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Governo não nega existência de lista de livros que seriam censurados em Rondônia
Quinta-feira, 06 Fevereiro de 2020 - 17:41 | da Redação
Uma suposta ordem do secretário da Educação, Suamy Vivecananda, determinando o recolhimento de livros de autores famosos da rede pública de ensino ‘com conteúdos inadequados a crianças e adolescentes”, causou polêmica em todo o Estado nesta quinta-feira (6). Entre os autores que teriam obras censuradas em Rondônia estariam nomes como Machado de Assis, Euclides da Cunha, Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca.
O Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintero) informou que recebeu informes de todo o Estado reclamando sobre a suposta ordem do secretário da Educação. “O Sintero está apurando a veracidade do fato, e que em caso de confirmação, considera o maior dos absurdos, porque essas publicações são leitura obrigatória para a formação cultural e intelectual dos estudantes.”.
Ainda segundo o Sintero, o fato de o Governo não concordar com o seu conteúdo não quer dizer que as publicações são impróprias, pois tratam-se de clássicos da literatura. “A leitura dessas publicações deveria ser incentivada, e não censurada. A direção do Sintero espera que seja falsa mesmo a publicação, pois essa atitude é inaceitável”.
O Governo do Estado não negou a existência do documento exigindo o recolhimento e o listão das obras, mas disse que tudo será explicado. Também afirmou em nota que de fato há análise de obras.
A Superintendência de Comunicação do Governo (Secom) informou que será emitida uma explicação pela Secretaria Estadual de Educação sobre o documento divulgado.
Com relação a retirada dos livros citados, a Secom informou que a equipe pedagógica irá analisar cada um e os que não se adequarem as normas pedagógicas serão substituídos.