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Laerte Gomes cobra imediata retomada das obras do anel viário de Ji-Paraná
Quarta-feira, 05 Agosto de 2015 - 14:59 | Ivonete Gomes

Os trabalhos foram suspensos por força de uma liminar concedida à Rondônia Transportes, empresa detentora do contrato. A construtora solicitou uma perícia dos serviços executados alegando restos a receber.
A perícia foi marcada pela Justiça para os dias 15, 16 e 17 deste mês, mas o governo espera reverter a decisão ainda esta semana e reiniciar urgente os serviços, aproveitando o período de estiagem para acelerar a conclusão dos trabalhos.
Essa obra foi anunciada em 1995, ou seja, há exatos vinte anos a população de Ji-Paraná aguarda a conclusão desse anel viário. A espera já passou do limite suportável, disse Laerte Gomes.
Histórico da Obra
Considerada de extrema importância para o estado de Rondônia, a obra reduzirá significativamente o fluxo de caminhões, carretas e bi-trens do perímetro urbano da cidade, desviando os veículos pesados da BR-364 que emperram o tráfego nas duas direções. Estima-se que o fluxo seja de 1,2 mil a 1,5 mil caminhões por dia.
A demora na conclusão da obra tem acarretado, não só problemas relacionados ao trânsito, mas aos cofres públicos. Orçado inicialmente em pouco mais de R$ 16 milhões, o custo estimado do anel viário já chega a R$ 36 milhões e pode tornar-se ainda mais dispendioso com tantas paralisações.
Nos 13 quilômetros de extensão que ligam um ponto a outro de Ji-Paraná pelo entorno da área urbana, foram feitos até hoje somente os serviços de terraplanagem, montagem de galerias e uma ponte de 463 metros sobre o Rio Machado, construída em 2010 na gestão do ex-governador Ivo Cassol.
Em 2012 o governador Confúcio Moura realizou o aterro das cabeceiras da ponte. Para conclusão da obra ainda faltam os trabalhos de compactação e pavimentação com asfalto usinado CBUQ, espessura de 12,5 centímetros, duas pistas de rolamento com 3,60 metros cada, e o acostamento com três metros para cada lado.
A obra do anel viário foi iniciada em meio a uma briga entre empreiteiras. Vencedora do certame licitatório, a empresa GM Engenharia teve o projeto técnico reprovado pelo DER e a segunda colocada assinou o contrato.
Braço da empresa Rondomar, acusada de má-execução de serviços prestados ao governo de Rondônia, a contratada, Rondônia Transporte Ltda, vem paralisando a obra alegando inúmeros motivos. De 2013 pra cá, já foram 3 paralisações, a última delas ocasionada pelo uso de material inferior ao especificado no edital. A brita era de baixa qualidade, disseram técnicos do DER no ano passado.