Geral
Ibama retomou Operação Arco Verde com ações sociais nesta segunda
Segunda-feira, 16 Março de 2009 - 16:42 | JB
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) retomou nesta segunda-feira a Operação Arco Verde, que prevê ações contra o desmatamento florestal e alternativas para o desemprego no setor madeireiro da Amazônia. Coordenada pela Casa Civil do Palácio do Planalto com a participação de 13 ministérios, as primeiras ações serão focadas nos 36 municípios que mais desmatam a Amazônia. Juntos, eles são responsáveis por 50% da destruição da floresta.
"Nessa segunda fase, além de continuar com as ações de fiscalização, vamos reforçar o lado social", garantiu ao JB o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Durante recente operação em Cujubim-RO, onde 11 mil m³ de madeira foram apreendidos, o presidente da cooperativa dos produtos da cidade, José de Souza Rodrigues, admitiu para o ministro, fiscais e imprensa que a maioria da madeira comercializada na cidade era ilegal. O predomínio da atividade ilegal, segundo ele, era fruto da falta de alternativas.
"Nessa segunda fase, além de continuar com as ações de fiscalização, vamos reforçar o lado social", garantiu ao JB o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
A ideia, segundo o ministro, é facilitar o leilão dos produtos piratas como boi e madeira apreendidos em áreas de reservas florestais:
"O dinheiro arrecadado e a madeira apreendida serão usados na construção de escolas e casas populares e para a mão-de-obra vamos aproveitar o pessoal que ficou sem emprego porque atividades ilegais foram encerradas. Já fechamos essa parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego", disse.
A parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego - que vai acelerar o seguro-desemprego para esse trabalhadores - assim como a realizada com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - que viabilizará bolsas assistenciais - faz parte das ações emergenciais que permearão a operação. A Arco Verde também está ancorada em ações estruturantes que vão de oferta de tecnologias sustentáveis a regularização fundiária.
Segundo o ministro, para articular essa nova fase, integrantes da operação visitaram o Amazonas, Rondônia e Mato Grosso na última semana para ouvir a demanda de seus respectivos gestores e redirecionar as políticas ambientais desses estados. Em Manaus, a coordenadora do programa Agenda 21, do MMA, Karla Matos, anunciou que serão investidos R$ 5,7 milhões para implementar o programa em 21 municípios da operação Arco Verde.
Ações multiplicadas
Na última sexta-feira, integrantes de 14 ministérios, Ibama e polícias Federal e Rodoviária Federal reuniram-se em Brasília para articular o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia para 2009. Estão previstas 300 ações, 100 a mais do que em 2008. O resultado dessa reunião será levado ainda esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro Carlos Minc.
Segundo o ministro, o fortalecimento das ações de fiscalização nas rodovias estão entre as prioridades do plano. E o Ibama, que está com um orçamento maior esse ano ¿ passou de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões ¿ vai contar com reforços, como aviões para observação de áreas afetadas, e também para transporte de fiscais e equipamentos.
De acordo com o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), 50% do desmatamento do estado ocorrem em pequenos terrenos localizados nas margens de estradas clandestinas que se interligam em rodovias oficiais.
"Nessa segunda fase, além de continuar com as ações de fiscalização, vamos reforçar o lado social", garantiu ao JB o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Durante recente operação em Cujubim-RO, onde 11 mil m³ de madeira foram apreendidos, o presidente da cooperativa dos produtos da cidade, José de Souza Rodrigues, admitiu para o ministro, fiscais e imprensa que a maioria da madeira comercializada na cidade era ilegal. O predomínio da atividade ilegal, segundo ele, era fruto da falta de alternativas.
"Nessa segunda fase, além de continuar com as ações de fiscalização, vamos reforçar o lado social", garantiu ao JB o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
A ideia, segundo o ministro, é facilitar o leilão dos produtos piratas como boi e madeira apreendidos em áreas de reservas florestais:
"O dinheiro arrecadado e a madeira apreendida serão usados na construção de escolas e casas populares e para a mão-de-obra vamos aproveitar o pessoal que ficou sem emprego porque atividades ilegais foram encerradas. Já fechamos essa parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego", disse.
A parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego - que vai acelerar o seguro-desemprego para esse trabalhadores - assim como a realizada com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - que viabilizará bolsas assistenciais - faz parte das ações emergenciais que permearão a operação. A Arco Verde também está ancorada em ações estruturantes que vão de oferta de tecnologias sustentáveis a regularização fundiária.
Segundo o ministro, para articular essa nova fase, integrantes da operação visitaram o Amazonas, Rondônia e Mato Grosso na última semana para ouvir a demanda de seus respectivos gestores e redirecionar as políticas ambientais desses estados. Em Manaus, a coordenadora do programa Agenda 21, do MMA, Karla Matos, anunciou que serão investidos R$ 5,7 milhões para implementar o programa em 21 municípios da operação Arco Verde.
Ações multiplicadas
Na última sexta-feira, integrantes de 14 ministérios, Ibama e polícias Federal e Rodoviária Federal reuniram-se em Brasília para articular o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia para 2009. Estão previstas 300 ações, 100 a mais do que em 2008. O resultado dessa reunião será levado ainda esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro Carlos Minc.
Segundo o ministro, o fortalecimento das ações de fiscalização nas rodovias estão entre as prioridades do plano. E o Ibama, que está com um orçamento maior esse ano ¿ passou de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões ¿ vai contar com reforços, como aviões para observação de áreas afetadas, e também para transporte de fiscais e equipamentos.
De acordo com o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), 50% do desmatamento do estado ocorrem em pequenos terrenos localizados nas margens de estradas clandestinas que se interligam em rodovias oficiais.