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Familiares de mulher que teria sido assassinada por agente penitenciário relatam ameaças
Terça-feira, 30 Abril de 2019 - 15:27 | da Redação
![Familiares de mulher que teria sido assassinada por agente penitenciário relatam ameaças](https://cdn1.rondoniagora.com/uploads/noticias/2019/04/30/5cc8a1dc8f862.jpg)
Durante o intervalo do julgamento de William Azevedo Teodoro, acusado de estuprar e matar Maristela Freitas Alves, no balneário Rio das Garças, no dia 8 de setembro de 2018, familiares da vítima relataram que estariam sendo ameaçadas de morte por pessoas desconhecidas e através de ligações telefônicas.
Chorando e com muito medo, familiares e testemunhas da vítima disseram que receberam várias ligações antes do julgamento, que ordenavam a elas que não fossem para o júri nesta terça-feira.
A filha da vítima contou ainda que recebeu uma ligação de uma pessoa onde ela dizia que se a jovem fosse para o julgamento teria sua residência incendiada.
Depoimento do acusado
William Azevedo Teodoro contou ao juiz que antes de ir para a distribuidora onde conheceu Maristela, ele tinha brigado com sua esposa e resolveu dar uma volta para espairecer.
Ao chegar ao local, o agente penitenciário disse que foi direto para o caixa e encontrou com um ex-apenado, que teria conhecido no presídio onde ele prestava serviço. O homem o convidou para ficar na mesma mesa em que estava, foi quando William conheceu Maristela, segundo sua versão.
Ainda durante o depoimento, William disse que começou a conversar com a vítima e ela acabou informando que seu ex-namorado estava na distribuidora e pediu para ele a levar para outro lugar, pois estava com medo do ex-namorado.
William então disse que aceitou levar Maristela, e segundo ele a mulher o convidou para irem para o Balneário Rio das Garças. O agente penitenciário afirmou que aceitou o convite.
No local, o réu relatou que conversou com a vítima cerca de 30 minutos, mas quando ele tirou uma porção de cocaína do seu bolso, Maristela não gostou. “Ela bateu na minha mão e disse que se fosse pra eu usar droga naquele momento eu podia ir embora e foi o que eu fiz. Como ela tinha derrubado a cocaína, eu a chamei para ir embora e disse que a levaria até a cidade, mas ela não quis ir”, disse o réu.
Ainda segundo o relato do acusado, ele nega ter matado a vítima e disse que deixou Maristela no balneário, pois ela se recusou a voltar com ele. William contou que foi para sua casa, dormiu e quando acordou pegou o seu aparelho celular e viu a notícia de que teriam encontrado o corpo de uma mulher no mesmo balneário que teria deixado Maristela.
O homem então disse que resolveu contar para a esposa o que tinha acontecido, confessou que teria ido até o local com a vítima, mas que ela estava viva quando saiu do local. “Eu disse pra ela que por conta disso possivelmente a Polícia iria atrás de mim e foi o que aconteceu, dias depois saiu o mandado de prisão e eu me apresentei”, contou o réu.