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Entidades discutem planejamento com experiência de outras capitais
Quarta-feira, 04 Junho de 2014 - 14:47 | Fiero
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Segundo Martins, o programa começou em 2012 e de alguma forma a CBIC se sentia responsável e precisava encontrar ferramentas para ajudar as cidades a encontrar seus caminhos. É fundamental o diálogo com o poder público para efetivarmos ações contínuas visando o melhor para todos. Optamos por cinco cidades do Brasil, entre elas Porto Velho, cada uma com suas particularidades especiais. Nosso objetivo é provocar o debate para que as pessoas saiam de determinada área de conforto e comecem a questionar o seu futuro afirmou.
O presidente eleito da CBIC, José Carlos Martins também participou do evento e destacou a importância do papel do setor privado no desenvolvimento das cidades. A ideia é sensibilizar as principais lideranças do município sobre uma possível parceria entre a sociedade e a prefeitura.
Segundo Martins, o programa começou em 2012 e de alguma forma a CBIC se sentia responsável e precisava encontrar ferramentas para ajudar as cidades a encontrar seus caminhos. É fundamental o diálogo com o poder público para efetivarmos ações contínuas visando o melhor para todos. Optamos por cinco cidades do Brasil, entre elas Porto Velho, cada uma com suas particularidades especiais. Nosso objetivo é provocar o debate para que as pessoas saiam de determinada área de conforto e comecem a questionar o seu futuro afirmou.
Durante o evento, o ex-prefeito de Maringá e coordenador da iniciativa da CBIC, Sílvio Barros e a jornalista Natália Garcia, coordenadora do projeto Cidades para Pessoas, apresentaram o potencial transformador dessa parceria assim como a estrutura do plano de trabalho para a implantação de um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cidade também em Porto Velho, uma das cinco capitais brasileiras escolhidas pela CBIC para participarem do projeto e seus benefícios.
De acordo com o palestrante Silvio Barros, o trabalho mais importante deste projeto é a parceria entre a sociedade organizada e o poder público para um efetivo trabalho conjunto em benefício do planejamento futuro da cidade. Saber onde queremos chegar. Qual direção seguir. E a partir disso, saber o que precisamos fazer hoje para chegarmos onde queremos. Foi justamente esta parceria que nos permitiu colocar Maringá como referência para o Brasil em várias áreas, mas particularmente na gestão fiscal.
Barros explicou que a sociedade precisa enxergar o prefeito como um servidor. De modo geral as pessoas respondem que o povo é o patrão deste servidor, mas não é. O povo não age e nem se comporta como se fosse patrão. Alguém precisa assumir este papel. E o que defendemos é que este papel deve ser assumido pela sociedade civil organizada, pelas instituições, que devem fazer um planejamento de longo prazo e não apenas discutindo o problema que a cidade tem hoje. Mas discutindo que cidade nós queremos para o futuro dos meus filhos, para o futuro dos nossos negócios, para o nosso futuro. E partir deste sonho, é possível, chegar a quais medidas tomar hoje para que este sonho seja concretizado daqui a vinte ou trinta anos argumentou.
No ponto de vista da jornalista Natália Garcia, o Brasil sofreu e continua sofrendo uma onda de urbanização. Se não nos planejarmos para isso e não pensarmos na sustentabilidade, que nada mais é que garantir uma vida digna e decente para as próximas gerações, as cidades serão lugares piores para viver. Estamos aqui para conversar sobre como planejar a cidade de Porto Velho se tornar, daqui a trinta anos, um lugar realmente melhor para viver.
Natália também frisou que a parte importante de pensar a sustentabilidade é mapear corretamente os problemas da cidade e mapear as potencialidades que a cidade possui e que podem ser ativados para resolver estes problemas. Porto Velho, por exemplo, é uma cidade plana, ótima para andar de bicicleta, e não tem grandes distâncias para percorrer, e um dos eixos para o desenvolvimento da cidade poderia ser um planejamento ciclo viário. A cidade tem fluxo energético abundante, que é o sol, e isso pode ser usado a favor das pessoas e não contra elas. O principal é entender que é necessário olhar a cidade não apenas visando os problemas, mas uma visão voltada aos recursos de como podem ser ativados para resolver estes problemas comentou.
Este é um evento para os apaixonados por Porto Velho. Àquelas pessoas que pensam e se preocupam com o futuro da cidade comentou o presidente da FIERO, Denis Baú. A CBIC em parceria com a FIERO e o Sinduscon/PVH trouxe importantes experiências de cidades que se tornaram exemplos de qualidade de vida. A grande questão que discutimos aqui nesta noite foi a seguinte: Queremos pensar Porto Velho daqui vinte anos? Se as pessoas convidadas para participar entenderem que devemos trazer este tema à discussão, passaremos para o segundo passo que seria formar um grupo de trabalho para debater ações que o poder público e a sociedade civil organizada vão incrementar para alcançarmos nossos objetivos. A casa está cheia e isso demonstra que são muitos os apaixonados pela nossa cidade explicou.
Para Baú, o fato de Porto Velho estar entre as cidades escolhidas para implantação do programa, demonstra o apreço da CBIC por nossa capital e sendo a única da região norte onde o Futuro da nossa cidade será implantado, certamente acarreta uma grande responsabilidade. A sociedade unida vai estudar formas de desenvolvimento que poderão servir de modelo para todos demais municípios brasileiros, ainda não contemplados pelo programa. Acreditamos que toda cidade precisa deste planejamento. E quanto mais setores envolvidos, mais forte será este movimento finalizou.
Depois das palestras aconteceu um amplo debate sobre os assuntos abordados e ideias apresentadas pelos dois palestrantes. Aqueles que opinaram foram unânimes quanto à importância do projeto e elogiaram a iniciativa da FIERO junto a CBIC ao trazer para Porto Velho este programa possibilitando a discussão de um modelo sustentável, que leve em consideração o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente e condições de vida dignas para a população.