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Desabrigados da cheia se negam a desocupar prédios públicos em Porto Velho

Quarta-feira, 02 Abril de 2014 - 09:02 | RONDONIAGORA


Desabrigados da cheia se negam a desocupar prédios públicos em Porto Velho

A Defesa Civil de Rondônia ainda não sabe qual medida vai adotar para convencer as 1.487 famílias alojadas em abrigos públicos para que desocupem os prédios onde estão. Os desabrigados estão espalhados em 43 abrigos públicos, a maioria escolas, que precisam ser desocupadas para que o ano letivo seja iniciado.



O problema surgiu depois que prefeitura e governo decidiram construir um mega abrigo que vai funcionar no Parque de Exposição de Porto Velho. Lá, foram montadas duzentas barracas de lonas, instalados banheiros químicos, lavanderia comunitária e restaurante. Um sistema monitoramento de câmeras está em fase final de implantação e a Polícia Militar vai destacar uma unidade para garantir a segurança no local.

Mas nem toda essa estrutura foi suficiente para convencer os atingidos pela cheia do rio madeira a saírem pacificamente dos locais onde estão a mais de quarenta dias. As vitimas da cheia alegação falta de estrutura e dizem que preferem permanecer onde estão.

Na escola Maria Eliza, o pedreiro Antônio Farias da Costa ocupada com a família. Ele conta que água e energia nunca faltaram, e se diz satisfeito com o espaço que conta ainda com ar condicionado. “Não vou sair daqui para uma tenda. Eu e minha famílias só vamos sair daqui na marra”, alerta Farias que foi retirado do bairro Nacional onde morava no dia 26  de fevereiro.

O impasse entre governo e desabrigados vem ganhado proporção a cada dia, e a Defesa Civil diz está preocupada com a “rebeldia” das famílias. “A gente sabe que tem pessoas resistentes mesmo, mas não iremos usar de nenhuma fora policial para desocupar os lugares. Iremos recorrer a outros órgãos  e comunicar o fato a OBA, MPF, enfim, vamos buscar os meios legais”, disse o coronel Demargli Farias, coordenador de Comunicação do Corpo de Bombeiros em Rondônia.

Segundo Farias, a previsão é que a remoção das famílias comece a partir do próximo domingo (6). Antes, garante ele, as equipes da Defesa Civil irão levar algumas vitimas da enchente para conhecerem o local e constatarem a estrutura disponível no novo abrigo.

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