Impressiona a falta de informações da Aeronáutica sobre o caso do recruta de 19 anos, baleado por um colega, na semana passada, na Base Aérea de Vilhena. A Polícia Federal foi chamada para fazer a perícia no local do incidente mas, fora uma breve nota em que admitia a ocorrência, a FAB não falou mais nada sobre o assunto.
Palavra de cacique
Em visita discreta a Vilhena, na semana passada, o senador Valdir Raupp, pontífice do PMDB, estimulou lideranças do partido a encontrar um nome para disputar a Prefeitura de Vilhena. A se levar a sério a recomendação do parlamentar, é bom que Luizinho Goebel (PV) e Zé Rover, que esperavam levar a legenda para seus palanques, tirem o pangaré do temporal.
Ela vai voltar
A ex-vereadora Sandra Melo, que mesmo sendo casada com o presidente em exercício do PMDB na cidade (empresário Elizeu Lima), está filiada ao PR, deve retornar à antiga casa. E já chega como uma das mais fortes postulantes à vaga de prefeiturável em 2012. A parlamentar, aliás, havia sido indicada por Raupp para ser vice de Melki Donadon (sem partido) em 2008, mas cinco minutos antes da convenção o ex-prefeito escalou a própria esposa (Rosani) para a vaga.
Tomou doril
Enquanto Raupp e Cassol (PP) frequentemente batem ponto por aqui, o colega deles, Acir Gurgacz (PDT) passa meses sem botar o pé na cidade. E, quando vem, tirando meia dúzia de gatos pingados, ninguém toma conhecimento da visita. Deve estar guardando energia para 2014 quando, gostando ou não de viajar, terá que gastar a sola da botina se quiser permanecer no Senado.
Na pindaíba
O prefeito Zé Rover e seus aliados trabalham com uma informação de bastidores para garantir que o deputado Luizinho Goebel não vai até o final em sua sanha de concorrer à Prefeitura. O parlamentar, pelo que dizem os adversários, estaria sem um vintém para gastar na campanha municipal vindoura que, segundo os entendidos, não sairá por menos de R$ 3 milhões.
Vai na marra
Outro que pode acabar se agarrando a Rover, mesmo a contragosto, é o ex-deputado Nilton Schramm. Bom de articulação, o cacique de honra do PSB anda pregando um nome alternativo ao atual mandatário e os Donadon. Mas, distraído, está esquecendo de um detalhe: o presidente do PSB em Vilhena é Miguel Câmara, secretário de Administração de Rover. Sem contar que o deputado Mauro Nazif, presidente estadual da sigla (e de quem Schramm é assessor) também pende pela reeleição do progressista.
Faça o que digo...
Não é piada: os prédios do Ministério Público e do Tribunal de Contas, ambos inaugurados há pouco tempo em Vilhena, já estão passando por reformas por causa de rachaduras e goteiras nos telhados. Nada demais não fosse o fato de que ambas as instituições têm poder para condenar prefeitos que executam obras mal feitas.
Vai congestionar
Se a média de candidatos a vereador em Vilhena sempre esteve na casa dos 100 nomes, na próxima disputa o contingente deve dobrar. A recente decisão da Câmara local, de aumentar de 10 para 15 o número de vagas na Casa, levou muita gente a se entusiasmar com a perspectiva de embolsar mais de R$ 4 mil por mês trabalhando menos de uma vez por semana (são 3 sessões em 30 dias). Os edis de Ariquemes, cidade que tem 90 mil habitantes, contra os 76 mil daqui, ligaram o desconfiômetro e fixaram em 13 o quantidade de cadeiras no Legislativo de lá.
Aconteceu
CANDIDATO SALVA UMA VIDA E PERDE 100 VOTOS
Candidato a vereador em 1992, o atual adjunto da Secretaria Municipal de Esporte e Cultura de Vilhena, Anísio Ruas, prometeu doar um violão para um grupo de jovens do distrito de Nova Conquista. Ao saber de um grande evento que seria realizado na comunidade, Anísio, reconhecido mão de vaca, pechinchou o quanto pode e comprou o instrumento, rumando para a festança, onde haveria torneio de futebol, churrasco e bailão.
Mal desembarcou e o candidato já foi pressionado pelos moradores a honrar o compromisso. Deu uma desculpa e prometeu entregar o presente quando juntasse mais gente. Não demorou muito e o local estava apinhado de eleitores. É agora, pensou Ruas, já se encaminhado para o carro onde havia deixado o violão.
Ao ver que o instrumento não estava mais no carro, o candidato ficou branco e, sem pensar, gritou:
- Eu tinha trazido... Alguém deve ter roubado...
- Tá chamando o povo daqui de ladrão, é?
- Não, gente... Eu só...
- Fique com essa porcaria de violão!
Anísio não sabia onde enfiar a cara e muito menos dar alguma desculpa convincente para o sumiço. Quando o motorista que o havia levado apareceu, tratou de explicar:
- Tinha uma mulher morrendo num sítio e eu fui socorrer, mas como não cabiam todos os parentes dela no possante, o jeito foi deixar o violão lá. Quer que eu vá buscar?
- Agora não adianta: salvamos uma vida e perdemos uns 100 votos...
Estava certo: mesmo com a doação (tardia) do violão, ele não fez um mísero voto sequer naquela zona eleitoral.