Em fiscalização surpresa, Cláudio Carvalho confirma superlotação no João Paulo II

O deputado Cláudio Carvalho fez uma fiscalização surpresa ao Pronto-Socorro João Paulo II, na manhã desta sexta-feira (7). Num primeiro momento, o parlamentar encontrou resistência para ter acesso à parte interna da estrutura. A inspeção, um direito constitucional do deputado, dependeria de uma autorização do secretário de Saúde, segundo informou a assessoria de imprensa do Pronto-Socorro.

Carvalho ameaçou, então, chamar a polícia, para fazer valer o seu direito de fiscal dos investimentos públicos. A situação foi amenizada com a intervenção do secretário-executivo do hospital, Carlos Eduardo, que acompanhou a inspeção. Uma equipe de reportagem foi proibida de ultrapassar a recepção do PS, apesar do apelo feito pelo deputado para que os jornalistas tivessem, também, o direito de registrar a situação em que os pacientes são atendidos.

Superlotação

O deputado registrou, por fotografias, um nível de superlotação preocupante. Camas tomam todo o espaço dos corredores, com pacientes de todas as idades aguardando um tempo “desumano” por vagas nas enfermarias. “Quem chega para atendimento, fica nos corredores de 4 a 5 dias para ter direito a enfermaria. Existem camas e o tempo de espera é controlado por tarjas afixadas nas camas”, disse o deputado. O amontoado de pacientes em locais impróprios, dentro do hospital, é a razão para várias queixas que chegam ao gabinete do deputado todas as semanas.

Cláudio Carvalho informa que há pessoas em estado mais grave, aguardando cirurgias. “Falta, de fato, um gerenciamento mais eficiente. Cito aqui o exemplo do Hospital de Cacoal, que tem sua estrutura pronta e depende de recursos humanos para melhorar o sistema de saúde no estado. Certamente, se houvesse esta preocupação, o fluxo de pacientes que viria para Porto Velho seria menor”, finalizou o deputado, que tratará o problema como prioridade, nas próximas sessões da Assembleia Legislativa. Quanto à higiene, a construção de uma estação de tratamento de esgoto amenizou os problemas.

O diretor-executivo do hospital disse que “tudo está bem”, e que “as queixas são resultado natural de um sistema complexo em todo o país”. Carlos Eduardo ressaltou o empenho do Governo da Cooperação para tornar o sistema de saúde cada vez mais eficiente.