Geral
Com filho diabético, mãe diz que Estado não fornece insulina há mais de dois meses
Terça-feira, 18 Outubro de 2016 - 13:13 | Da redação
Mateus Moreira Rocha era só uma criança de 10 anos de idade quando descobriu que tinha diabetes tipo 1. A família morava em Vilhena, interior de Rondônia, quando tudo aconteceu. Meu filho começou a ficar muito estranho, só dormia pelos cantos, e ficou muito magro em apenas um final de semana. Foi aí que o levamos ao hospital. O nível de glicose estava acima de 600. Meu filho estava quase em coma, lembra a mãe, Eliane Rocha.
Depois de muitos métodos e internações para tratar a doença, a família resolveu mudar-se há quatro anos para a capital, onde o tratamento a base de insulina e o acesso aos hospitais tornaram-se mais fáceis. Há seis meses, os médicos responsáveis por Mateus, hoje com 17 anos, indicaram o tratamento com bomba de infusão de insulina. O aparelho fica acoplado ao abdômen do adolescente, e indica a necessidade de alimentação, libera insulina no organismo e também suspende a medicação quando os níveis estão baixos demais.
O tipo da insulina usado pelo paciente é a Lispro, que custa R$ 116 na única rede de farmácias da cidade que vende o medicamento, e Mateus precisa de quatro vidros de 10ml por mês. A mãe precisou entrar na Justiça para que o estado se responsabilizasse pela compra e repasse do medicamento que Mateus precisa, além do aparelho que custa mais de R$ 5 mil. As peças precisam ser trocadas. O cateter (que libera a insulina) é trocado a cada quatro dias, e o sensor (que faz a leitura dos níveis no corpo) é trocado a cada seis dias. Os gastos mensais da família seriam de quase R$ 6 mil.
Segundo a mãe, Eliane, desde o último dia 26 de julho, o departamento de distribuição de medicamentos do estado, a Regulação de Medicamentos, não tem a insulina para repassar ao paciente. Já me pediram três prazos diferentes, o último foi dia 30 de setembro, mas até agora nada. Nós temos que manter as receitas e laudos do menino todos sempre atualizados para conseguir pegar o medicamento, mas eles não cumprem com o papel deles, desabafa a mãe.
Eliane conta que a Regulação faz a compra de medicamentos para três meses de estoque, a insulina do filho é repassada mês a mês, mas o estoque do estado acaba e a burocracia de pedido e compra que o departamento responsável enfrenta para a aquisição dos medicamentos compromete a entrega para o pacientes.
Estamos nos apertando para comprar durante todo esse período. É difícil...ainda bem que há dois meses consegui um emprego, que é o que está me ajudando. Meu marido faz pão caseiro e tortas para vender, e assim a gente vai vivendo. Quero só ver quando for para pegar as peças do aparelho...tudo é um sufoco, afirma Eliane.
O governo do estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que a licitação já foi concluída e o medicamento deve ser comprado nos próximos 10 dias.
Depois de muitos métodos e internações para tratar a doença, a família resolveu mudar-se há quatro anos para a capital, onde o tratamento a base de insulina e o acesso aos hospitais tornaram-se mais fáceis. Há seis meses, os médicos responsáveis por Mateus, hoje com 17 anos, indicaram o tratamento com bomba de infusão de insulina. O aparelho fica acoplado ao abdômen do adolescente, e indica a necessidade de alimentação, libera insulina no organismo e também suspende a medicação quando os níveis estão baixos demais.
O tipo da insulina usado pelo paciente é a Lispro, que custa R$ 116 na única rede de farmácias da cidade que vende o medicamento, e Mateus precisa de quatro vidros de 10ml por mês. A mãe precisou entrar na Justiça para que o estado se responsabilizasse pela compra e repasse do medicamento que Mateus precisa, além do aparelho que custa mais de R$ 5 mil. As peças precisam ser trocadas. O cateter (que libera a insulina) é trocado a cada quatro dias, e o sensor (que faz a leitura dos níveis no corpo) é trocado a cada seis dias. Os gastos mensais da família seriam de quase R$ 6 mil.
Segundo a mãe, Eliane, desde o último dia 26 de julho, o departamento de distribuição de medicamentos do estado, a Regulação de Medicamentos, não tem a insulina para repassar ao paciente. Já me pediram três prazos diferentes, o último foi dia 30 de setembro, mas até agora nada. Nós temos que manter as receitas e laudos do menino todos sempre atualizados para conseguir pegar o medicamento, mas eles não cumprem com o papel deles, desabafa a mãe.
Eliane conta que a Regulação faz a compra de medicamentos para três meses de estoque, a insulina do filho é repassada mês a mês, mas o estoque do estado acaba e a burocracia de pedido e compra que o departamento responsável enfrenta para a aquisição dos medicamentos compromete a entrega para o pacientes.
Estamos nos apertando para comprar durante todo esse período. É difícil...ainda bem que há dois meses consegui um emprego, que é o que está me ajudando. Meu marido faz pão caseiro e tortas para vender, e assim a gente vai vivendo. Quero só ver quando for para pegar as peças do aparelho...tudo é um sufoco, afirma Eliane.
O governo do estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que a licitação já foi concluída e o medicamento deve ser comprado nos próximos 10 dias.