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Demissão em massa gera nova ameaça de greve no transporte coletivo
Quinta-feira, 28 Fevereiro de 2019 - 15:43 | da Redação
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Uma nova paralisação, por tempo indeterminado, no transporte coletivo de Porto Velho pode começar a partir desta sexta-feira (1º de março). Desta vez, o motivo seria a demissão de 120 funcionários do Consórcio SIM, gerenciado pela empresa Amazontur, segundo informações do presidente do sindicato da categoria (Sitetuperon), Francinei Oliveira. A dispensa dos trabalhadores teria ocorrido na manhã desta quinta-feira (28).
De acordo com o sindicalista, o Consórcio SIM está reduzindo o número de ônibus nas ruas a cada dia e atualmente estão rodando 91 veículos. “Os 120 funcionários que foram demitidos são equivalentes a 30 ônibus que a empresa disse que não vai colocar para rodar alegando que não tem condições”, garante Francinei Oliveira.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, o encaminhamento para a greve foi feito na manhã desta quinta-feira, no momento em que os trabalhadores estavam assinando suas demissões. “Infelizmente nós não podemos fazer nada e, se essa demissão não for suspensa, a categoria vai paralisar 100%. Ou eles demitem todo mundo ou suspendem essas demissões”, completou o presidente.
O Rondoniagora tentou contato com os representantes da Amazontur, mas não conseguiu retorno.
Por telefone, o secretário municipal de trânsito, Nilton Kisner, esclareceu que a Secretaria foi informada sobre a demissão de apenas 40 trabalhadores e não de 120 como informou o sindicato. “O repasse de quase R$ 3 milhões, que a empresa teria solicitado da Prefeitura, foi bloqueado pela Justiça por solicitação do Sitetuperon, pedindo que esse valor fosse reservado para uma garantia indenizatória caso fosse feito a demissão indireta. Por conta disso, a empresa alegou que sem esse valor, que seria para investir no setor, ela não tem como ficar com o quantitativo de funcionários que estava sem trabalhar por causa da falta de veículos”, informou o secretário.
Nilton Kisner disse ainda que a Semtran não pode intervir na decisão da empresa de demitir os funcionários e que a paralisação vai criar descrédito na prestação do serviço dos ônibus. “Nesse momento essa não é a melhor decisão a ser tomada pelo sindicato e o diálogo é a melhor forma de resolver”, finalizou o secretário.