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Greve dos agentes penitenciários chega ao 2º dia com adesão de 100% dos trabalhadores, diz Singeperon

Quarta-feira, 13 Março de 2019 - 13:42 | da Redação


Greve dos agentes penitenciários chega ao 2º dia com adesão de 100% dos trabalhadores, diz Singeperon

Chega ao segundo dia consecutivo, nesta quarta-feira (12), a greve dos agentes penitenciários e socioeducadores do Estado de Rondônia com o objetivo de pressionar o governo a encaminhar, para a Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei de realinhamento da categoria. Conforme o Singeperon, 100% da categoria aderiu a paralisação. Por causa da intervenção, que já estava em curso, a Polícia Militar continua dentro dos presídios.

Na manhã de terça-feira (12), o desembargador Roosevelt Queiroz Costa, do Tribunal de Justiça de Rondônia, disse que os efeitos de uma liminar concedida por ele há cerca de dois anos, estão em pleno vigor e que a greve deflagrada por agentes penitenciários é inconstitucional. “O sindicato tem ciência do parecer referente à ilegalidade do movimento, mas não saiu um parecer referente ao Estado não ter cumprido sua parte. Nós já recorremos da decisão ontem mesmo, mas até o momento ainda não foi apreciada. A categoria está aguardando a manifestação do Judiciário, de forma positiva, tendo em vista que foi o próprio judiciário que homologou o acordo”, disse Daihane Gomes, presidente do Singeperon.

Os servidores concentram o movimento na Estrada da Penal. Foram ainda afixadas faixas em frente aos presídios. Eles garantem que o movimento só teve início por causa do descaso do governo, que insiste em não cumprir a decisão judicial, em um acordo que foi oferecido à categoria pelo próprio Estado. “Por conta disso, conforme a deliberação da classe, estamos todos em greve em todo o Estado por tempo indeterminado”, enfatizou a presidente.

Na tarde de terça-feira, os grevistas se reuniram na Assembleia Legislativa, mas não conseguiram o pleito desejado. “A nossa ida até a ALE é para que os deputados vejam a arbitrariedade que está acontecendo, porque nós não estamos em um país sem lei. Se as lutas não acontecessem, nós não teríamos os benefícios que temos hoje", finalizou a presidente do sindicato.

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