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Endividamento de Porto Velho sobe 0,2% em janeiro
Quinta-feira, 29 Janeiro de 2015 - 11:05 | RONDONIAGORA
Endividamento da capital sobe em janeiro, mas, ainda é menor que o nacional ainda que seja 6,8% maior que o de janeiro de 2014
Enquanto o percentual de famílias brasileiras que afirmaram ter dívidas chegou a 63,4% em janeiro, uma alta de 1,2% em relação aos 62,2% registrados em dezembro de 2013, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), de Porto Velho, feita em conjunto com a Fecomércio Rondônia, revela que o endividamento, embora tenha subido pelo segundo mês consecutivo, foi bem menor que o nacional sendo apenas de 0,2% com o índice subindo de 61,2% para 61,3%, ou seja, aumentando de 72.870 famílias endividadas para 73.046 famílias. Ainda assim o endividamento das famílias da capital é 3,3% menor do que das famílias brasileiras. Em compensação as dívidas e contas em atraso caíram de 13,6%, em dezembro, para 12,5%, em janeiro, uma queda de -8,1%. A quantidade de famílias que não terão capacidade de pagar suas contas permaneceu em 3,4%.
Endividamento e Inadimplência de Porto Velho
Síntese dos resultados Novembro/Dezembro 2014 e Janeiro 2015 (Em %)
| Novembro | Dezembro | Janeiro | Variação % Dezembro/Janeiro |
Total de Endividados | 58,1 | 61,2 | 61,3 | 0,2 |
Dívidas ou Contas em Atrasos | 12,7 | 13,6 | 12,5 | - 8,1 |
Não Terão Condições de Pagar | 2,9 | 3,4 | 3,4 | - |
Entre as famílias em atraso predominam as contas atrasadas com tempo acima de 90 dias representaram 51,7% das famílias, seguidas das que possuem contas com atraso até 30 dias que foram 23,8%. As famílias com atraso entre 30 e 90 dias, que representaram 23,0%. O nível de comprometimento das rendas das famílias, em janeiro, teve a predominância das famílias com as rendas comprometidas por até 3 meses com 34,1%, seguido das famílias comprometidasa por mais de um ano com 27,0%. Depois vieram as famílias com as rendas comprometidas entre 3 e 6 meses que foram 22,7% e, por fim, as famílias com a renda comprometida entre 6 meses e um ano são 15,7% das famílias. Só 0,5% não sabem ou não quiseram responder. O tempo médio de comprometimento da renda aumentou para 6,2 meses. Os cartões de crédito cresceram são responsáveis por 50,7% do endividamento de famílias. Depois aparecem os carnês sendo fonte de endividamento de 48,1% das famílias, seguido pelo crédito consignado (8,3%), o financiamento de carros, 7,6 % e crédito pessoal, 6,2%. É preciso notar que uma mesma família pode ter mais de um tipo de dívida, de forma que o total não corresponde, como usualmente se esperaria a 100%. Segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araujo Coelho, “A queda nas contas atrasadas é um bom sinal e, possivelmente, deve se refletir numa melhora a intenção do consumo. Mas, as expectativas não são muito animadoras devido as medidas governamentais que desestimulam o consumo”. Para o Departamento Econômico da Fecomércio o leve aumento reflete o fato de que mesmo tendo uma cautela muito maior com as incertezas da economia, agravadas pelo aumento dos juros, as famílias sempre possuem gastos maiores no ínicio do ano em especial com impostos e a volta as aulas.