Geral
Deputados se estranham e pintor pacifista é confundido com pistoleiro
Sábado, 08 Outubro de 2011 - 09:19 | RONDONIAGORA
(Henry Ford)
O IRMÃO BAMBURROU!
O vice-prefeito Jacier Dias (PSC) resolveu encarar o prefeito Zé Rover (PP). Calma, gente: o confronto será comercial e não político. Com financiamento do Basa, Dias começou a erguer um baita hotel na cidade, entrando num segmento em que Rover atua há anos. E o empreendedor, que também é pastor da Assembléia de Deus, parece que encara só na fé o grande desafio, já que nunca foi um sujeito de posses. Mesmo com o empréstimo, o religioso pode se preparar para cair na boca do povo: salário de vice e vencimento pago com dízimos não são suficientes para uma empreitada dessas.
NANICOS IRRITADOS
Os pequenos partidos políticos de Vilhena se pintaram para a guerra. Com a decisão da Câmara, que limitou em dez o número de vagas no Legislativo, as microlegendas estão pensando em se unir e impedir qualquer aliança com os vereadores que tentam a reeleição. É a forra pela decisão dos edis que, reduzindo as cadeiras, aumentaram para quase 4 mil votos o quociente eleitoral. Atualmente, das mais de 20 siglas com diretórios constituídos por aqui, apenas oito contam com representantes no Parlamento. E todos são candidatos a mais um mandato.
PORRADA DECISIVA
Um servidor público da área de segurança pública na pequena cidade de Pimenteiras estava há cinco anos tentando se transferir para Vilhena, mas enfrentava toda sorte de empecilhos. Dias atrás, no entanto, o rapaz protagonizou um bate-boca com um vereador e, ao ser chamado de safado, trovejou a mão no beiço do parlamentar. Resultado do catiripapo: foi removido imediatamente para onde queria.
MÁGOA SEM FIM
Mesmo com as duas rasteiras dadas por Melki Donadon (sem partido) no senador Valdir Raupp (PMDB), havia partidários do ex-prefeito acreditando que ainda era possível uma reconciliação entre eles. Nesta semana, Raupp ligou para um aliado na cidade e acabou com a esperança dos melkistas. Segundo disse o barbudão, aqui o partido tem três opções: lança o empresário Jaime Bagattoli (do PR, mas já de saída), se alia ao prefeito Zé Rover ou vai com o deputado Luizinho Goebel (PV). Com Melki, nem a pau, Juvenal!
QUEREM MOLEZA?
O prefeito Zé Rover assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no Ministério Público se comprometendo em instalar um relógio de ponto no Hospital Regional para controlar o horário dos médicos. Foi a alternativa encontrada para impedir que alguns doutores recebessem pelos plantões no local, mas continuassem atendendo em clínicas particulares, enquanto os doentes penavam nas filas. Mas a categoria anda esperneando: vereadores estão sendo pressionados a votar uma lei que impeça a utilização do tal relógio na maior unidade de saúde do Cone Sul. Que gracinha, né?
VEJAM SÓ...
Falando em Rover, o mandatário bem que tenta passar a impressão de que o PP em Vilhena está unido em torno de sua candidatura. A coisa é diferente: Augustinho Pastore anda ameaçando se aliar a Melki e Ilário Bodanese é Luizinho Goebel desde criancinha. Tanto que sua filha, Miriam, é a principal assessora do parlamentar. A esperança de Zé é o senador Ivo Cassol, comandante em chefe da agremiação, baixar por aqui e enquadrar os rebelados.
PISTOLEIRO DE ARAQUE
Goebel, aliás, andou travando uma acalorada discussão com o deputado Nilton Capixaba, mentor da filiação de Melki Donadon ao PTB. Irritado com a ação do petebista, o galeguinho se estressou: esfregou o dedo na cara do parlamentar de Cacoal e perguntou o que ele ganharia com essa aliança, já que o ex-prefeito jamais retribuiria a cortesia, pois sempre apóia as candidaturas dos irmãos. Um parente de Capixaba ameaçou revidar, mas acabou recuando quando o barulhento Júnior Pintor (PSDB), que nunca matou uma mosca na vida, mostrou um volume sob a camisa. Era a trena que usa para medir paredes, mas que parecia uma arma...
SUPER SINCERO
Na última quarta-feira, dia 05, este colunista topou com o vereador Vanderlei Graebin (PSC) no aeroporto, embarcando para Cuiabá (MT), onde faria consulta num especialista. O parlamentar, que corre sério risco de ser obrigado a usar prótese no joelho, aproveitou o ambiente ameno e sapecou essa, ao comentar a decisão da Câmara, de recuar na proposta de aumentar de dez para quinze o número de vagas na Câmara: Se todo mundo trabalhasse, cinco parlamentares eram mais que suficientes para investigar tudo aqui. Só pra constar: na hora de passar a lâmina nas cadeiras extras, Graebin se absteve de votar.
RICOS E TRAMBIQUEIROS
Não foi por falta de aviso, já que o alerta foi dado nesta coluna: a compra de passagens aéreas a preços visivelmente suspeitos ainda iria render dor de cabeça para a gente em Vilhena. Pois agora, a polícia local está prestes a indiciar alguns bacanas que andaram adquirindo bilhetes de um picareta que lesava as empresas de aviação usando cartões clonados. Claro que, como não pagava nada pelas passagens, o malandro podia revendê-las por uma merreca qualquer e não faltava freguesia. Pelo tanto que alguns figurões voaram, vai ser difícil para eles argumentar que não sabiam que a pechincha era golpe. Reportagem completa sobre o caso pode ser lida no site WWW.folhadosulonline.com.br
FICOU EM CASA
Através de um show da Orquestra Paulistana de Viola Caipira (elogiadíssimo, por sinal), o Sindicato dos Produtores Rurais de Vilhena reuniu centenas de pessoas no Parque de Exposições, na semana passada. Além da atração musical, o bingo de um carro zerinho contribuiu para o sucesso de público no evento. O problema é que, na hora de sortear o veículo, a cartela premiada não havia sido vendida e, assim o possante acabou ficando para o próprio sindicato. Ninguém chiou. Ainda.
ACONTECEU
ADVOGADO PROVOCA JUIZ DURANTE AUDIÊNCIA
Torcedor-símbolo do Corinthians em Vilhena, o advogado Edélcio Vieira, que já foi procurador do município e atualmente responde pela assessoria jurídica da Câmara de Vereadores, coleciona causos e presepadas protagonizados por si mesmo. O jeitão debochado do causídico, que perde o amigo, mas não perde a piada, esconde um profissional brilhante, capaz de tiradas cômicas até em situações críticas.
Anos atrás, durante uma audiência, Vieira esperava que o juiz desse início ao julgamento da ação que havia proposto, quando o magistrado explicou:
- Olha, doutor, eu me julgo incompetente para dar essa sentença...
Na linguagem jurídica, incompetência é quando o juiz não é o adequado para atuar na demanda por alguma razão de foro ou hierarquia. Nada a ver com incapacidade técnica e Edélcio, mesmo tendo plena ciência das razões do capa preta, resolveu ser gaiato:
- Não ligue para o que o povo diz, Excelência...
- Hein? Como assim?
- O povo anda falando que o senhor é incompetente mesmo, mas eu não acho não...
O juiz tentou manter sisudez típica de quem exerce o cargo, mas acabou não conseguindo segurar a gargalhada diante da provocação. O caso foi enviado para a vara competente e o advogado brincalhão continuou mantendo uma longa relação de amizade com o incompetente.