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LCP NEGA VERSÃO POLICIAL E DIZ QUE CAMPONESES FORAM TORTURADOS
Sábado, 13 Setembro de 2008 - 10:36 | LCP
Através de nota a imprensa em seu site, a Liga dos Camponeses Pobres alega que a versões da Polícia sobre sua atuação são falsas e que na verdade, famílias foram atacadas. O grupo faz sérias acusações. Confira a nota:
Goiânia, 11/09/2008
No dia 9 de setembro de 2008 por volta das 14:30 hs as mais de 30 famílias do acampamento Nova Conquista (Fazenda Mutum) em União Bandeirantes foram violentamente atacadas por policiais e bandos de pistoleiros. Cerca de 30 policiais militares de União Bandeirantes, Jaci-Paraná e Porto Velho, chegaram ao acampamento disparando tiros contra os acampados. As famílias haviam retomado a área na madrugada de segunda-feira, dia 8 de setembro.
Goiânia, 11/09/2008
No dia 9 de setembro de 2008 por volta das 14:30 hs as mais de 30 famílias do acampamento Nova Conquista (Fazenda Mutum) em União Bandeirantes foram violentamente atacadas por policiais e bandos de pistoleiros. Cerca de 30 policiais militares de União Bandeirantes, Jaci-Paraná e Porto Velho, chegaram ao acampamento disparando tiros contra os acampados. As famílias haviam retomado a área na madrugada de segunda-feira, dia 8 de setembro.
Durante a operação os policiais gritavam que estavam dispostos a matar, pois ali todos eram vagabundos.
Os camponeses foram rendidos, obrigados a sentar no chão com armas apontadas para a cabeça. Um dos policiais começou a tirar fotos de todos e os que resistiam eram espancados com tapas no ouvido e empurrões. Um dos acampados perguntou aos policiais se tinham ordens para agirem daquela forma, e eles responderam que faziam do jeito deles e que todos que estavam ali eram bandidos, disseram que o governo do estado estava pagando para que vigiassem aquela fazenda.
Temos informações de que o latifundiário Luiz da Dipar (Luiz Carlos Garcia) e o chefe de pistolagem Odailton Martins passaram aproximadamente 450 alqueires de terras para o sargento da polícia militar de Jaci-Paraná para que retirasse os camponeses da área. Uma das provas que atestam isso é que o cabo PM Isaac, vulgo Manchinha, também de Jaci-Paraná, falou que estava disposto a fazer um massacre para defender o fazendeiro.
Os policiais não satisfeitos em humilhar e espancar homens e mulheres, tomaram foices, facões, enxadas, cavadeiras, entraram nos barracos despejando as roupas no chão, chutando os pertences, lançando alimentos ao chão e quebrando utensílios de cozinha. Chamavam os camponeses de porcos. Roubaram ainda remédios, livros, roupas, receitas, bolsas, máquina fotográfica, uma moto, um motoserra e até bíblia.
Os camponeses foram bastante humilhados com palavrões, principalmente após terem sido levados algemados ao camburão, policiais ameaçavam o tempo todo dizendo que eles iriam para o inferno. Ao todo foram presos sete companheiros e três companheiras. Um dos camponeses que resistiu às humilhações foi agredido, caiu de cara no chão ficando com a boca e o nariz sangrando.
Após terem realizado a ação truculenta, os policiais levaram os camponeses para a sede da fazenda Mutum onde foram torturados diante das companheiras por horas. Só depois (homens e mulheres) foram levados para Porto Velho no presídio Urso Branco.
Os camponeses foram ilegal e covardemente atacados para que os policiais reintegrassem na posse do latifúndio o grileiro que reclamava a área. Uma decisão da justiça federal comprovou que a terra é pública, e que quem não poderia de forma nenhuma reclamar ou utilizar as terras era o latifundiário. A justiça federal deu imissão de posse para o Incra! Os camponeses foram atacados pelos guaxebas e pela polícia.
Em nenhum momento as notícias divulgadas pela polícia e reproduzidas pelos jornais a serviço do latifúndio falam de ataques de pistoleiros e policiais ao acampamento.
Sabemos que todas as mentiras divulgadas na imprensa foram arrancadas com tortura, e também sabemos que os camponeses presos estão sendo barbaramente torturados para que a polícia continue o seu minucioso trabalho de inteligência regado a choque elétrico e afogamentos.
Será que os banqueiros ricos e corruptos, presos e depois soltos, que a grande imprensa reclamou "serem maltratados pela polícia, foram atacados a tiro em suas casas a noite?
No mais são as velhas e requentadas calúnias contra a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, agora colocadas pela repressão na boca de uma inocente mãe. A verdade é que os policiais fizeram uma reintegração de posse ilegal e a noite, contra camponeses e camponesas sem defesa.
A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e a Comissão Nacional Coordenadora das Ligas de Camponeses Pobres conclamam a todos os verdadeiros democratas e apoiadores da luta camponesa a prontamente se manifestarem contra o absurdo da ação policial contra os camponeses de União Bandeirantes que lutam pela posse da fazenda Mutum há mais de 5 anos!
Exigimos a verdade!
Exigimos a libertação de todos os companheiros presos!
Exigimos que se cumpra a decisão da justiça federal!
Fora Luiz Carlos Garcia! A terra pública é para os camponeses!
Abaixo a criminalização da luta camponesa!
COMISSÃO NACIONAL DAS LIGAS DE CAMPONESES POBRES
Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia - LCP
Goiânia, 11/09/2008
No dia 9 de setembro de 2008 por volta das 14:30 hs as mais de 30 famílias do acampamento Nova Conquista (Fazenda Mutum) em União Bandeirantes foram violentamente atacadas por policiais e bandos de pistoleiros. Cerca de 30 policiais militares de União Bandeirantes, Jaci-Paraná e Porto Velho, chegaram ao acampamento disparando tiros contra os acampados. As famílias haviam retomado a área na madrugada de segunda-feira, dia 8 de setembro.
Goiânia, 11/09/2008
No dia 9 de setembro de 2008 por volta das 14:30 hs as mais de 30 famílias do acampamento Nova Conquista (Fazenda Mutum) em União Bandeirantes foram violentamente atacadas por policiais e bandos de pistoleiros. Cerca de 30 policiais militares de União Bandeirantes, Jaci-Paraná e Porto Velho, chegaram ao acampamento disparando tiros contra os acampados. As famílias haviam retomado a área na madrugada de segunda-feira, dia 8 de setembro.
Durante a operação os policiais gritavam que estavam dispostos a matar, pois ali todos eram vagabundos.
Os camponeses foram rendidos, obrigados a sentar no chão com armas apontadas para a cabeça. Um dos policiais começou a tirar fotos de todos e os que resistiam eram espancados com tapas no ouvido e empurrões. Um dos acampados perguntou aos policiais se tinham ordens para agirem daquela forma, e eles responderam que faziam do jeito deles e que todos que estavam ali eram bandidos, disseram que o governo do estado estava pagando para que vigiassem aquela fazenda.
Temos informações de que o latifundiário Luiz da Dipar (Luiz Carlos Garcia) e o chefe de pistolagem Odailton Martins passaram aproximadamente 450 alqueires de terras para o sargento da polícia militar de Jaci-Paraná para que retirasse os camponeses da área. Uma das provas que atestam isso é que o cabo PM Isaac, vulgo Manchinha, também de Jaci-Paraná, falou que estava disposto a fazer um massacre para defender o fazendeiro.
Os policiais não satisfeitos em humilhar e espancar homens e mulheres, tomaram foices, facões, enxadas, cavadeiras, entraram nos barracos despejando as roupas no chão, chutando os pertences, lançando alimentos ao chão e quebrando utensílios de cozinha. Chamavam os camponeses de porcos. Roubaram ainda remédios, livros, roupas, receitas, bolsas, máquina fotográfica, uma moto, um motoserra e até bíblia.
Os camponeses foram bastante humilhados com palavrões, principalmente após terem sido levados algemados ao camburão, policiais ameaçavam o tempo todo dizendo que eles iriam para o inferno. Ao todo foram presos sete companheiros e três companheiras. Um dos camponeses que resistiu às humilhações foi agredido, caiu de cara no chão ficando com a boca e o nariz sangrando.
Após terem realizado a ação truculenta, os policiais levaram os camponeses para a sede da fazenda Mutum onde foram torturados diante das companheiras por horas. Só depois (homens e mulheres) foram levados para Porto Velho no presídio Urso Branco.
Os camponeses foram ilegal e covardemente atacados para que os policiais reintegrassem na posse do latifúndio o grileiro que reclamava a área. Uma decisão da justiça federal comprovou que a terra é pública, e que quem não poderia de forma nenhuma reclamar ou utilizar as terras era o latifundiário. A justiça federal deu imissão de posse para o Incra! Os camponeses foram atacados pelos guaxebas e pela polícia.
Em nenhum momento as notícias divulgadas pela polícia e reproduzidas pelos jornais a serviço do latifúndio falam de ataques de pistoleiros e policiais ao acampamento.
Sabemos que todas as mentiras divulgadas na imprensa foram arrancadas com tortura, e também sabemos que os camponeses presos estão sendo barbaramente torturados para que a polícia continue o seu minucioso trabalho de inteligência regado a choque elétrico e afogamentos.
Será que os banqueiros ricos e corruptos, presos e depois soltos, que a grande imprensa reclamou "serem maltratados pela polícia, foram atacados a tiro em suas casas a noite?
No mais são as velhas e requentadas calúnias contra a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, agora colocadas pela repressão na boca de uma inocente mãe. A verdade é que os policiais fizeram uma reintegração de posse ilegal e a noite, contra camponeses e camponesas sem defesa.
A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e a Comissão Nacional Coordenadora das Ligas de Camponeses Pobres conclamam a todos os verdadeiros democratas e apoiadores da luta camponesa a prontamente se manifestarem contra o absurdo da ação policial contra os camponeses de União Bandeirantes que lutam pela posse da fazenda Mutum há mais de 5 anos!
Exigimos a verdade!
Exigimos a libertação de todos os companheiros presos!
Exigimos que se cumpra a decisão da justiça federal!
Fora Luiz Carlos Garcia! A terra pública é para os camponeses!
Abaixo a criminalização da luta camponesa!
COMISSÃO NACIONAL DAS LIGAS DE CAMPONESES POBRES
Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia - LCP