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Greve dos caminhoneiros ainda deixa supermercados sem carne, legumes e ovos
Domingo, 27 Maio de 2018 - 16:11 | da Redação
A greve dos caminhoneiros continua gerando a escassez de mercadorias nos supermercados de Porto Velho. Falta carne, verduras, legumes e até ovo. Nas seções de grãos, há limitação de quantidade por cliente e a justificativa é greve dos caminhoneiros.
O professor e administrador Carlos Alberto conta que procurou tomate, cenoura, ovos porque são itens que normalmente compra toda semana. “Esse movimento embute um problema muito maior que é a excessiva carga tributária do país. É um movimento justo, que afeta toda a população, mas o país não pode mais ficar mais com essa carga tributária elevada, privilegiando alguns em detrimento da maioria da população”, diz.
O mesmo aconteceu com Luciana Sales que procurou legumes do supermercados Irmãos Gonçalves, da Avenida 7 de Setembro e não encontrou. “Já não tem mais tomate e muita coisa não tem mais. E o que tem já está muito caro. Aí temos que ir em vários supermercados”, afirma Luciana destacando que o movimento dos caminhoneiros é justo e que “o brasileiro precisa acordar”.
Funcionários dos Supermercados Irmãos Gonçalves dizem que a matriz da rede fica o município de Jaru e as unidades são abastecidas semanalmente. No entanto, por conta da greve dos caminhoneiros e bloqueio das rodovias para os caminhões, todos os produtos estavam nas unidades.
“A gente veio procurar tomate, cebola, pimentão. Já está faltando quase tudo. E o tomate que encontramos está R$ 4,93 e normalmente é R$ 3. Mas é um mal válido”, diz a vendedora Rosimeire Souza.
No Supermercado Araújo, o gerente de mercearia Nilton Cesar explica que todo o estoque de frutas e verduras está a venda aos clientes e corre o risco de ficar sem o produto. “Nós abastecemos aqui toda semana e não limitamos porque os consumidores estão comprando normalmente. Se temos, vamos vender”, afirma.
O engenheiro Adson Santos foi ao Supermercado Irmãos Gonçalves, próximo de sua casa para comprar carne, mas não encontrou e teve que seguir para o Gonçalves da Avenida Guanabara. “Vim um pouco mais longe, mas o mais perto ainda para economizar gasolina. Mas é uma movimento válido, por causa dos abusos dos nossos governos. Mas acho que quanto a área da saúde tem que ter bom senso. Por isso tem que ficar até atingir os objetivos que não é só combustível, é isso que a gente percebe”, destaca o engenheiro.
Na sexta-feira (26), a Justiça determinou o desbloqueio e a saída de caminhoneiros da rodovias. Durante todo o movimento, apenas veículos de carga estavam sendo impedido de seguirem viagem. Em Rondônia, os veículos com carga perecível, carros de passeio, ambulâncias, ônibus e motos estavam com livre acesso, segundo representantes do próprio movimento.