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De quase 100 presos que fugiram das unidades de Rondônia, apenas 14 foram recapturados, diz secretária da Sejus
Terça-feira, 16 Abril de 2019 - 11:21 | da Redação
Apenas nove dos 71 presos que fugiram do presídio Ênio Pinheiro localizado na Zona Rural de Porto Velho, somente neste ano, foram recapturados segundo informou a secretária de justiça, Etelvina Rocha, na última segunda-feira (15). A primeira fuga em massa foi registrada no dia 23 de fevereiro, quando 15 presos serrarem as grades da cela e fugiram.
As fugas também foram registradas nos presídios de Cacoal e no Edvan Marino Rosendo (Urso Panda) em Porto Velho. No total, a secretária não soube informar quantos presos fugiram dessas unidades carcerárias, mas garantiu que 14 foram recapturados em todo o estado. Conforme o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), após o governo de Rondônia retirar os policiais militares da reserva remunerada que cuidavam das guaritas externas dos presídios, houve um considerado aumento de fugas de presos em diversas unidades do estado, principalmente na cidade de Porto Velho.
Segundo a secretária, atualmente o presídio Ênio Pinheiro tem 296 presos, sendo que 150 estão alojados em celas separadas provisoriamente no presídio Milton Soares de Carvalho, o 470, e mais 56 no presídio Urso Panda. “Acredito que até o mês de maio o presídio Ênio Pinheiro será desativado. Todos os presos serão classificados e realojados no novo presídio 603 que será inaugurado muito em breve”, disse Etelvina Rocha.
A secretária explica que na última sexta-feira (12) sua equipe montou uma força tarefa para identificar os presos que podem ter benefícios dados pela Justiça para diminuir o número de apenados na unidade. “Nós encaminhamos nome de 40 presos para a Vara de Execuções Penais para que sejam concedidos benefícios para eles”, explicou.
Sobre a recaptura dos foragidos, Etelvina Rocha disse que foi montada uma força tarefa junto com a Polícia Militar e Polícia Civil e estão em pontos estratégicos usando o setor de inteligência para recapturar os demais foragidos.
De acordo com o Singeperon, além da transferência de presos, a Sejus teria solicitado a interdição do Ênio Pinheiro, sob alegação de que “a interdição das torres acabaram deixando os apenados, de certo modo, prejudicados, bem como a segurança prisional fragilizada e deixam de estar sob o monitoramento visual dos agentes penitenciários. A título de informação, disse que com a interdição das guaritas, os apenados passaram a estar veneráveis, inclusive, entre si, uma vez que nos intramuros da unidade existem diversas facções criminosas”. O ofício teria sido enviado à ao Juiz Titular da 1° Vara de Execuções e Contravenções Penais da Comarca de Porto Velho, Bruno Sérgio de Menezes Darwich, pelo coordenador geral do Sistema Penitenciário de Rondônia, Célio Luiz de Lima.
O sindicato ainda diz que já havia pedido interdição da unidade prisional e “notificado os órgãos competentes responsáveis sobre o caos e abandono do presídio, inclusive com toda sua estrutura comprometida. O Sindicato encaminhou ofícios relatando e pedindo providências do Ministério Público, Sejus e solicitou vistoria do Corpo de Bombeiros”.