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Historiadora revela curiosidades do Executivo em 106 anos de história de Porto Velho

Sexta-feira, 02 Outubro de 2020 - 15:37 | da Redação


Historiadora revela curiosidades do Executivo em 106 anos de história de Porto Velho

Porto Velho completa nesta sexta-feira (2), 106 anos de criação. Em todo esse período, a cidade está no seu 52º governo municipal. Ao RONDONIAGORA, a historiadora Rita Vieira, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), falou sobre detalhes e algumas curiosidades desses mais de 100 anos da história do Poder Executivo da capital rondoniense.

Fernando Guapindaia de Souza Brejense foi o primeiro prefeito do município. Sua posse ocorreu somente na data de instalação do município, em 24 de janeiro de 1915. Ele foi nomeado pelo governador do Estado do Amazonas à época, Jônatas Pedrosa, pois Porto Velho ainda é um município rural do Estado do Amazonas, e possuía cerca de a região tinha aproximadamente 1.000 habitantes, sem contar com os funcionários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que estavam sob custódia e cuidados da empresa responsável pela administração da ferrovia.

Major Fernando Guapindaia, como ficou conhecido, foi responsável por iniciar a obra do Mercado Municipal (atual Mercado Cultural) e proporcionar a infraestrutura administrativa do município, como a Câmara dos Vereadores.

Rita Vieira destaca que, o segundo prefeito ou superintendente, como era denominado à época, foi Joaquim Augusto Tanajura, “eleito em pleito municipal para executar as funções de tal cargo, diferente do primeiro que havia sido nomeado pelo governador do Amazonas”. Joaquim Tanajura, esteve duas vezes, não seguidas, no cargo de prefeito na cidade de Porto Velho.

A historiadora destaca que, ao todo, “o município completou agora, com a administração de Hildon Chaves, 52 governos municipais, sendo que alguns estiveram no cargo por mais de uma vez”.

Entre os nomes da História de Rondônia e Porto Velho, ela destaca que fizeram parte do Executivo municipal: Álvaro Maia, Bohemundo Afonso, José Otino de Freitas, Rui e Rubens Catanhede, Saleh Moreb, Floriano Riva, Odacir Soares, Jacob Atallah, Hamilton Gondim, Emanuel Pontes Pinto (falecido em setembro de 2020), José Guedes, Jerônimo Santana e Chiquilito Erse, que não chegou a concluir o último mandato por questões de saúde e posterior falecimento.

Atualmente, a escolha dos prefeitos passa por um processo eleitoral, que envolve a participação dos eleitores. Porém, destaca Rita, os primeiros gestores eleitos foram escolhidos pela influência perante uma pequena elite local. À época, a própria constituição não garantia o voto para todas as pessoas. “Durante alguns períodos tivemos prefeitos apenas nomeados pelos governadores, tanto do Amazonas, como também, do extinto Território Federal do Guaporé, como por exemplo, durante a Era Vargas (1930 – 1945), onde apenas um prefeito foi eleito com voto universal, o Sr. Mário Monteiro”, frisa a historiadora.

O mesmo aconteceu durante a Ditadura Civil-Militar Brasileira (1964 – 1985), a política de indicações e nomeações de prefeitos, antes realizadas pelos governadores, passou a ser realizada pelos presidentes do período.

O primeiro prefeito eleito com a participação popular em Porto Velho, a partir de 1986, após o fim da Ditadura, foi Jerônimo Santana, que não terminou seu primeiro mandato, pois renunciou para concorrer ao cargo de governador, do recém-criado Estado de Rondônia.

O período em que os prefeitos começaram a ser reeleitos começou a partir de 1998. Ocuparam o cargo por reeleição seguida na capital rondoniense, os prefeitos Carlos Camurça e Roberto Sobrinho. Carlinhos Camurça, como ficou conhecido, era o vice de Chiquilito Erse e assumiu quando o prefeito à época renunciou ao cargo, por motivos de saúde. O vice se tornou prefeito e foi reeleito no pleito posterior. Roberto Sobrinho foi eleito em 2004 a primeira vez, dentro de uma grande onda política de esquerda, acabou reeleito e terminou o segundo mandato sendo o primeiro prefeito da capital a ser preso.

Ele foi substituído por Mauro Nazif, que já foi várias vezes deputado por Rondônia, mas não conseguiu ser reeleito, sendo substituído por Hildon Chaves, atual chefe do Poder Executivo de Porto Velho.

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