Fórum discute transplantes de órgãos em Rondônia nesta sexta-feira e sábado

Em solenidade marcada para esta sexta-feira (03), às 20 horas, no Rondon Palace Hotel, em Porto Velho, será aberto o II Fórum Estadual de Transplante, que tem por objetivo sensibilizar os gestores e profissionais de saúde sobre o assunto. O evento, que seguirá até às 11 horas do próximo sábado, será promovido pelo Governo de Rondônia, por meio da Coordenação da Central Estadual de Transplantes.

De acordo com o gerente de transplantes, Arleto Zacarias Júnior, a programação é composta por importantes palestras que serão ministradas pelos especialistas de renome, Valter Duro Garcia, neufrologista do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) e membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), que falará sobre “Panorama dos Transplantes Renais no Brasil”; Fernando Meyer, urologista da PUC/Paraná e chefe do Departamento Nacional de Transplantes da Sociedade Brasileira de Urologia. No segundo dia, os dois abordarão, respectivamente, os temas “Morte Encefálica Aspectos Importantes para o Transplante de Órgãos” e “Transplante Renal Aspectos Técnico e Resultados Esperados”, enquanto Giuseppe Cesare Gatto, coordenador da Central Nacional de Transplantes, tratará do “Financiamento dos Transplantes no Brasil”.

Arleto Zacarias ressaltou a importância do Fórum, lembrando que o Brasil é o segundo País do mundo com maior número de transplantes, um total de quatro mil registrados em 2009, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Apesar disso, existe elevada “capacidade ociosa” de órgãos em função do desperdício considerável. No País, de cada oito potenciais doadores, apenas um é notificado e somente 20% desses são utilizados como doadores de múltiplos órgãos, o que resulta na longa espera.

Em Rondônia, não há sistema de captação e nem realização de transplantes de órgãos sólidos. Segundo o coordenador, a experiência do Estado limita-se aos transplantes de córneas em situação de emergência. No caso dos transplantes renais, sabe-se que aproximadamente 500 pacientes crônicos são potenciais receptores. “A expectativa é que este Fórum subsidie o funcionamento de um serviço de captação e transplantes, agregando os profissionais para a formação de equipes destinadas a esses procedimentos, tirando o Estado da dependência dos grandes centros urbanos”, afirmou.