Dirigente do Cruzeiro ouvido pelo MPT tenta se defender acusando jogadores

Em depoimento prestado à procuradora do Trabalho Michelle Chermont, o presidente do Cruzeiro Esporte Clube, representado perante o MPT em Rondônia, por “largar” nos vestiários do estádio sem assistência alguma, inclusive alimentação, Domingos “Loló” acusou dois atletas de terem depredado a residência de um juiz de Direito na cidade de São Miguel do Guaporé, onde foram alojados. Disse também que o clube “profissionalizou” três dos nove jogadores responsáveis pelas denúncias feitas ao MPT, alegando ter tido despesas com os atletas; e reconheceu que apenas quatro jogadores do grupo atuaram pelo Cruzeiro.

Sobre os contratos de trabalho com os jogadores, o dirigente cruzeirense disse que formalmente o valor pactuado é de R$ 510,00, mas com alguns o “acerto” chega ao valor de até R$ 2.000,00, pagos com recursos oriundos de contratos de patrocínio firmados pelo clube. Negou que exista contrato de patrocínio a título de direito de imagem de jogador.

Sobre proposta de acordo formulada pela procuradora do trabalho para quitar dívidas trabalhistas com os atletas, o dirigente do Cruzeiro disse que “só aceita se for mediante decisão judicial” e “mesmo assim, parcelado em muitas vezes”.

Diante do posicionamento do diretor do Cruzeiro, a procuradora do Trabalho, Michelle Bastos Chermont vai ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho nesta quarta-feira.