Empresa Ocimar desrespeitou os portovelhenses, diz prefeito

O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, foi incisivo ao afirmar nesta sexta-feira, que é a favor da rescisão do contrato assinado com a empresa Ocimar Comércio de Veículos, vencedora da licitação realizada pela prefeitura para contratar a nova empresa de ônibus que irá operar o sistema de transporte coletivo da capital rondoniense. Para o prefeito, a empresa paulista ao deixar de cumprir o contrato demonstrou que não tem respeito com a população portovelhense. “Empresa que não cumpre contrato, não respeita a população. Contrato é pra assinar e se cumprir. Ela tem que cumprir a parte dela. Se a prefeitura não cumprir a parte dela, ela viria pra cima da prefeitura”, disse.

No entanto, mesmo sendo contra a manutenção do contrato, o prefeito deixou claro que é preciso obedecer os trâmites legais, ao se referir a análise que está sendo feita pela Procuradoria-Geral do Município (PGM), em cima da solicitação de prorrogação de prazo feito pela empresa. Mauro Nazif deixou claro que é preciso ter esse cuidado para que o município não tome alguma medida que possa resultar em ações contra a prefeitura. O pedido de prorrogação foi feio no dia 28 de setembro, um dia após o prazo previsto para que a Ocimar assumisse o transporte público urbano de Porto Velho.

Mauro Nazif também revelou que uma comissão foi formada para saber os motivos que levaram a empresa paulista não entrar em operação na data prevista. “Queremos saber porque uma empresa ganha um contrato milionário e não honra esse contrato. Temos uma comissão investigando isso”, disse o prefeito. Caso a decisão da PGM for pela anulação do contrato com a Ocimar, o prefeito afirmou que a saída para resolver o problema enquanto não é realizada a licitação definitiva para o transporte coletivo será a contratação direta de uma empresa ao invés do município abrir outro Chamamento Público. Mauro Nazif deixou claro que o prefeito tem essa prerrogativa e que a contratação direta da empresa só não foi feita para que houvesse transparência no processo.

O prefeito também afirmou que se uma empresa não for suficiente, o município poderá contratar duas ou três empresas para que a demanda dos usuários de ônibus seja atendida. Estamos estudando essa possibilidade, inclusive onze empresas já foram visitadas. Nossa luta é para garantir um transporte coletivo de qualidade para a população”, enfatizou.