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DESEMBARGADOR CITA DIREITO DO POVO E PREJUÍZOS A NOVAS EMPRESAS E SUSPENDE LIMINAR NO CASO DO TRANSPORTE COLETIVO
Terça-feira, 19 Maio de 2015 - 09:09 | RONDONIAGORA

Eurico Montenegro reconheceu o fundamento de que a decisão de primeiro grau "impõe grave lesão à ordem e à economia pública" e "afetaria todo o sistema de transporte urbano da cidade, e, consequentemente, toda a população".
Ao concordar com os argumentos do Município, o desembargador explicou que a concessão da liminar garantiu direito às empresas que já mantém a concessão mas acabaria por prejudicar o cidadão uma vez que certamente novas empresas iriam demonstrar desinteresse no processo de contratação recém aberto. Sem dúvida a liminar concedida com o revigoramento da eficácia jurídica do contrato com o consórcio atual, prejudicaria a seleção de novas empresas, que na certa, não terão interesse em participar do processo de seleção, já aberto e com audiência de credenciamento marcado.
Outro ponto assinalado pelo desembargador é com relação ao destinatário do serviço, a população, que merece um serviço adequado. Antes ele já afirmara que os contratos podem ser avaliados a qualquer tempo pela administração pública, desde que exista motivação para isso. Estou com o MM. Juiz de Primeiro grau, quando assinala que a profusão de ações judiciais, envolvendo a relação de concessão objeto da caducidade, comporta ponderação do Juízo, entretanto, a meu sentir este deve ser levado em conta em favor dos usuários do serviço público que tem direito a um serviço adequado, o que me parece não tem sido atendido pelas atuais empresas. Estas por sua vez têm o direito de prosseguimento das ações propostas para se verem ressarcidas dos prejuízos, que por ventura tenham tido ou venham a sofrer em decorrência da rescisão do contrato.