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Em conversa com amigos, professora relatou medo do assassino e burocracia para ser atendida; ouça

Segunda-feira, 18 Março de 2019 - 12:20 | da Redação


Antes de ser assassinada pelo ex-marido, a professora Joselita Felix da Silva enviou mensagem de áudios para amigos de trabalho relatando que os policiais a orientaram a procurar a Delegacia da Mulher, em Porto Velho, na segunda-feira (18). Durante o fim de semana, a unidade está fechada e o atendimento é feito em qualquer delegacia.

Joselita ainda falou sobre um possível afastamento do trabalho por medo de ser morta e também para prezar pela segurança dos companheiros de trabalho. Além da Faculdade Fimca, ela trabalhava na Escola Marcelo Cândia, na Zona Leste de Porto Velho.

Menos de 24 horas após pedir ajuda na delegacia, enviar as mensagens relatando o ocorrido, a professora foi morta pelo ex-marido, Ueliton Aparecido da Silva, de 35 anos, que ainda agrediu a pauladas o idoso Francisco Felix da Silva, de 74 anos, pai da vítima.

Questionada sobre o horário de funcionamento da Delegacia da Mulher e também sobre a preparação de policiais para atender a ocorrência, a Secretaria de Segurança Pública (Sesdec) ainda não respondeu.

Confira a transcrição da mensagem:
“Só segunda que eu vou poder resolver. Eu falei com os policiais daqui, eles me mandaram novamente para delegacia segunda-feira de manhã, porque não foi apresentado essas marcas no meu corpo e que seu eu não conseguir por lá, ai eles vão registrar uma ocorrência aqui no Candeias para me mandar novamente pro IML de Porto Velho, para poder fazer a ocorrência e facilitar o meu divórcio. Porque ele disse que não vai querer dar meu divórcio e corre o risco ainda de eu ter que pagar uma pensão pra ele, entendeu? Porque eles estão mentindo, ele tem advogado, a mãe dele tirou com R$ 4 mil ele, a mãe dele tem um terreno. Mas eu estou pensando seriamente em ficar afastada pela minha segurança e pela segurança de vocês também. Eu tenho medo, aquele homem é forte, tu não tem o pé da força daquele homem. No sábado de manhã que eu estava fugindo, foi preciso uns quatro homens na rua para segurar ele e os policiais quando chegaram já foram sacando da arma. Ele tem uma força descomunal.” (sic)

Em conversa com amigos, professora relatou medo do assassino e burocracia para ser atendida; ouça
Professora Joselita Felix (Foto: Facebook/Reprodução)
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