Governo recebe pauta de reivindicação do Grito da Terra

Uma série de compromissos em Brasília impediu que o governador Confúcio Moura participasse da audiência prevista para esta quarta-feira (28) com membros do movimento Grito da Terra, no Palácio Presidente Vargas. Em seu lugar ficou o chefe degabinete, Waldemar Albuquerque, indicado pelo próprio governador.

Um dos assuntos que o governador Confúcio Moura foi tratar em Brasília está diretamente ligado ao Grito da Terra, que é a regularização fundiária em áreas de fronteiras, discutido pela manhã com o vice-presidente da República, Michel Temer.

Waldemar Albuquerque lembrou aos trabalhadores rurais que o Governo da Cooperação tem se empenhado neste setor, já tendo regularizado 1.300 títulos e a meta é de chegar a casa dos cinco mil até dezembro. “Este trabalho tem colaborado para a redução da violência no campo nos últimos anos, índices apontados pela Folha de São Paulo”, esclareceu.

A extensa pauta de reinvindicações dos trabalhadores rurais soma 178 itens, dos quais alguns foram pincelados como mais urgentes, como a criação de uma secretaria de estado voltada para a agricultura familiar; para a qual o governo apresentou uma resposta intermediária, que é a implementação de uma coordenadoria na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri).

Outra reivindicação apresentada pelo Grito da Terra é quanto a criação de uma secretaria estadual para defesa dos direitos humanos na mulher. Waldemar Albuquerque informou que o governo vai analisar a solicitação, lembrando que a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) já mantém unidades da Delegacia da Mulher em algumas localidades e a Secretaria de Assistência Social (Seas) também tem um programa voltado para a assistência à mulher, que é o Mãezinha Rondoniense.

A regularização nos repasses dos recursos devidos para o bolsa família agrícola foi cobrada pelos trabalhadores e o governo do estado se dispôs a solucionar a situação até 15 de outubro com repasse de R$ 891 mil, referente ao período de fevereiro a dezembro. Segundo Waldemar, são 810 alunos das Escolas da Família Agrícola (Efas). Ainda na educação, o projeto de ensino tecnológico para o campo deverá ser apresentado às lideranças do movimento, que querem conhecê-lo antes da implantação.

A reunião no Palácio aconteceu das 10h às 15h. Ao final, foi assinado um termo de compromisso para um novo encontro oficial na segunda quinzena de outubro. “Até lá vamos ver o que se pode equalizar”, disse o assessor do governador.