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CONFÚCIO FIRMA POSIÇÃO E VÊ AÇÃO ORQUESTRADA DE FRIGORÍFICOS PARA MANIPULAR O MERCADO
Segunda-feira, 15 Fevereiro de 2016 - 18:34 | RONDONIAGORA

O Movimento Grito da Pecuária, desde o mês de janeiro, promoveu diversas reuniões nos pólos de produção do estado para reunir forças e levar a questão às autoridades. Não aceitamos como estamos sendo tratados depois de anos de investimento. Investimos em tecnologia, melhoramento de pastagens e solo, modernizando a genética bovina, respeitando o meio ambiente, e temos uma das carnes mais cobiçadas do mundo. Mas com esse deságio de 20% em cima do valor nacional, estamos perdendo e a receita estadual tem um prejuízo de 53 milhões ao mês, revelou Adélio Barofaldi, presidente da Associação Brasileira de Produtores Rurais de Rondônia (APRRO).
Para Sérgio Souza, presidente da Associação dos Produtores de Rurais de Ji-Paraná, na medida em que o governo manifesta apoio aos pecuaristas, o estado cresce. Nós temos uma lista de reivindicações para o governo, que requer mais atenção para o setor e uma atuação mais presente ao que está acontecendo. Mas de imediato, precisamos que o preço da arroba, que agora estamos nos vendo obrigados a vender por R$ 118, seja valorizada e ao menos realinhe a média de até R$ 140, como era antes.
João Gonçalves, proprietário do Frigon e de uma das maiores redes de supermercado do estado, justifica que os custos do frigorífico são muito altos, e afirma que não há desequilíbrio no preço pago pela matéria prima, comparado ao valor que é cobrado ao consumidor final. A oscilação da moeda é o que interfere em todo o mercado, e não há incentivo nenhum por parte do Governo para a indústria, declarou.
A lista de reivindicações entregue aos representantes do Governo do Estado deve ser analisada e a resposta oficial será apresentada em 30 dias, em nova reunião com o setor produtivo. Para o realinhamento imediato dos preços praticados entre frigoríficos e produtores, uma comissão de representantes de cada setor será formada e, o quanto uma reunião deverá definir os rumos das transações comerciais entre a classe empresarial e pecuaristas.