Há um ano Rondônia registrava o primeiro caso de Coronavírus

Em meio a um cenário de colapso no sistema de saúde e aumentos alarmantes de mortes e casos confirmados, o Estado completa nesta sexta-feira (19) um ano do registro de seu primeiro caso confirmado de Coronavírus.

O primeiro caso foi confirmado na noite do dia 19 de março de 2020 pela Prefeitura de Ji-Paraná. Um homem de 29 anos morador do Estado de São Paulo apresentou os sintomas ao chegar na cidade rondoniense, passou por exames em um laboratório particular e apresentou resultado positivo. Todas as pessoas que tiveram contado com ele foram monitoradas.

Passados 365 dias, Rondônia já contabiliza 171.718 casos confirmados de Covid-19 e 3.553 óbitos por complicações da doença.

Dos casos confirmados, Porto Velho é a cidade com o número maior de pessoas contaminadas, chegando a 62.563, seguido de Ariquemes com 14.370.

Mesmo antes da primeira confirmação, o governador Marcos Rocha já publicou vários decretos como forma de conter o avanço da doença. O primeiro ordenou o fechamento do comércio e de escolas, permanecendo aberto apenas os serviços essenciais.

A Prefeitura de Porto Velho também mandou fechar todas as secretarias logo após ser confirmado o primeiro caso de Coronavírus na capital. Os trabalhos passaram a ser em home office. Todas as pessoas do grupo de risco tiveram que ficar em casa.

Para tentar controlar o vírus no estado, os órgãos de saúde municipal e estadual passaram a monitorar os primeiros pacientes contaminados com o vírus. Barreiras sanitárias foram montadas na entrada e saída do estado.

Bares, restaurantes, casas de show, igrejas, boates, eventos com mais de cinco pessoas e vários outros seguimentos foram proibidos de funcionar pelo Governo como forma de prevenção.

Testes

Com o aumento no número de casos, Rondônia logo iniciou as ações para realizar testes rápidos para a detecção do vírus. As pessoas positivadas já saiam do local de teste com todos os medicamentos parar tratar a doença de forma precoce.

Por um curto período de tempo, os casos começaram a diminuir nos municípios e o Governador Marcos Rocha resolveu flexibilizar as medidas restritivas impostas por ele, liberando o funcionamento de vários estabelecimentos, como bares, restaurantes e boates.

Não demorou muitos para o número de casos confirmados aumentar. Por conta disso, os leitos de UTI e clínicos começaram a lotar de pacientes com sintomas da doença.

Vários leitos para atender pacientes graves e moderados foram criados pelo o estado para atender a demanda. Hospitais da rede privada também foram contratados. Dois hospitais de campanha foram criados pelo governo.

Em junho de 2020, Porto Velho já estava com todos os leitos da rede estadual de saúde 100% ocupados. Já em dezembro também de 2020, a mesma situação se repetiu nas cidades do interior.

Caos em 2.021

Rapidamente, o Governador juntamente com sua equipe de enfrentamento ao Coronavírus, assinou um decreto em janeiro deste ano proibindo a circulação de pessoas durante a noite, mantendo somente o serviço essencial. A venda de bebida também foi proibida durante a noite.

Na manhã do dia 19 de janeiro deste ano, a primeira remessa de vacina Coronavac chegaram à Rondônia. Foram 49 mil doses do imunizante. Profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia e indígenas foram os primeiros a serem vacinados.

Para salvar vidas, Rondônia conseguiu ajuda de outros estados e enviou vários pacientes para tratamento em várias cidades. Foram transferidos pacientes graves e moderados. Alguns não resistiram e morreram durante o tratamento da doença.

Atualmente, Rondônia enfrenta uma triste realidade. A superlotação dos hospitais públicos e várias pessoas na fila de espera por uma vaga em leitos de UTI em todo o Estado tem preocupado as autoridades. Todos os dias os números são atualizados pela regulação.