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Justiça Itinerante deverá ser apresentada a países latino americanos

Quarta-feira, 17 Abril de 2013 - 09:03 | TJ-RO


"A Justiça Itinerante é um marco na magistratura brasileira e precisa ser conhecida por outros países da América Latina". O reconhecimento é da professora, doutora, Teodora Zamudio, da Universidad del Museo Social Argentino, instituição de ensino argentina, onde o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, desembargador Roosevelt Queiroz Costa é doutorando em ciências jurídicas e sociais. Ela esteve no gabinete da presidência do TJRO, acompanhada do Corregedor Nacional do Sistema Penitenciário Federal e Membro do Ministério Público de Minas Gerais, doutor Joaquim José Miranda Júnior, que também enalteceu o trabalho da professora na coordenação do curso pelos seus relevantes serviços prestados àquela Universalidade. O desembargador Alexandre Miguel participou do encontro.



Durante a visita, o representante máximo do Poder Judiciário Estadual ficou surpreso ao tomar conhecimento que sua tese (trabalho final do curso de Doutorado) sobre a "Justiça Itinerante" é bastante aguardada pelos profissionais que compõe aquela conceituada instituição de ensino e demais membros da comunidade jurídica argentina. "Falar sobre o projeto, o qual fiz parte da criação e sou grande incentivador ao longo desses anos tem sido fácil e prazeroso, devido à experiência e conhecimento de tudo que vivemos, porém não imaginava que este projeto, iniciado na década de 80, em Rondônia, como um embrião, indo nas linhas vicinais, zona rural, para alistamento eleitoral e urnas aí fixadas, quando presente estivemos com a equipe para concretização do trabalho e, posteriormente nesta capital, sob uma barraca de lona, teria, um dia, a repercussão a nível internacional", pontuou.

Segundo a doutora Teodora Zamudio, a tese a ser apresentado pelo presidente do TJRO será muito bem aproveitada pelos países do Mercosul, pois traz consigo a prática da conciliação, método, que na opinião dela, deveria ser bastante disseminado a diversas partes do mundo. "Estou admirada com a recuperação do pretor, aquele magistrado romano investido de poderes extraordinários que tinha por função administrar a Justiça. Nesta ótica que vejo a necessidade de expansão das experiências oriundas da Justiça Itinerante. Sua criação, expansão ao longo do Estado de Rondônia, trabalhos executados, enfim, à América do Sul precisar conhecer este magnífico projeto", salientou a professora.

Teodora Zamudio disse ainda que, após à apresentação da tese do presidente do TJRO e, consequentemente, sua publicação, os juízes argentinos, uruguaios, mexicanos, entre outros, tomarão conhecimento aprofundado do brilhante trabalho que vem sendo executado pela justiça rondoniense ao longo desses 30 anos. "Um dos pontos principais que certamente chamará muito atenção é o fato de o Estado se fazer presente mesmo nos locais mais longínquos, propiciando àqueles que por um motivo ou outro não conseguem ir até o Judiciário para requerer seus direitos garantidos na Carta Maior do seu País, a Constituição Federal", concluiu.

O desembargador Alexandre Miguel, o qual faz doutorado na UMSA,lembrou que, em 2006, quando esteve na Itália, apresentou ao magistrados que constituem a Corte de Justiça, fotografias do desembargador Roosevelt Queiroz embaixo de uma barraca de lona realizando audiências. Ele lembra que os juízes italianos ficaram perplexos, pois não acreditavam que os acordos celebrados pudessem surtir efeitos, ou seja, ter seu resultado efetivado. "Diante dos olhares surpresos tive de explicar detalhadamente como funcionava a Justiça Itinerante e os positivos resultados alcançados com ela".

Diante da expectativa, demonstrada pela Instituição de ensino argentino, o presidente do TJRO, desembargador Roosevelt Queiroz, que em princípio era quase um desistente do curso, devido às inúmeras atribuições provenientes do cargo ora ocupado, prometeu empenho para chegar à etapa final, conclusão da tese. Para o desembargador, a continuidade do estudo é capaz de trazer a quem trabalha com a Justiça o aprimoramento necessário para alcançar o resultado mais esperado. "O importante é trazer a teoria para a prática nos casos concretos, não se olvidando do senso de justiça. Afinal, todos nós, professores, magistrados, enfim, os operadores do direito, independentemente das suas atribuições no âmbito do Judiciário, queremos alcançar o ideal de "justiça justa" e, no caso focado, uma justiça o quanto possível, informal, bem como célere, de fácil acesso, efetiva e transparente", finalizou o presidente agradecendo a ambos os professores pelo incentivo e encorajamento para continuar a jornada nos estudos. Rondoniagora.com

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