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Defesa Civil visita famílias que vivem em barracas à beira do rio Mutum Paraná
Quinta-feira, 20 Agosto de 2015 - 17:02 | RONDONIAGORA

As famílias residiam em Abunã, no Bairro CCO, que foi arrasado pela enchente de 2014. Levamos água potável e kits de higiene pessoal e higiene residencial. Cada família foi abastecida com vinte fardos de água. Eles estão sobrevivendo da pesca no rio Mutum. Embora tenham a opção de retornarem para Abunã, preferem ficar no local, pois dizem não ter mais como sobreviver onde residiam, explicou Marcelo Santos.
O secretário da Sempedec, Vicente Bessa, disse que a situação desses antigos moradores de Abunã se agravou muito com saída do frigorífico que havia naquela localidade. Eles estão à espera de poderem receber casas no distrito de Nova-Mutum. Estão sob vulnerabilidade social, pois não há empregos em Abunã. O frigorífico empregava grande parte da população. Com o arrasamento do Bairro CCO, a contaminação dos poços por causa das enchentes e a saída do frigorífico, não encontram mais motivação para retornarem a Abunã, esclareceu.
A equipe da Comdec, após o atendimento a essas famílias, seguiu para Abunã, onde foram doados muitos fardos de água potável e kits para higiene, e encaminhou-se ainda para Fortaleza do Abunã, onde também há problemas com abastecimento de água por causa da contaminação de poços. A Semagric deverá escavar poços artesianos nessas localidades ainda neste ano, mas enquanto isso não acontece, temos que continuar a levar água para essas famílias, informou o secretário.
Em Fortaleza do Abunã também ocorrem problemas de vulnerabilidade social em decorrência das praias alagadas pela Usina de Jirau. A Usina trabalha na cota noventa, o que não permite a formação de praias na localidade. As praias atraíam turistas e isso mantinha a economia local. Com o fim das praias, a localidade não é mais procurada, de forma que muitos passam por necessidades, observou Bessa.
Os serviços de monitoramentos realizados pela Defesa Civil Municipal são de grande importância para o município de Porto Velho, não apenas para levar ajuda às famílias, que ainda amargam os problemas remanescentes das cheias do rio Madeira, mas também porque são ações preventivas ao desencadeamento de endemias provocadas por ingestão de águas contaminadas.