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INSPEÇÃO NO ALMOXARIFADO DA SEMUSA ENCONTRA MILHARES DE REMÉDIOS VENCIDOS E JOGADOS NO CHÃO

Quarta-feira, 01 Junho de 2011 - 09:25 | RONDONIAGORA


Uma visita surpresa aos almoxarifados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), coordenadora pela vereadora Ellis Regina (PC do B), constatou centenas de remédios vencidos e espalhados pelo chão, sem qualquer acondicionamento como determina as normas da Agência de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde. O ambiente fechado e insalubre havia pilhas de medicamentos numa temperatura ambiente próximo de 60 graus. No fundo, ao longo da parede, grandes quantidades de caixas e embalagens de remédios vencidos. E o cheiro forte de produtos químicos se volatizando no ar ambiente. A vereadora não gostou do que viu nem ouviu.



De posse de imagens e relatórios, Ellis propôs na Câmara a criação de uma comissão de fiscalização, aprovada por maioria simples da Casa. Além disso, ela e o presidente da Câmara, Eduardo Rodrigues (PV), assinaram, com outros vereadores, documento encaminhado ao secretário municipal de administração, Julcimar Sampaio da Silva, requerendo informações sobre os processos de licitação de remédios – principalmente da empresa Sulmed Ltda denunciada pelo Fantástico – e dos pedidos feitos pelas unidades da rede básica de saúde. A vereadora defende que “se deve apurar tudo”.

No almoxarifado, acompanhada por funcionários, a vereadora ia se informando. Milhares de frascos de amoxilina, suspensão para doenças pulmonares e respiratórias, estão impedrados, aguardando ordem de retirada do estoque e incineração. Desde os tempos do secretário Silas Rosa, que foi quem os comprou e os perdeu antes do vencimento por não ter realizado a guarda em local apropriado. O problema informou a funcionária à vereadora Ellis, “é que não tem empresa contratada para realizar o serviço de incineração”.

Outra pilha imensa de anticoncepcional injetável toma conta de outra parte da parede do fundo. Vencido. A funcionária comenta: “não sei por que este remédio sobrou. As mulheres estão recusando comprimidos e preferindo o injetável. E este aqui é injetável”. Ellis Regina comenta sobre o calor insuportável que está fazendo. “Quando nós mudamos pra cá achamos que ia melhorar. Mas não mudou nada. Às dez da manhã os trabalhadores não agüentam mais trabalhar. Estão pingando de suor e a roupa ensopada”. Não tem ar-condicionado, ventilador, nada para refrescar o ambiente.

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